Capitulo 55

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CHRISTOPHER



Dei meu depoimento ao policial, depois fique mais um tempo na sala sozinho tentando absorver tudo que aconteceu. A vida de Dulce estava por um fio e eu sabia que era tudo minha culpa, minha responsabilidade. Se a Dul morrer eu nunca me perdoarei, vou conviver com isso pelo resto da vida.

Passado alguns minutos me levantei, enxuguei meu rosto molhado pelas lágrimas e fui até a sala de espera. Chegando lá encontrei Christian, minha mãe e seu namorado, além dos outros que já estavam. Assim que Chris me viu se levantou e não tinha uma cara nada boa.

Aproximei-me de cabeça baixa, Christian fechou o punho e quando eu vi ele tinha acertado um soco em meu nariz. Cai no chão com a mão no local e vi Poncho o segurar e pedir calma.

- Christian – reclamou Mai perplexa.

- Sem sermão Mai, a Dulce só está aqui por culpa dele – apontou pra mim furioso voltando a se sentar. Todos nos olhavam sem reação.

Me levantei com a ajuda de Poncho, foi quando um segurança apareceu perguntando se estava tudo bem.

- Tudo bem, foi só um desentendimento - falei limpando o sangue com a mão. O segurança assentiu desconfiado e saiu.

Sentei-me um pouco afastado e vi Mai e Chris conversando com Annie e Poncho. Suspirei sabendo que ele tinha total direito de fazer aquilo. Minha mãe veio até mim e se sentou ao meu lado me dando um sorriso triste.

- Como você está meu amor? – perguntou carinhosa.

- Preocupado com a Dul, eu só quero que ela fique bem mãe – falei com a voz embargada.

- A Dulce é forte querido, ela vai sair dessa – me passou confiança e sorri fraco assentindo – Não fique com raiva do Christian, ele está sofrendo pela prima, os dois são muito ligados – segura em meu ombro.

- Eu não estou com raiva, até entendo, é minha culpa, eu devia protegê-la, prometi ao Pedro que cuidaria dela e não cumpri minha promessa – falei com um nó na garganta.

- Foi um acidente Christopher. Ninguém tem culpa, a não ser aquele Pablo – tentou me confortar, assenti pensativo.


[...]


Já havia passado várias horas e ninguém veio dar noticias de Dulce, Mai avisou que ela ainda estava em cirurgia, mas que não podia entrar na sala. A cada minuto eu ficava mais desesperado, meu maior medo era que ela não sobrevivesse.

Alguns minutos depois o médico apareceu na sala e minha irmã estava ao seu lado com uma expressão séria.

- São os parentes da Sra. Uckermann? – perguntou calmamente, todos se aproximaram para ouvir.

- Sim doutor, eu sou o marido dela – ele assentiu – Como ela está? – questionei preocupado.

- Estou tratando do caso da sua esposa, preciso dizer que o impacto causado pelo acidente acabou gerando uma hemorragia no tórax – engoli em seco temendo o que estava por vir – Conseguimos reverter a situação, mas teve complicações na cirurgia, ela teve uma parada cardíaca – nesse momento perdi o ar e pensei o pior.

- Ela mo...morreu? – gaguejei com o coração batendo a mil. Os outros estavam espantados.

- Não – o médico disse rapidamente – A trouxemos de volta – suspiramos aliviados – Infelizmente a Dulce está na UTI, está estável, mas ainda corre risco de vida – explicou – Ela vai ficar lá nas próximas 48 horas e se surgir melhora a mandaremos para o quarto. Também teve uma fratura no braço esquerdo e alguns machucados pelo corpo – completou.

Mi Nuevo Vicio - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora