capitulo vinte e seis

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Maitê Downey

Faziam 5 dias desde que tudo começou a desmoronar, o clima em casa estava insuportável, papai não olhava na minha cara, se nos cruzassemos em algum cômodo ele apenas abaixava a cabeça e seguia firme, minhas crises de ansiedade aumentaram fazendo eu tomar remédio quase todos os dias, com isso fez eu me afastar um pouco de Tom durante esses dias, ele me mandava mensagem querendo saber se eu estava bem, eu não podia engana-lo, então eu apenas o ignorava, eu sabia que a mente dele deveria estar uma confusão, mas a minha mão estava muito diferente disso.
- Você precisa comer. - Mark fala sentando do meu lado no chão perto da piscina, olho pra ele e sorrio.
- Eu não estou com fome.
- Eu imagino como deve estar sendo difícil pra você, sei o quanto você ama a sua mãe, mas seu pai, vocês sempre foram ligados demais.
- Eu costumava a brincar dizendo que éramos um só. - Falo sentindo meus olhos arderem.
- Seu pai é orgulhoso demais, as verdades que o Tom jogou na cara dele fez o seu ego ficar ferido.
- Eu sei, eu sei que eu o decepcionei, que eu menti muitas vezes, mas era tudo pra me proteger disso, não tinha como eu sentar com ele e falar que estava indo pra casa do meu namorado, então eu falava que ia pra casa da Julieta, e coisas desse tipo, apesar de sermos melhores amigos, ele tinha um bloqueio em relação a isso.
- Você é a única filha dele, você namorar alguém significa que um dia vai ter que ir embora.
- É a vida Mark.
- Eu sei que sim, mas é difícil pra qualquer pai, pro seu então... - Ele fala e eu concordo com a cabeça.
- Eu não posso ficar desse jeito com ele Mark, não tem como seguir a minha vida com ele me tratando desse jeito.
- São escolhas Maitê, eu conheço o seu pai.
- Você acha que ele não vai voltar a falar comigo?
- Vai, mas as brigas serão constantes, você sabe.
- Eu pensei que por ser o Tom, ele iria entender as coisas mais fáceis.
- Já eu acho que por ser o Tom, ele tem essa proteção enorme.
- Mas ele conhece o Tom, sabe que ele é uma boa pessoa.
- É complicado Maitê, eu queria conseguir entende-lo.

Mark fala por fim e eu apenas concordo com a cabeça, eu também gostaria, ficamos quietos por um tempo até eu me levantar e entrar em casa, vou até a sala e vejo meu pai sentado no sofa assistindo algo na televisão, quando chego mais perto percebo que era um alguns vídeos que ele tinha em um DVD, com alguns momentos do meu nascimento.

Mark fala por fim e eu apenas concordo com a cabeça, eu também gostaria, ficamos quietos por um tempo até eu me levantar e entrar em casa, vou até a sala e vejo meu pai sentado no sofa assistindo algo na televisão, quando chego mais perto percebo ...

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Eu já chorava, e percebi que ele também, cheguei mais perto e sentei do seu lado.

- Vamos conversar.
- Descobri que você mentiu pra mim mais de uma vez, e que sua mãe te ajudava nas mentiras.
- Se eu contasse a verdade, você não deixaria.
- Se eu não deixasse é pra te proteger.
- Eu não sou mais essa menininha pai, eu não preciso de certos tipos de proteção, mas isso não quer dizer que eu deixei de ser a sua filha.
- Eu não te conheço mais Maitê.
- Eu sou a mesma.
- Não, minha menina não mentiria pra mim.
- Pai, por favor, me desculpa. - Falo voltando a chorar, ele apenas levanta e sobe para o quarto, me encolho no sofá querendo que aquela dor saia de mim, era apenas o que eu pedia ao céus.

(...)

- Eu pensei que você não ia falar comigo mais. - Tom abre a porta do seu apartamento e eu o abraço fortemente, fazia uma semana que tudo tinha acontecido e uma semana que eu estava o evitando.
- Me desculpa, eu precisava de um tempo pra mim.
- Eu sei que sim, eu entendo, como estão as coisas lá?
- Dificieis, ele é muito cabeça dura.
- Eu sei.
- Ele não está falando comigo.
- Eu me sinto culpado.
- Você não tem culpa, a culpa é dele por ser infantil.
- O que você vai fazer? - Ele fala e eu abaixo a cabeça sentindo aquela vontade de chorar voltar.
- Tom, eu preciso que você tente me entender.
- Eu te entendo, você sabe.
- Hoje de manhã eu fui fazer a minha matrícula na escola de Teatro, eu vou criar a minha independência, se Deus quiser logo logo eu vou conseguir um emprego.
- Nossa Maitê, isso é incrível.
- É sim, eu sinto muito que meu pai tenha chego a esse nível, não quero que o nosso relacionamento se torne abusivo, se já não se tornou.
- É complicado.
- Eu quero que você me perdoe, eu sei que talvez eu vá me arrepender muito, mas eu não vou ter saúde pra viver no mesmo teto que o meu pai desse jeito, eu preciso sair de lá, mas pra isso eu preciso ser independente, e por agora Tom, eu preciso de um tempo, eu só vou conseguir paz, se eu não tiver com você.
- Você está terminando comigo? - Tom pergunta com os olhos arregalados e eu abaixo a cabeça começando a chorar. - Nós podemos dar um jeito, ele não proibiu nós dois de namorar, ele proibiu eu de entrar na sua casa.
- Mas ele não fala comigo Tom, ele me ignora, é como se eu tivesse morrido, ele falou que não me conhece mais, eu só preciso de saúde mental, eu só preciso tentar deixar as coisas bem lá, pra eu ter forças pra entrar em um projeto, ganhar o meu dinheiro e ser independente.

Falo rapidamente e ele apenas puxa os seus cabelos respirando fundo.
- Eu sempre vou querer o que é melhor pra você. - Ele fala e eu concordo com a cabeça.
- Eu tenho certeza que sim.
- Se você quer um tempo, é claro que eu vou te dar um tempo.
- Eu não posso ser egoísta e pedir pra você me esperar, mas de qualquer forma, eu quero deixar claro, que eu nunca vou amar ninguém como eu te amo.
- Eu vou te esperar. - Ele me puxa colando os nossos lábios, eu sinto o gosto salgado das minhas lágrimas misturada com as dele.
- Eu te amo.
- Eu também amo você. - Ele responde e nos separamos, eu saio de sua casa sem olhar pra trás, com o coração totalmente partido.

Quando estava chegando em casa, tinha alguns paparazzis na praia, eu abaixei a cabeça sentindo os fleches, eu sabia que amanhã todo mundo estaria comentando, mas eram coisas inevitáveis, entrei em casa e não tinha ninguém, pelo menos não na sala, subi pro meu quarto e peguei o meu caderninho de poesias, para uma estudante de literatura inglesa escrever era um desabafo.

Quando estava chegando em casa, tinha alguns paparazzis na praia, eu abaixei a cabeça sentindo os fleches, eu sabia que amanhã todo mundo estaria comentando, mas eram coisas inevitáveis, entrei em casa e não tinha ninguém, pelo menos não na sala, ...

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@maitedowney: Te amar foi juvenil, selvagem e livre
Te amar foi legal, quente e doce
Te amar foi luz do sol, foi estar sã e salva
Um lugar seguro para baixar minha guarda
Mas te amar teve consequências...






Sentiram o impacto? Porque aqui o impacto está fortíssimo.
Gente, peço pra vocês não julgarem a Maitê, se coloquem no lugar dela, é o pai dela, o melhor amigo dela, quem consegue viver em um ambiente desse jeito?
Enfim, Maitê é um bebê, em todos os sentidos, ela precisa amadurecer muito, e irá

thinking about us | tom holland Onde histórias criam vida. Descubra agora