capitulo dezessete

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Maitê Downey

- Eu tenho que te levar pra conhecer os meus pais. - Tom fala pensativo enquanto faz um carinho em meus cabelos.
- Você sabe que meu pai nunca ia deixar eu ir pra Londres com você né?
- Eu sei, mas sei lá, podemos tentar daqui um tempo, eu falei pra minha mãe sobre você e ela ficou animada pra te conhecer.
- E eu assustada.
- Para, ela é legal. - Ele fala e eu começo a rir.
- Eu imagino que seja.
- Vou explicar pra ela a situação do seu pai, pra ela entender e não achar que eu tô enrolando pra te levar.
- Ai isso é um saco, ele ser assim.
- Você é novinha ainda, daqui um tempo ele vai ficar mais tranquilo, tenho certeza.
- Eu não tenho.
- Tá, estou cansado de ficar deitado, vamos sair. - Ele levanta da cama em um pulo e eu o olho assustada.
- Sair pra onde menino?
- Vamos dar uma volta pela cidade, comer uma coisa gostosa.
- Então vem me comer.
- Maitê!! - Ele fala assustado tampando minha boca e olhando pra fora do quarto pra ver se meu pai estava por ali. - Você é doida?
- Ai, só estou brincando.
- Tá, eu tô falando coisa gostosa tipo um lanche no Burger King.
- Entendi, vou lembrar disso quando você quiser tentar alguma coisa comigo.
- Para com isso amor.
- Fala de novo.
- Para com isso?
- Amor. - Completo e ele sorri passando os braços pelo o meu pescoço e me beijando, eu sorrio o abraçando de volta.

- Ei Ei Ei, solta. - Ouvimos a voz do meu pai e nos soltamos rindo.
- Você só chega no momento errado né? - Falo.
- Eu sempre chego no momento certo, estão em pé por quê?
- Vamos sair. - Falo.
- Quem deixou?
- Vamos só comer alguma coisa Robert. - Tom explica.
- Aqui não tem comida por acaso.
- Amor, para de ser chato. - Minha mãe aparece e eu dou graças e aleluia.
- Vamos logo. - Puxo a mão de Tom antes que ele fale mais alguma coisa.

Entramos no carro e eu começo a rir.
- Sério, você vai ter que ter muita paciência com meu pai, ele é insuportável.
- Ainda bem que eu gosto muito de você.
- Ainda bem mesmo, se não você correria.

Fazemos os nossos pedidos e eu vou guardar lugar enquanto ele espera as coisas ficarem prontas, ele volta com os lanches e eu sorrio de satisfação antes de dar uma mordida gigante no meu.
- Sabe, eu acho que você poderia ter me pedido em namoro com um lanche, colocado a aliança dentro e tal.
- Do jeito que você é morta de fome iria engolir a aliança e íamos terminar a noite no hospital.
- E nao na cama. - ressalto e ele da um sorrisinho sem graça.
- Eu gosto disso. - Falo.
- Do que?
- Do seu jeito todo timido, mas que não vale um real.
- Que mentira, eu não sou tímido, eu só fico sem graça com as coisas que você fala.
- Eu mostro bem quem eu sou.
- E quem você é? - Ele Pergunta colocando uma batata na minha boca, eu mastigo e respondo.
- Uma safada.
Ele solta uma risada alta fazendo algumas pessoas nos olharem, eu fico vermelha e com certo receio de perceberem que era ELE que estava dando essa risada, mas não falei nada, apenas ri junto com ele.
- Fica quieta e come. - Ele pega a batata mais uma vez e molha no ketchup só que dessa vez passa pelo meu rosto.
- Eu não acredito que você fez isso Thomas.
- Ui, ela me chamou de Thomas.
- Eu vou te matar.
- Calma amor, eu limpo. - Ele passa o guardanapo delicadamente pelo meu rosto, e quando chega perto da minha boca ele dá um sorrisinho safado e simplesmente a ataca me dando um beijo.
- Beijo sabor ketchup.
- Hoje você já falou bastante merda, fica quieto.
Ele ri e terminamos de comer o lanche, assim que saímos de lá ele segura a minha mão, e voltamos para o carro.
- Ta, o que vamos fazer agora? - Pergunto.
- Pensei em nós irmos até a praia, eu parar o carro e nós ficarmos lá.
- Dentro do carro né? Tá frio.
- Sim, eu so quero ficar mais tempo com você.

Eu concordo sorrindo, ele dirige uns minutos até a praia enquanto eu o observo com um sorriso, seu rosto sendo iluminado apenas pela a lua, era a minha coisa favorita a partir de hoje.
Ele para o carro perto da praia, e solta o cinto chegando mais perto de mim e me abraçando, deitamos o banco um pouco pra trás, e eu deito em seu peito enquanto ficamos em silêncio um tempo apenas observando as estrelas do céu, mas estamos falando do Tom né? Ele não consegue ficar quieto por muito tempo.
- É tudo bem insano né?
- O que?
- Como as coisas aconteceram entre nós, eu sabia que o Robert tinha uma filha, mas nunca pensei que ela poderia ser minha namorada um dia.
- Ah já eu sempre imaginei que se um dia eu te conhecesse eu iria te seduzir.
- Conseguiu, parabéns.
- Obrigada. - Ele junta as nossas mãos e sorri me dando um selinho rápido.
- Eu te amo Maitê, eu realmente amo você.
- Eu também amo você Tom, talvez mais do que eu deveria amar.
- Por que mais do que você deveria amar?
- Eu me apego muito as pessoas, e geralmente me apego sozinha, depois quem se machuca sou eu.
- Não é o nosso caso, eu sou louco por você.
- Mas eu tenho medo.
- É normal sentir medo, mas não precisa, eu nunca vou fazer nada pra te magoar.
- Você promete?
- Claro que eu prometo, eu vou sempre cuidar de você. - Dou um sorriso e junto os nossos labios em um beijo calmo, ainda com um sorriso enorme no rosto por ter ouvido da boca dele que ele me ama.

thinking about us | tom holland Onde histórias criam vida. Descubra agora