Capitulo 4

1.9K 116 1
                                    


DULCE


- Uau – murmurei assim que Ucker estacionou no jardim da sua mansão – Você não me disse que morava num palácio – disse encantada, ele deu risada saindo do carro e eu o acompanhei.

- Eu gosto de ter meu espaço – explicou, um homem se aproximou, seu empregado certamente – Leve as coisas de Dulce para o meu quarto – ordenou, o cara assentiu e pegou as chaves abrindo o porta-malas.

- Espera. Eu não concordei em dormirmos no mesmo quarto – disse ultrajada, ele não tinha citado isso.

- Bom, a casa é cheia de funcionários – deu de ombros – O que vão pensar se dormirmos em quantos separados? Fora que podem vazar a noticia e estragar todo o contrato – apontou, tive que concordar com ele – Mas se te deixa tão desconfortável eu posso demitir todo mundo – arregalei os olhos.

- Ficou maluco – me exaltei – Tudo bem, eu durmo no seu quarto – dei por vencida – Mas cada um no seu espaço – avisei.

- Como quiser - ele levantou as mãos em sinal de rendição, comecei a desconfiar sobre as intenções deste casamento.

Ucker me conduziu até a entrada da mansão, assim que entramos uma mulher, de aparentemente cinquenta anos, veio até nós sorridente.

- Sr. E Sra. Uckermann – cumprimentou.

- Dulce quero que conheça a Anna – nos apresentou e eu apertei sua mão – ela é a governanta e responsável por tudo aqui.

-É um prazer Anna e pode me chamar só de Dulce – ela assentiu.

-Sr. Uckermann – olhou para ele – Sua mãe ligou, pediu que retornasse a ligação assim que chegasse.

- É claro. Anna faça o favor de mostrar a casa a Dulce – ela balançou a cabeça.

A segui em silêncio, ela me mostrou todos os cômodos da enorme casa, era linda e espaçosa, um jardim muito lindo e uma piscina imensa. Anna também me apresentou todos os empregados, todos foram muito gentis.

Ela também me ajudou a organizar todas as minhas roupas no closet de Christopher, depois eu e ele almoçamos juntos, foi agradável. Em seguida ele saiu para resolver algo e disse que eu poderia ficar a vontade.

Passei a tarde assistindo TV, liguei para o meu pai, etc. Quando Ucker chegou me levou até a garagem e disse que tinha uma surpresa pra mim.

- O que a gente está fazendo aqui? – perguntei confusa.

Ele abriu os portões da garagem, mostrando seus carros, três no total, muito lindos e caros. Puxou-me até um prata, em seguida me estendeu uma chave.

- É pra você.

Paralisei com aquilo. Ele estava me dando um carro?

- Ontem quando estive na sua casa seu pai me contou que sabia dirigir – abriu minha mão depositando a chave lá – Esse é pra você – sorriu.

- Tá me dando um carro? – ele assentiu sorrindo – Não pode fazer isso - disse assustada.

- Claro que posso – deu de ombros – e não adianta recusar, pode usá-lo para ir onde quiser, também temos motorista, o Taylor estará à disposição quando não quiser dirigir.

- Você é maluco.

- E você já disse isso – rebateu e caminhou tranquilamente de volta para a casa me deixando parada ali com a chave do meu novo carro na mão. Depois que ele se foi sorri empolgada, eu amava dirigir, nós até tínhamos um carro, mas eu o vendi para pagar as consultas médicas do meu pai.

À noite eu tomei um banho morno, já que era verão em NY. Coloquei meu baby doll e voltei para o quarto, Christopher já estava deitado e mexia no celular, ele estava só de calça então era impossível não notar o seu tanquinho e braços musculosos.

Deixei aqueles pensamentos de lado e forcei meu corpo a caminhar até a cama, por sorte ela era grande e eu pequena, então eu não corria o risco de ter algum contato com Ucker. Algumas mulheres morreriam por ter um homem daqueles em sua cama, mas eu não queria gerar uma situação desconfortável pra nós dois.

Senti ele me analisar enquanto eu me acomodava debaixo do edredom.

- Boa noite Ucker – disse a ele, tentando deixar a situação menos tensa.

- Boa noite Dul – respondeu dando um sorriso de lado, me deitei virando de costas, rezando pra entrar num sono profundo e não ter pensamentos nada santos com o homem do meu lado.


[...]


Na Segunda fomos para o trabalho juntos, eu podia ver os murmúrios dos funcionários da empresa, no entanto Ucker não pareceu se importar, então deixei pra lá e segui o meu caminho.

- Dul – Annie entrou na minha sala animada, desviei os olhos do computador direto pra ela – Tenho que te mostrar uma coisa – disse já me puxando, me levou até o andar presidencial enquanto falava coisas aleatórias.

- O que estamos fazendo aqui Annie? – perguntei rindo, ela abriu a porta de uma sala, que ficava praticamente ao lado da de Ucker.

- É sua – apontou abrindo os braços e rindo, arqueei as sobrancelhas pra ela – Ucker me pediu pra te avisar que agora você é a nova Engenheira Sênior da Uckermann Constructions – explicou, arregalei os olhos, disse a ela que não poderia aceitar, isso já era demais, mas ela era tão insistente quanto Ucker, então não tive escolha.

Mudei minhas coisas pra nova sala sob as ameaças de Annie, pensei que depois deveria conversar com o meu ''marido'' sobre isto, ela já havia me dado o carro e agora isso.

Perto da hora do almoço, ele reuniu todo mundo e contou que estávamos casados, eu fiquei assustada e sem movimentos, se as pessoas já falavam de mim antes, imagina agora. Quando dispensou todos, fui até ele e exigi uma explicação, ele apenas disse "uma hora ou outra todos iam ficar sabendo" piscou e deu um sorriso e saiu, Annie e Poncho apenas riam, aqueles dois se mereciam.


[...]


- E você não tirou nenhuma casquinha? – perguntou maliciosa, estávamos organizando a minha nova sala enquanto conversávamos, contei a ela sobre o dia anterior, o carro, sobre dormirmos juntos, o que foi uma má ideia, porque ela não ia me deixar em paz.

- Não seja doida Annie, não é um casamento de verdade, sabe disso – argumentei.

- Eu sei, mas já que estão amarrados um ao outro por um ano bem que podiam aproveitar né – revirei os olhos.

Fazia muito tempo que eu não namorava alguém, eu vivia tão ocupada que me forcei a não pensar mais nisso. Estar com Christopher me fez desejar aquilo, embora as condições do nosso relacionamento não sejam as melhores, eu gostava de como ele me tratava...

Mi Nuevo Vicio - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora