Capitulo 12

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MAITE


Christopher tinha várias casas em NY e resolvi passar o fim de semana em uma delas. Eu queria muito tirar um tempo só pra mim, sem precisar ser a Mai que está sempre feliz ou que vive loucamente, eu gostava da minha vida, mas às vezes precisamos de um pouco de espaço pra respirar em paz.

Depois que peguei meu namorado me traindo com uma piranha qualquer nunca mais tive animo pra qualquer coisa. Eu nunca havia contado isso pra minha família, sabia que Ucker não deixaria barato e mamãe nunca mais sairia do meu pé, então apenas os convenci que terminamos por um motivo qualquer, mas às vezes guardar isso machuca.

- Você está bem? – o cara que estava comigo no elevador perguntou preocupado.

- Sim, por quê? – disse um pouco rude.

- Você está chorando – na hora limpei a lágrima que nem tinha percebido que saiu.

- Não é da sua conta – fechei a cara para o estranho.

- Hum a gatinha é agressiva – sorriu presunçoso, arregalei os olhos pra sua ousadia – acho muito sexy – piscou e eu ri negando com a cabeça, não acredito no que eu estava ouvindo.

- Você só pode ser maluco – revirei os olhos.

- Esses são os melhores gata – jogou beijinho.

- Nem me conhece e já tá me cantando, que corajoso – debochei – eu podia ser uma policial e te prender por assédio – ergui o queixo sorrindo.

- Adoro policiais, principalmente a parte da algema – gargalhei.

Quando parei para olhá-lo vi o quanto era bonito, o cabelo preto, os braços musculosos, olhos de tirar o fôlego.

- Eu sei que sou lindo, nem precisa dizer – revirei os olhos, por que aquele prédio tinha que ter tantos andares, não chegava nunca.

- Quem disse que eu acho você lindo, sonha querido – assim que eu terminei de falar o elevado parou. Sai e ele também, mas antes que eu pudesse ir embora ele me chamou.

- Aqui meu número – me entregou um cartão – me liga – piscou sedutor e foi embora.

Fiquei parada encarando o seu numero, pensei em jogar fora, mas uma parte dentro de mim sabia que eu havia gostado da nossa curta conversa, então o guardei dentro da bolsa.

Sai do prédio com um sorriso.


ANAHÍ


Escorei no batente olhando Poncho trabalhar, ele estava tão concentrado que nem me viu. Sorri lembrando dos nossos momentos juntos.

Desde que nos casamos o nosso fogo não tinha esfriado, éramos perfeitos juntos e eu gostava de imaginar que seria assim pra sempre. Quando nos conhecemos ele insistiu tanto para nós ficarmos juntos que agora eu só podia agradecer por ter feito isso, ele é tudo pra mim, minha alma gêmea.

- Será que podemos ter uma reunião particular Sr. Herrera – brinquei e ele olhou pra cima sorrindo, me chamou com o dedo e eu fui, me sentando em seu colo.

- Quantas você quiser Sra. Herrera – me beijou.

Estávamos namorando quando seu celular apitou.

Ele se inclinou pra pegar e pude ver quem estava lhe mandando mensagem, a vaca da Sabrina. O cara de pau nem se importou comigo ali e a respondeu e depois me olhou sorrindo.

- O que essa piranha quer com você Alfonso? – perguntei nervosa.

- Nada Annie – deu de ombros como se não fosse nada, fiquei de boca aberta com o seu desdém. Pulei do seu colo espumando de raiva.

- Nada? Sério? Vai fazer de inocente agora? – apontei – Tá me traindo com ela é isso?

- O QUE? É claro que não, tá maluca? – me olhou com cara de desesperado, canalha.

- E ainda se atreve a responder as mensagens dela – debochei e me virei pra sair, antes que eu o jogasse pela janela.

- Aonde você vai? – olhei pra ele com um o olhar mortal.

- Vou embora antes que eu faça uma besteira – falei e ele me olhou com cara de cachorro abandonado – E hoje você vai dormir no sofá – sai batendo a porta com força.

Entrei na minha sala estressada, me joguei na cadeira enquanto passava a mão na cabeça. Eu sabia que uma hora ou outra Sabrina iria voltar pra nos incomodar, ela fez um escândalo quando descobriu que eu e Poncho estávamos juntos, imagina agora.

E o traste do meu marido ainda da bola, ai que ódio...

Mi Nuevo Vicio - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora