Capítulo 36.

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— O que está acontecendo? — Abro a porta depois que quase derrubam ela de tanto bater. — Guilherme?

— Você, vem comigo! — Ele me puxa pela mão enquanto discursa. — Não atendeu as minhas ligações, então vamos conversar.

Olho para trás e confiro se consegui fechar a porta de casa no processo.

— Fica tranquila, já avisei a sua vó. Ela sim atende minhas ligações! E ela disse para você lavar a louça quando voltar.

Rimos.

— Me deu um susto! Pensei que era algo urgente. — nos sentamos no pequeno banco da praça. — O que aconteceu?

— Urgente não, mas é assunto sério. Já faz um tempo que não nos vemos, a faculdade tem tomado bastante tempo, os compromissos na igreja. — Guilherme dispara em falar. — Fora o fato que você demora para me responder. — Ele respira fundo. — Arianne, estou preocupado com você. Não estava bem nos últimos dias. Como você está? 

— Primeiro, você é o melhor amigo do mundo inteirinho! — Ele me sorrir. — Segundo, eu não sei bem como falar isso então vamos de uma vez. Miguel e eu estamos namorando! — Sinto meu rosto corar. 

— Melhor amigo do mundo inteirinho? — Ele repete com um sorriso bobo no rosto.

— Só ouviu essa parte? — Ri.  Conversar com ele é sempre fácil, o amigo que sempre quis.

— O resto preferi ignorar. — Reviro os olhos. — Eu fico feliz por você! Pode ser toda marrenta mais quando o assunto é coração você é bem devagar.

— Ei! Eu não sou tão devagar assim. — lhe cerro os olhos enquanto ele rir. — Quer saber, eu já reparei como você olha para a Helena, por exemplo. E parece que ela sente o mesmo. Quem é devagar agora?

— Você! Já percebeu que ela não fala no assunto? — Concordo. — Nós já conversamos sobre isso. Ela acabou de fazer dezessete anos, enquanto já estou na faculdade. Sei que a diferença de idade não é tão grade,  mas fizemos uma escolha. Esse ano ela vai focar apenas nos estudos, quer conseguir uma bolsa na faculdade e quero garantir que ela possa realizar cada um dos seus sonhos. Então quando ela conseguir, vou até sua casa e converso com o pastor. Por enquanto somos apenas amigos, mas diferente de tudo já temos um compromisso.

— Nossa! Cada vez fico mais orgulhosa de ser sua melhor amiga. Sempre me surpreende. São ótimos amigos, tenho certeza que serão um lindo casal.

Ele sorrir.

— Quanto a você. Está feliz? —  Concordo com a cabeça. — Seu pai já sabe? — Concordo novamente. — Então só posso desejar felicidades. E talvez brigar com o Miguel, ele se diz meu amigo e não me conta nada! — Guilherme finge estar bravo.

— Tecnicamente, marcamos de contar juntos. Então, acho que eu quebrei as regras! — Confessei.

— Que honra. — Ele abre um sorriso brincalhão. — Vou esfregar isso na cara do Miguel!

— Não vai não! Tem que fingir cara de surpresa quando a gente for contar para todos. — nos colocamos de pé e caminhamos de volta para casa. 

— Vai ser difícil. Uma oportunidade como essa não surge todo dia!

Rimos.

Quando chegamos em casa vou direto para a pia lavar a louça enquanto Guilherme se encosta na mesa e fica parado me observando.

— Você bem que podia me ajudar. — sugeri ao Guilherme.

— No momento estou com preguiça! — Ele se espreguiça e jogo um pouco de água nele, que faz uma careta e pega um pano para se secar.

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