Capítulo 35 Ilídia - Romero

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Feliz dia das mães para vós! 🌻

Feliz dia das mães para vós! 🌻

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Cama. Sono. Lençóis quentes. O corpo do Romero.

    De princípio conciliar a gerência da frota com a faculdade foi embaraçoso. Em dada altura pensei que não conseguiria ser bem sucedida no empreendimento muito menos no curso que requeria todo o meu melhor desempenho.

Tinha esquecido o quão exaustivo poderia ser a vida de um educando, e quando este era um acadêmico de direito tudo piorava...

    Estava quase a adormecer sobre os livros de introdução à ciência do direito que havia apanhado na biblioteca mais cedo, meu subconsciente alertava que precisava dormir já que estava a fazê-lo apenas por quatro horas por noite.

Dormir é tão bom.

— Ilídia? — Seu sotaque forte perpassou a névoa do sono, trazendo-me de volta a realidade.

— Olá. — Abri os olhos lentamente verificando que acabei por tirar uma sesta usando os livros como travesseiros.

— Vens para cama.

Não martirize-me desta maneira, Romero.

Dei uma breve vista de olhos no relógio de pulso, três e quarenta e dois da madrugada.

— Apenas mais um capítulo... — Romero ajustou seus braços em torno do meu corpo exaurido, carregando-me até seu quarto. — Serei a primeira a desistir no primeiro semestre.

O sono é mesmo maravilhoso. Dormir nunca foi tão bom.

— Não vais, Ilídia. — Senti-me agraciada por a leveza dos seus lábios nos meus. Ele embalou-me contra o calor do seu corpo, adormeci rapidamente. — És a melhor entre os aprendizes.

— Estou quase a ganhar o amor do Soberano. — Disse ao abrir a porta do jaguar. Romero estava a ensinar-me a cavalgar. Ele montava com graciosidade, eu no entanto, parecia que estava possuída por algum espírito embriagado. Não tinha a destreza alguma para equitação, todavia estava a tentar aprender já que o mentor era uma perdição. — Em breve estarei a competir contigo. — Instiguei.

— Mal posso esperar por isso. — Seus olhos brilharam em excitação.

Sorri-lhe em resposta.

— Até amanhã, senhorita Ilídia. — Mateo sorriu ao entrar no carro ao lado.

— Sim, até amanhã. — Romero ditou ao encarar um dos seus companheiras de hipismo. — Pelo visto o Soberano não é o único a evocar a tua atenção. — Ele estava com ciúmes.

— Sabes, tão bem que o Soberano é o único garanhão em minha vida. — Brinquei ao depositar a palma da mão contra sua nuca ao beijá-lo.

Quando o carro ganhou velocidade cruzamos com um jipe verde, a mãe do Romero. O único momento ruim durante o período que estávamos na quinta era quando ela aparecia de súbito como um fantasma a espreitar nosso momento. Marta não se aproximava, estava sempre ao de longe. Durante toda as suas visitas, nunca quebrou a distância para trocar uma única palavra com o Romero. Os óculos escuros escondiam o ódio que emanava dela, contudo o sentia queimar em minha pele como fogo.

Sob Juramento [PT-PT]  Disponível Até 24/05 SEM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora