Mi Nuevo Vicio - Vondy

Capitulo 7

CHRISTOPHER

Olhei para Dulce ao meu lado enquanto dirigia calmamente pelas ruas de Nova York, ela estava distraída enquanto cantava baixinho uma música que tocava no rádio, eu amava quando ela fazia isso, assim podia admirar a mulher maravilhosa ao meu lado.

Desde o dia que nos beijamos as coisas entre nós tinham mudado, ela não estava mais distante como antes. Não comentamos sobre o beijo no telhado, apenas deixamos rolar e sempre que tinha uma oportunidade eu a beijava é claro, ela não ligava e sempre retribuía, íamos ao trabalho juntos, falávamos sobre nosso dia e muitas outras coisas. O nosso relacionamento era leve e sinceramente eu preferia assim.

Estávamos indo para a casa da minha mãe, que insistiu em fazer um jantar em família pra conhecer melhor a Dul, não tive como recusar e minha mulher não se importou em irmos, então para mim estava perfeito.

- Você está me deixando sem graça – brincou quando reparou que eu a encarava.

- Sabia que você fica muito sexy quando canta – ela corou e dei risada.

Estacionei em frente à casa da minha mãe, o carro de Poncho já esta lá, descemos e demos as mãos enquanto a guiava pra dentro. Usei a chave que eu tinha e entramos, o pessoal estava na sala bebendo vinho e conversando animadamente.

- Chegamos família – anunciei, todos se viraram para nos olhar.

Minha mãe se aproximou me abraçando e em seguida a Dulce. Cumprimentamos a todos, apresentei Dul a minha irmã Maitê que ficou muito contente em conhecê-la. Minha morena logo se juntou a Annie, Mai e minha mãe numa conversa de mulheres. Sentei perto de Poncho que me serviu vinho.

- Então, onde vocês se conheceram? – Mai perguntou curiosa, Dulce ficou tensa.

- Na empresa – respondi sorrindo – Eu a entrevistei para uma vaga de emprego, me apaixonei por ela no mesmo instante – Vi Dul morder o lábio inferior me olhando – completei encarando de volta, ficamos um tempo assim, até Poncho pigarrear, olhei para todos que sorriam, Dulce corou e eu baixei a cabeça.

- Que fofos – Mai brincou.

- Agora só falta você desencalhar filhinha – mamãe diz fazendo Mai ficar sem graça enquanto gargalhamos.

- Mamãe, por favor – revirou os olhos.

- O jantar está servido – a empregada avisou e todos foram para a sala de jantar.

Estava saindo quando Dulce me parou.

- Por disse aquilo – a olhei confuso – sobre estar apaixonado por mim? – perguntou me deixando sem palavras.

Queria dizer que era o que eu sentia por ela, mas sabia que estragaria o pouco que existia entre nós, não queria assusta-la com o tamanho dos meus sentimentos por ela, por isso me forcei a ir devagar.

- Só queria calar a Mai – dei de ombro – ela ia continuar fazendo perguntas, não queria que ficasse mais constrangida.

Ela assentiu baixando os olhos

- Vem – lhe dei um selinho e peguei sua mão a levando até a mesa.

Comemos entre risadas e brincadeiras.

DULCE

A família de Christopher era incrível, sua mãe Alexandra eu já havia conhecido na empresa, ela era uma mulher muito bonita e muito carinhosa, podia ver o quanto amava os filhos. Também havia Maitê, sua irmã, descobri que ela era médica e já estava no fim de sua residência, morava sozinha e amava muito se divertir e viver loucamente.

Agora Ale me mostrava as fotos dos filhos quando era criança, ela me disse que eu devia conhecer meu marido de todas as foras, ri pra isso. Ucker tentou impedi-la, mas ela ganhou a briga.

- Olha essa, Ucker, Mai e Poncho no clube que a gente frequentava – me mostrou a foto de quando eram crianças, dei risada dessa, Mai era gordinha e Ucker o mais baixinho dos três, o que não se comparava nada a agora, Poncho era o mais normal.

- Ela vai acabar matando a gente de vergonha – Mai disse pra Ucker que concordou com a cabeça rindo.

Já estava ficando tarde então resolvemos ir embora e também trabalharíamos no dia seguinte.

[...]

Estava em uma das salas de reunião revisando uma planta de uma mansão que eu estava montando, notei que precisava de alguns ajustes pra ficar do jeito que o cliente pediu, mordi o lábio rabiscando o desenho.

- Que visão mais bonita – olhei para a porta encontrando Christopher encostado no batente me encarando, sorri pra ele o chamando.

- Então, o que achou? – ele se aproximou olhando.

- Ficou incrível – elogiou – eu tenho um mulher muito talentosa.

- Obrigada Senhor Uckermann – agradeci – Qual o motivo da sua ilustre visita? – brinquei.

- Eu vou ter que viajar de última hora para Madrid – bufou com a viagem inesperada –Surgiu um problema com uma obra e eu vou ter que resolver pessoalmente.

- Foi muito grave? – perguntei preocupada.

- Não, mas as filiais internacionais são muito importantes pra deixar na mão de qualquer um – assenti entendendo – Você podia vir comigo – pediu fazendo biquinho.

- Adoraria conhecer Madrid e suas ruas históricas – sorri – Mas essa semana eu e Annie pretendemos visitar algumas obras importantes, principalmente o terreno do museu, então não posso sair de NY.

- Eu entendo – segurou na minha cintura, senti suas mãos quentes mesmo com a roupa entre nós – Prometo que na próxima te levo comigo, nem que tenha que te arrastar.

- Olha que eu vou cobrar – apontei rindo – Vai ficar lá quantos dias?

- Uma semana – fiz careta – eu sei, muito tempo, mas é necessário – assenti – Vai sentir minha falta? – corei com sua pergunta.

- Quem sabe – dei de ombros com um sorriso de lado, eu não conseguia parar de fazer isso quando estava com ele, já era natural.

- Engraçadinha – se aproximou encostando os lábios nos meus, segurei em sua nuca o sentindo invadir minha boca com sua língua, sua mão apertou em minha cintura me fazendo suspirar ainda no beijo.

Separamo-nos ofegantes, encostei minha testa na sua normalizando minha respiração.

- Vou hoje à tarde – balancei a cabeça – Poncho vai cuidar dos assuntos de administração enquanto eu estiver fora, espero que possa ajuda-lo – pediu.

- É claro, pode deixar – me afastei dele – Vai querer carona até o aeroporto?

- Não, Taylor vem me buscar, ainda vou passar em casa pra pegar a mala – assenti.

- Boa viagem – ele sorriu me dando um selinho e se foi...