Capítulo 34

1.7K 323 78
                                    

Capítulo surpresa 🌻 [ Estou muito amável ]

  - Senhor, Romero? - Acompanhei o movimento do homem ao meu lado ao virar para um dos funcionários que caminhava em nossa direção a desfilar pela pequena ponte em concreto que dividia as piscinas termais que ladeavam o hotel de luxo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  - Senhor, Romero? - Acompanhei o movimento do homem ao meu lado ao virar para um dos funcionários que caminhava em nossa direção a desfilar pela pequena ponte em concreto que dividia as piscinas termais que ladeavam o hotel de luxo. Ele parou junto das espreguiçadeiras ajustando o uniforme e tomando o fôlego. Seu olhar estava fixo ao meu e por um momento pensei que ele desfaleceria. - O vosso ofurô já está pronto como o solicitado.

Por que raios toda a gente que um dia me causou uma ferida estava justamente no Algarve?

- Obrigado. - Romero agradeceu na medida que se colocava de pé chamando não apenas a minha atenção, mas a de algumas mulheres que partilhavam o prazer da água aquecida com alto teor terapêutico no lado oposto ao que estávamos. - O que achas de partilhares comigo um banho? - Já agora, Romero oferecia à elas uma terapia melhor.

- Seria um prazer. - Mordi os lábios conferindo um sorriso nascer em seu rosto barbudo.

Ao caminhar para a área privada, percebi que os olhares femininos acompanhavam-nos. Na verdade, acompanhavam o corpo do homem ao meu lado, seus músculos abdominais bem definidos exposto através da camisa aberta de verão.

- Espero bem que apreciem o vosso momento. Tenham uma boa noite, senhores. - Ele não susteve o olhar, sua atenção estava em seu dedo que torcia o tecido da gravata em agonia.

- Blanco. - Romero chamou-lhe pelo sobrenome que estava gravado em seu uniforme. - Soube que no hotel há uma adega, gostaria de pedir um dos vossos vinhos caseiros, por gentileza.

- Sim, senhor.

Voltamos a ficar a sós.

Romero ajudou-me a entrar na banheira perfumada com pétalas de rosas vermelhas.

- Eu amo o seu cheiro, senhorita Marques. - Sussurrou prendendo meu corpo contra o revestimento amadeirado do ofurô. - A maneira como as notas suaves deslizam por sua pele macia. - Pousou os lábios no contorno do meu pescoço. - Como permeia meus lençóis, em minha própria pele. - Agora, sua boca estava na minha ao passo que meu coração batia sobre suas confissões inesperadas.

Quebrei o beijo ardente ao ouvir passos a ecoar pelo assoalho que interligava nosso quarto ao ofurô.

- Com licença, senhor Romero. - Ordenou o vinho e cálices sobre uma mesa em vidro cercada por pequenos pontos de luzes, velas.

Antes de ir ter com ele, Romero roubou-me mais um beijo.

- Gracias. - Sorri-lhe encarando aqueles olhos que um dia trouxe-me tanta dor. Não estava a menosprezar o seu trabalho, toda profissão é digna de respeito. Estava apenas feliz por ele presenciar que o texto exposto no site da nossa turma de Odontologia há alguns anos não era verdadeiro. Não havia nenhuma possibilidade de suas palavras torpes me causarem mais dor e medo, tinha encontrado um homem de verdade, que estava muito além do seu preconceito. Não era alguém que costumava guardar rancor, todavia a vida por vezes gostava de oferecer alguns tipos de lições aos seus breves passageiros. Oton Blanco testemunhou que poderia ir muito além daquilo que ele previu.

Sob Juramento [PT-PT]  Disponível Até 24/05 SEM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora