Mi Nuevo Vicio - Vondy

Capitulo 32

DULCE

No dia seguinte da maravilhosa noite de ano novo, eu e Ucker voltamos para Nova York. Nosso casamento estava ótimo, depois que nos declaramos parecia que estávamos ainda mais próximos e isso me deixava imensamente feliz, ele era perfeito e sempre estava mostrando o quanto me amava.

Os meses seguintes também foram bons, a empresa estava com ótimos projetos e lucrando muito bem, o que deixava Christopher bastante contente e relaxado. O restaurante de Christian tinha se tornado bem famoso, e é óbvio que eu sempre jantava lá com Ucker, era uma forma de termos um momento só nosso, já que o trabalho estava tomando muito tempo, e também provar as deliciosas comidas do Chris. Meu pai estava consideravelmente bem, até tinha arrumado um trabalho, apesar da minha insistência pra ele ficar de repouso.

Poncho e Annie estavam só alegria com o bebê que estava a caminho, era muito fofo o carinho entre os dois, apesar que as vezes agiam como loucos, principalmente porque a loira tinha ficado muito sensível na gravidez e qualquer coisa era motivo de choro. Confesso que fiquei com pena do Poncho. Mas pude ver a emoção dos dois quando descobriram que teriam um menininho.

Mai tinha conseguido terminar a residência e se tornou uma cirurgiã muito competente e dona Ale havia arrumado um namorado, Ucker não ficou muito satisfeito, mas minha sogra deixou claro não se importar com opinião dos filhos, em minha opinião ela está mais do que certa, depois de tudo que passou com o ex-marido ela merecia ser feliz.

- Chamando Dulce – falou Annie me batendo na testa e me tirando dos meus pensamentos.

- Ai – reclamei acariciando o lugar – O que foi? – fechei a cara pra ela.

- Tô te chamando há horas e você ai no mundo da lua – reclamou se sentando no sofá.

- Estava pensando na vida – falei me levantando e caminhando até ela.

- Sei – me olhou desconfiada – Tá mais pra "estava pensando no Uckerzinho peladinho" – brincou me fazendo revirar os olhos.

- É claro que não – cruzei os braços lhe dando um olhar mortal.

- Mudando de assunto – graças a Deus – tenho algo muito sério pra te falar – semicerrou os olhos fazendo cara de séria, ri da sua expressão.

- Pode falar barrigudinha – olhei pra sua barriga enorme. Ela já estava perto do nono mês e ainda vinha trabalhar, é claro que sob os protestos do Poncho.

- Já que hoje é meu último dia de trabalho por tempo indeterminado e quase não vamos nos ver – disse entediada, ela amava mesmo trabalhar – Queria te fazer um convite – sorriu animada.

- Estou até com medo agora – brinquei e ela me acertou com uma almofada, dei risada.

- Falando sério – respirou fundo tomando coragem – Quero que seja madrinha do meu filho – falou de uma vez. Paralisei surpresa.

- Madrinha do seu bebê? – perguntei emocionada.

- Sim, você se tornou minha melhor amiga desde que nos conhecemos, esteve comigo quando descobri sobre o bebê e me apoiou em tudo – mordeu o lábio nervosa, fiquei sem palavras com aquilo – Então...aceita?

- Vai ser uma honra Annie – falei sentindo meus olhos marearem, a loira se inclinou me abraçando e eu retribui – Prometo cuidar muito bem do meu afilhado – falei enxugando os olhos.

- Vou contar com isso – limpou algumas lágrimas que também tinha derramado – O Poncho ficou responsável por falar com Christopher, então não conta ainda – pediu e eu assenti sorrindo.

Conversamos muito sobre o bebê, ela estava ansiosa com a chegada e com medo de não ser boa mãe, mas sei que ela será incrível com o filho, e que só precisa estar do lado dele, mesmo quando as coisas forem difíceis.

Fomos interrompidas por Ucker que entra na sala sem bater.

- Ih já chegou chamando atenção – reclama Annie se levantando, com dificuldade, do sofá.

- Cai fora bolotinha – brincou usando o apelido que ele tinha dado pra ela desde que sua barriga começou a crescer.

- Vá a merda Uckermann – xingou saindo da sala e fechando a porta, dei risada e ele riu também.

Ucker se aproximou e se jogou no sofá ao meu lado.

- Estou tão cansado – reclamou me puxando pro seu colo – Só queria nossa cama agora pra dormir bem agarradinho com você – beijou meu pescoço e descansou a cabeça ali.

- Que dramático meu Deus – ironizei me afastando pra lhe beijar – Eu lhe disse pra ir dormir cedo, mas você resolveu ir trabalhar – avisei e ele riu.

- Sabe que eu tinha que adiantar aquele projeto, mas já finalizei e agora posso descansar – suspirou voltando a me beijar.

Arfei recebendo sua língua e ele aproveitou para explorar cada canto da minha boca, durou um bom tempo o nosso beijo e eu finalizei mordendo seu lábio de baixo. Para nossa tristeza o meu celular começou a tocar desesperado em cima da mesa.

- Ahh não, deixa tocar – reclamou quando fiz menção de levantar, ele abraçou minha cintura me puxando de volta.

- Eu tenho que atender amor – falei rindo e me livrei dos seus braços.

Caminhei rapidamente até o aparelho e o peguei, era Christian. Senti um arrepio e atendi preocupada.

- Oi, o que houve? – questionei.

Assim que ele fala sinto meus olhos lacrimejarem e me apoio na mesa fechando os olhos. Chris continua falando, mas não consigo entender nada.

- Ei, o que foi? – Ucker se aproximou preocupado.

- Meu pai, ele está no hospital – murmurei com a voz falha. Ucker pegou o celular da minha mão e falou com o Chris, depois desligou e me abraçou.

- O Chris me deu o endereço, vamos pra lá e falamos com o médico – pediu calmo e eu apenas assenti – Não tire conclusões precipitadas princesa, seu pai é forte e vai ficar bem – falou carinhoso e eu o abracei derramando algumas lágrimas...