Capitulo 26

1.4K 78 4
                                    



DULCE


Entrei no quarto com a bandeja de café na mão e pude ver Christopher de pé, ele tinha acabado de tomar banho.

- O que pensa que está fazendo? – perguntei pronta pra lhe dar uma bronca.

- Me preparando para trabalhar – disse simples, pus a bandeja em cima da cama e caminhei até ele.

Tentei não me concentrar em seu tanquinho escorrendo água e o fato dele estar só de toalha, isso fez meu corpo ficar em chamas, no entanto me forcei a focar na conversa.

- Christopher já conversamos sobre isto – suspirei – Você tem que ficar de repouso, ordens médicas – tentei convencê-lo.

- Princesa – reclamou como criança birrenta – Já faz uma semana Dul, eu preciso trabalhar. Aliás, já estou completamente bem – apontou me fazendo revirar os olhos.

- Ucker, você sofreu um acidente sério, ainda está machucado – toquei no seu rosto ainda marcado, as feridas ainda não tinham cicatrizado por completo.

- É sério, estou bem – se inclinou beijando meu pescoço, era seu modo de me desarmar, mas e não deixaria isso acontecer. Sabia que ele ainda sentia dores e mesmo com os remédios ainda não estava bom o suficiente para ir à empresa. Eu já tinha o deixado trabalhar em casa por causa da sua insistência.

Afastei-me de Ucker e o encarei sério.

- Não vai me fazer mudar de ideia – neguei com a cabeça e sorri debochada.

- Eu tenho uma reunião muito importante com um representante da prefeitura, eu não posso desmarcar ou a empresa vai perder um contrato milionário – justificou.

- Tenho certeza que o Poncho pode cuidar disso – tentei fazê-lo desistir.

- Eles precisam de um engenheiro, o Poncho é arquiteto – sorriu presunçoso, porém eu não ia deixa-lo ganhar essa.

- Então eu tenho uma solução perfeita que vai beneficiar os dois lados – comecei e sorri de lado.

- Ah é, qual? – arqueou a sobrancelha.

- Eu vou assumir a reunião – ele tentou falar algo, mas não achou uma resposta pra isso – Primeiro sou engenheira também, conheço todos os detalhes de seja qual for o projeto que eles queiram fazer, segundo sou sua mulher, então eles não vão se recusar a falar comigo – ele me olhou ponderando a situação. Xeque Mate.

- Você é impossível – fez bico e eu sorri satisfeita – Tudo bem, não tenho escolha mesmo – revirou os olhos e entrou no closet pra se trocar.

Assim que ele terminou tomamos café juntos e em seguida me arrumei para o trabalho. Antes de sair fiz ele prometer que descansaria.


[...]


Saí da sala de reuniões sorridente, eles dariam uma resposta ao que planejei ainda hoje, mas acho que ficaram felizes com o projeto. Rezei para que conseguíssemos aquele contrato, queria que Christopher sentisse orgulho de mim.

- E então como foi? – Annie perguntou animada

- Muito bem – respondi sorrindo – Acho que eles ficaram contentes.

- Tenho certeza que sim Dul – confirmou Poncho que estava ao lado da esposa enquanto conversávamos – O Ucker me ligou perguntando como você estava indo – contou nos fazendo rir.

- O meu maridinho é muito teimoso às vezes. Eu tive que usar todas as minhas armas pra convencê-lo a ficar – brinquei.

- Imagino – a loira disse – Ucker não é do tipo que aguenta ficar parado por muito tempo – balancei a cabeça concordando – E vocês já estão transando? – perguntou com um sorriso malicioso, revirei os olhos esperando por suas piadinhas. Alfonso riu.

- Não – respondi imediatamente – Ele bem que queria, mas eu não deixei que acontecesse – cruzei os braços e sorri. Os dois gargalharam.

- Coitado do Uckerzinho – Annie disse – Logo vocês dois que são quase ninfomaníacos, ficarem tanto tempo sem sexo – debochou.

- Não somos nada – rebati contrariada.

- São sim, né amor? – perguntou para Poncho que assentiu divertido.

- Que absurdo – reclamei, mas ria também. Ucker e eu realmente não tínhamos limites, sempre que surgia uma oportunidade dávamos um jeito de ter nossos corpos colados, e eu adorava esses momentos.


[...]


Ri olhando meu celular, era a vigésima ligação de Christopher e eu não tinha atendido nenhuma delas, ele devia estar espumando de raiva. Resolvi deixa-lo um pouco ansioso e eu queria fazer uma surpresa, pois o coordenador de obras da prefeitura havia ligado avisando que adorou o projeto e que resolveríamos os detalhes do contrato logo.

Parei assim que esbarrei em alguém, era Pablo.

- Parece que alguém está distraída – brincou e eu forcei um sorriso o encarando.

- Desculpe – pedi sem jeito e senti o celular vibrar na minha mão.

- Sem problemas – sorriu – Então, já está livre para aquele café? - perguntou e eu fiquei sem saber o que falar, ou em como recusar de uma vez aquele convite – Espero que não tenha esquecido.

- Olha Pablo, não quero ser rude – comecei e ele me encarou sério – Mas não posso sair com você, não quero causar brigas com o Christopher e tenho certeza que você também não – fui curta e simples como a Annie disse.

- Por que? Seu marido não deixa você sair com amigos? Não sabia que o poderoso Uckermann era tão inseguro – senti a ironia em sua voz. Enrijeci e o encarei furiosa, não gostei nada de como ele falou do Christopher.

- Primeiro que o Christopher não controla com quem eu saio e tenho certeza que ele nunca faria isso – falei erguendo o queixo – E segundo que nós não somos amigos – lhe dei um fora e saí deixando-o plantado lá...

Mi Nuevo Vicio - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora