O que eu Fui Fazer

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Manu

Abro meu olhos e sinto uma dor de cabeça que parece que alguém me atingiu com uma tijolada na cabeça.

Olho de um lado paro o outro tentando raciocinar o que aconteceu e entender o que está acontecendo.

Que quarto é esse?

E que perna pesada é essa encima de mim?

E esse braço musculoso e tatuado me apertando caralho?

- Sossega esse cabelo na minha cara porra._ voz rouca e sonolenta do VT no meu ouvido me faz entra em choque.

- O que é isso?_falo assustada empurrando a perna dele pesada.

Puta que pariu Manuelly, o que vc fez? Não acredito que deu pra ele beba sua quenga filha da puta.

- Isso o que maconheira?_ ele fala ainda sonolento.

Eu viro de barriga pra cima, levanto a coberta e eu só estou vestindo uma blusa de homem e uma cueca box.

Fudeu, eu dei pra ele.

- A gente...?_ sussurro meio receosa, o medo da resposta é muito grande, mas eu preciso saber disso.

Olho pra cara dele com a cara de espanto e ela me encara de volta.

- A noite toda._ responde com um sorriso safado nos lábios. Eu fico imóvel com os olhos arregalados_ ah que isso, vai fala que tu não lembra?_ eu balanço a cabeça em negação ainda com os olhos arregalados_ transamos em cada parte desse quarto, no banheiro, no closet, no chão, tu gozou várias vezes gritando meu nome, geral ouviu teus gemidos, tu não lembra cara?_ pergunta ainda com o sorriso no rosto e eu fico encarando ele com uma cara de desespero. Meu corpo fica quente e o sangue corre todo pro meu rosto com a vergonha que estou sentindo.

Meu Deus o que eu fui fazer, nunca mais eu vou beber, nunca mais.

Ele começa a gargalhar e eu olho pra cara com as sobrancelhas franzidas.

Puta que pariu que sorriso lindo, da até vontade de beijar.

- Relaxa o cu novinha, nós não fudeu não, tu tava toda bêbada ai largada no mundo, só te ajudei e dormi do seu lado, já que tu se apossou da minha cama, eu que não ia dormi no sofá._ fala e um alívio percorre meu corpo e eu respiro aliviada.

- Então a gente só dormiu?_ pergunto de novo pra confirmar.

- É porra, infelizmente pra tu._ fala com um sorrisinho no canto da boca cínico.

- Pra mim por que?_ pergunto o encarando com as sobrancelhas arqueadas.

- Tava mal aí, não pode ter a melhor noite da tua vida, mas deixa pra próxima._ fala todo convencido.

- Então você cuidou de mim de novo?_ reparo virando de frente pra ele pra o encarar melhor.

- Pode pá, mais uma vez né não? Tô virando seu protetor po, vou começa a cobra._ se gaba e eu dou uma risadinha.

- Tô com fome._ minha barriga ronca.

- Bora lá em baixo ver o que sobrou, isso se tiver sobrado alguma coisa né._ fala e me lembro que hoje é segunda feira.

- Caralho meu trabalho._ fico desesperada.

- Tá doidona fia? São 4 da manhã ainda._ ele fala me mostrando o relógio no celular e eu respiro aliviada.

Desço junto com ele e a casa tá uma zona, o cheiro de bebida é forte, várias latinha espalhadas e copos quebrados no chão.

- Me lembra de nunca mais fazer festa aqui em casa._ fala balançando a cabeça em negação reparando o estado que ficou tudo quando o povo foi embora.

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