penultimo capítulo

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Maitê Downey

- Você tem certeza que está levando tudo? Eu seu que você se virou bem em Nova York mas agora é um tempo bem maior, eu não sei se é uma boa ideia. - Meu pai fala me ajudando a fechar as malas.
- Claro que é, pensa que em Nova York era uma cidade grande e deu tudo certo, lá é uma cidade pequena e vai dar mais certo ainda.
- Você volta pro seu aniversário né?
- Claro que sim, não é todo dia que se faz 20 anos.
- Eu estou muito orgulhoso da mulher que você se tornou, talvez tenha que ter crescido mais cedo, eu não sei, mas de qualquer forma, eu sou o pai mais orgulhoso do mundo, sério. - Ele fala e eu o abraço.
- Obrigada papai, depois de tudo que eu passei eu vejo lá uma chance se recomeçar e ser feliz.
- E você vai ser, eu tenho certeza, quando você voltar estaremos aqui te esperando, ansiosamente.
- Meu voo é as oito da noite, você me leva no aeroporto?
- Claro que sim.
- Eu prometi pro Tom que iria vê-lo antes de ir, eu vou passar na sua casa agora, você coloca as malas no carro e me busca lá pode ser?
- Pode, juízo. - Ele fala e eu saio balançando a cabeça rindo, pego um táxi até a casa de Tom, e parecia que ele já sabia que eu iria, já que ele estava todo arrumadinho quando abriu a porta.
- Está bonito hein? Tudo isso é pra me ver? - Pergunto e ele ri envergonhado.
- Em partes.
- Como você sabia que eu vinha?
- Eu não sabia, mas você falou que viria antes de ir embora, e sei que você vai embora hoje.
Caminho até o sofá e ele se sente do meu lado segurando a minha mão.
- A Bela vai comigo. - Falo da minha cachorra e ele sorri.
- Essa foi a intensão quando eu te dei ela, pra você não se sentir sozinha.
- Eu tô muito animada.
- Quando eu for pra Londres, eu passo pra te visitar.
- Eu prometo que vou tentar aprender a cozinhar, prometo mesmo. - Falo e ele sorri.
- Tomara, afinal você precisa se alimentar né.
- É, sentimos na pele que não da pra comer comida congelada.
- Sentimos.
- Não vamos pensar no amanhã, mas eu tô muito ansioso pra que você volte.
- Eu também estou. - Ele dá um sorriso tímido e eu seguro seu rosto colando os nossos lábios, ele retribui o beijo quase no mesmo momento de uma forma desesperada, depois de tudo que passamos dessa vez eu jurava que não iria sentir seus lábios novamente no meu, e eu estava, então tentei aproveitar o máximo pois não sabia quando isso iria acontecer novamente.
- Faz amor comigo. - Falo em seu ouvido.
- Não quero que isso soue como uma despedida. - Ele fala ofegante ainda por conta do beijo.
- Não vai ser uma despedida, vai ser um até logo, eu te prometo.
- Nós não sabemos o dia de amanhã.
- Mas eu sei do que sinto por você, não é qualquer sentimento bobo.
- Eu sei que não. - Ele fala colando seus lábios no meu novamente, o beijo desesperado, o suor em nossos corpos, ele me tocava de forma desesperada como se eu fosse fugir dele, e as vezes eu acho que é exatamente isso que eu tô fazendo, tentando fugir da realidade.
- Eu estava quase esquecendo como é bom estar dentro de você. - Ele fala em meu ouvido, sinto todos os meus pelos se arrepiarem.
- Não tem ninguém melhor do que você.
- Eu te amo Maitê.
- Eu amo você Thomas. - Ele voltou a se movimentar dentro de mim, e em algum minutos de puro calor, gemidos, e amor, chegamos em nosso ápice.
- Meu pai vai me buscar daqui a pouco pra me levar pro aeroporto.
- Melhor você se arrumar, não queremos que ele chegue e você esteja nesse estado.
- É, realmente.
Levanto da cama e começo a me arrumar, Tom deitado ainda nela enquanto me observava.
- Seu pai deixou você levar a Bela? Ele está tão apegado a ela.
- Ah, ele não tinha escolha, ele tem a minha mãe, o Mark, mais um monte de gente, eu só vou ter ela.
- Você tem certeza que é isso que você quer?
- Tenho, não é nada definitivo, se eu não gostar eu posso voltar a qualquer momento, mas a cidade é tão maravilhosa que eu não vejo como não gostar.
- Maitê, como nós dois ficamos?
- Tom, eu nunca vou aguentar e nem acho justo viver um relacionamento a distância com você, é tortuoso demais para os dois.
- Mas eu não vou aguentar saber que você está lá e que a qualquer momento pode encontrar outro e se reconstruir.
- Eu amo você pirralho, não vai ter um dia lá que eu não esteja pensando em voltar e terminar de construir minha vida com você.
- Nós não sabemos o dia de amanhã.
- Tom, sabe aquele negócio de deixar a pessoa ir, que se ela for sua ela ira voltar.
- Sei.
- Você é novo, lindo, tem uma agenda lotada, sabemos que vai ser complicado nos vermos, eu estou fazendo isso por amor a você, dói, mas não é justo.
- Eu entendo, você está certa.
- Meu pai chegou, ele acabou de mandar mensagem.
- Eu queria ir com você, mas eu não sei se sou forte o suficiente pra te ver indo pra longe de mim, Nova York foi diferente, agora muda tudo.
- Não é um adeus, é um até logo, quando eu virar uma escritora famosa e meus livros virarem filme, eu prometo que você vai ser o protagonista. - Falo sonhadora e ele começa a rir.
- Você é extremamente talentosa, não vejo a hora de ser ator dos seus filmes.
- Até logo Tom
- Até Maitê, juízo.
- Digo o mesmo Tom, qualquer coisa eu pego uma passagem pra Los Angeles só pra cortar seu pinto.
- Seu pai vai ficar na minha bota, se você não fizer isso, ele faz.
- Claro, eu sou a versão menos gostosa do meu pai, ele me mata de orgulho.
- Não diria que você é a versão menos gostosa dele.
- Bobo, deixa eu descer antes que eu desista.
- Ta certo, vai com Deus.
- Fica com ele, te amo.
- Te amo.

Fecho a porta de sua casa e respiro fundo, entro no carro e deixo as lágrimas caírem, meu pai me olha confuso.
- Pensei que vocês iam se divertir não que você sairia chorando.
- Eu o deixei livre pai, não acho justo deixar ele preso a mim, mas eu tô com medo, se ele arrumar alguém eu sei que vai ser por minha culpa, eu o deixei sozinho.
- E se você arrumar?
- Eu não vou, porque eu não consigo pensar em estar com outra pessoa que não seja ele.
- Ai meu Deus. - Ele fala revirando os olhos e eu solto uma risada, assim que chego no aeroporto dou graças a Deus por mamãe e nem Tom ter vindo, seria tudo mais difícil, abracei meu pai fortemente.
- Eu tô em paz, pois sei que vai ser bom pra você.
- Vai sim pai.
- Voa meu passarinho. - Ele fala me dando um beijo na testa, caminho até o portão de embarque e antes de passar por ele olho pra trás vendo meu pai soluçando, sabia que ele estava tentando ser forte, mas sabia que estava difícil pra ele.
- Eu te amo. - grito e ele sorri.
- EU TE AMO. - E assim caminho finalmente até o avião.

Penúltimo
Ai acabando 💙

thinking about us | tom holland Onde histórias criam vida. Descubra agora