Capítulo 43

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Como Collin tinha planejado acordamos cedo, tomamos nosso café e fomos ao cemitério, depois fomos para a Igreja assistir à missa e voltamos para casa no horário do almoço.

Tivemos um almoço gostoso e ficamos brincando um pouco com a Haley. Já passava das 15 horas quando Collin anunciou a nossa saída.

- Devo vestir algo formal? Ou pode ser uma roupa causal, parece que está esfriando. - Falo quando entramos no closet.

- Vista algo que te deixe a vontade. - Ele diz e tiro o vestido que estava usando.

Coloquei calça jeans, uma blusinha e um casaco, nos pés calcei um sapato confortável e só penteei os cabelos.

Collin estava praticamente pronto e só precisou colocar uma blusa. Peguei minha bolsa e depois de nos despedirmos fomos para garagem.

- Para onde vamos? - Pergunto já dentro do carro.

- Logo você vai saber. - Ele diz sério e misterioso.

- Quanto mistério Collin, sério, se eu não confiasse em você estaria surtando. - Falo colocando minha mão na coxa dele.

- Logo vamos chegar ao nosso destino, relaxe. - Ele diz me olhando e dando uma piscadela.

Collin liga o som do carro e vamos escutando as músicas do Tim Maia enquanto ele guia, sei o significado de todos as músicas e adoro esse cantor.

Collin estava guiando a uns 20 minutos quando passamos por um lugar que chamou minha atenção, é uma biblioteca, e o prédio com aparência antiga chamou minha atenção.

Em uma fração se segundos me dei conta de que quando eu era criança frequentava aquele lugar, conforme Collin ia guiando me dei conta de que estávamos indo em direção a casa dos meus pais.

- Shiii... calma, eu estou aqui com você... - Collin diz quando percebe que estou emocionada.

Quanto mais nos aproximamos mais emocionada eu fico, não consigo dizer uma só palavra, eu nunca fui atrás, nem pensei em voltar a casa dos meus, pois sempre achei que aquele velho demoníaco tinha se desfeito dela de alguma maneira, ele vendeu tudo para o Sr. Allan, e eu sempre pensei que a casa tinha sido alugada, ou até vendida para outra pessoa, pois o velho odiava meus pais, e pra mim era meio óbvio que ele teria até demolido tudo.

Quando Collin vira na rua aonde eu morava com os meus pais posso avistar a casa, ela continua lá, não foi demolida.

- Meu Deus... - Sussurro baixo aos prantos sem tirar os olhos da casa.

- Está tudo bem... eu te amo... - Ele diz me amparando quando para o carro na frente da casa.

- C... continua igual... - Consigo falar em choque, pois a casa continua exatamente como era, mas está desgastada pelo tempo.

A grama está meio alta, a pintura bem gasta e quem olha percebe que é uma casa abandonada, parece que o tempo passou e nada mudou.

- Aquele maldito vendeu todas as suas coisas para o meu pai, incluindo a casa, a alguns meses atrás quando você disse que um dia iríamos ter a nossa própria casa para eu andar pelado, pensei em comprar uma casa pra gente, então comentei com o meu pai e ele disse que se lembrava de ter uma casa na lista de imóveis que ele comprou daquele homem nojento... - Collin explica segurando minha mão e ouço tudo atentamente.

- Chegamos à conclusão que foi o imóvel que você morou com os seus pais, aquele velho mantinha um pessoal cuidando de tudo aqui em Nova York, por todos esses anos, uma vez por mês um pessoal vinha aqui e cuidava da limpeza, um segurança fica aqui durante o dia para a casa não ser invadida, meu pai quando comprou tudo manteve o pessoal que cuidava dos imóveis, acho que a grama está um pouco alta por conta das chuvas... mas nada foi mudado desde que você foi embora, não havia registros de reformas no lugar e eu queria ter vindo aqui antes, mas eu teria que mentir pra você, e seria muito difícil, já que você sabe de tudo que eu faço, eu... a casa é sua, eu falei com o meu pai e passamos a casa para o seu nome, a papelada ficou pronta na sexta-feira... ela é sua... - Ele diz e não sei nem o que falar.

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