capitulo um

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Maitê Downey

Eu odiava sair com meus pai, odiava.
Todas aquelas luzes de câmeras pra cima de mim, as pessoas nos enchendo de perguntas, pessoas em cima, eu estou começando a achar que tenho fobia de pessoas.

- Você não falou nada o caminho todo, o que foi? - Mamãe pergunta

- Eu só fico irritada quando temos que passar por esse monte de paparazzi.

- Você é estranha, tinha tudo pra seguir uma carreira de sucesso, ser uma atriz, uma modelo, não sei. - Papai fala e eu reviro os olhos.

- Eu não gosto de ser o centro das atenções, o senhor sabe.
- É você não puxou pra mim.

- Nisso não né Robert? A menina é sua cópia. - Ela fala e ele sorri satisfeito, eu continuo revirando os olhos.

Chegamos em casa e eu subo pro meu quarto, pego meu celular e respondo as meninas da faculdade, estava fazendo letras pois amava escrever, gostaria de escrever um livro algum dia.

- Filha... - Ouço batidas na porta e sorrio para o meu pai.

- Oi pai.

- Eu não quero que você ache que eu cobro alguma coisa de você, se um dia você virar pra mim e falar que quer fazer um livro amador e vender pela as ruas de Los Angeles eu vou ficar feliz, pois sua felicidade é minha felicidade.

- Obrigada pai, é importante isso pra mim... Eu queria ser menos tímida, lidar com essa vida, eu já tenho dezoito anos deveria ter me acostumado com toda a atenção.

- Eu escolhi isso pra mim, você não, eu sinto muito por você não ter a privacidade que gostaria.

- Eu posso tentar lidar com isso.

- Como?

- Sei lá, talvez eles fiquem extremamente loucos pra cima de mim quando estou com você, justamente porque sou extremamente reservada e eles quase nunca veem a minha cara, se eu sei lá fizesse uma rede social talvez, eles parem.

- Isso é uma ideia ótima filha, mas você sabe que quando temos uma rede social, lemos comentários negativos, todo o tipo de coisa.

- Eu sei, mas eu posso tentar.

- Tudo bem então. - Ele sorri me abraçando. - Vou para os estúdios, cena final de endgame.

- Ai não me de spoilers. - Falo tampando os ouvidos.

- Eu morro. - Ele fala sussurrando e antes de eu gritar e jogar uma almofada em seu rosto ele sai correndo do quarto, começo a rir, palhaço.

Pego meu celular e baixo o Instagram, antes de me cadastrar começo a pensar se realmente era o certo a fazer, e sem mais delongas coloquei os meus dados e em alguns segundos estava pronta.

Peguei uma foto no meu celular e coloquei de perfil, depois peguei uma que tinha tirado hoje no carro e postei, segui algumas pessoas e segui meu pai, mandei uma mensagem falando pra ele me seguir e alguns minutos depois ele fez.

E foi aí que a magia começou, ele me seguiu e os seguidores veio, as curtidas vieram, os comentários também. A princípio eu não via nenhum comentário ofensivo, eram apenas pessoas falando o quanto eu era bonita e o quanto parecia com meu pai, eu estava até me divertindo com algumas pessoas surtando pelo fato de ter uma foto nítida minha, como se fosse muita coisa.

- Você fez um Instagram, é sério? - Mamãe fala entrando no carro, eu começo a rir.

- Você acredita? Faz tipo 20 minutos e eu já tenho cerca de 8 mil seguidores.

thinking about us | tom holland Onde histórias criam vida. Descubra agora