DULCE
Era segunda e tínhamos voltado ao trabalho, entretanto eu gostaria que o final de semana tivesse durado mais. Aquele tempo com Christopher foi muito bom, seu aniversário havia rendido bons momentos, apesar do acontecido na boate.
Para falar a verdade, cada momento ao lado dele era incrível e eu nunca poderia retribuir o suficiente toda a felicidade que ele me proporcionava.
- Que cara de apaixonada é essa? – Annie perguntou arqueando a sobrancelha e rindo – Pelo visto o fim de semana rendeu em – piscou maliciosa. Estávamos em uma das salas de reunião, e ela me fazia companhia enquanto eu finalizava um projeto.
- Não é da sua conta amiguinha – usei seu apelido idiota, ela revirou os olhos.
- Pode ser, mas estou super curiosa pra saber o que você e o Uckerzinho fizeram quando saíram da boate – disse intrometida e sorriu maliciosa.
- Nada que crianças da sua idade podem saber – brinquei e ela empurrou meu pé por baixo da mesa rindo.
- Seus safados – abriu a boca fingindo estar perplexa.
- Até parece que você e o Poncho não aproveitaram também – e ela sorriu confirmando.
Depois que organizamos a bagunça, nos levantamos para sair. Olhei pra Annie que se levantou e antes que pudesse dar outro passo se sentiu tonta e segurou na mesa.
- Annie, tá tudo bem? – perguntei preocupada e me aproximei para ajuda-la a se sentar.
- Sim, só fiquei um pouco tonta – me afastei para pegar água pra ela.
- Está melhor? – questionei depois de um tempo e ela assentiu – Talvez devêssemos ir ao hospital, você está um pouco pálida – ela negou se levantando.
- Não é necessário, estou bem, foi só uma queda de pressão – afirmou.
Quando saímos da sala dei de cara com Pablo, ele nos olhou sorrindo.
- Dulce, quando tempo – disse animado. Não o via desde o dia que ele me ajudou com a impressora.
- É mesmo, como você está? – perguntei sendo educada.
- Bem, e você não tem se metido em confusões com impressoras né? – brincou e eu dei risada.
- Não, ainda bem – sorri. Annie pigarreou do meu lado, notei ela nos olhando esquisito.
- Ah esqueci se apresentar. Annie esse é o Pablo, ele trabalho como arquiteto aqui na empresa.
Ela o cumprimentou forçando um sorriso. Depois me despedi dele e entramos no elevador.
- O que foi? – perguntei desconfiada
- Esse Pablo – fez careta – ele gosta de você, percebi como te olha – avisou.
- Claro de não Annie – ri da sua maluquice - o cara só estava sendo gentil – justifiquei – Acho que sua pressão está interferindo no cérebro já – brinquei tentando distrai-la, mas não funcionou.
- Só fica longe dele – pediu – Não me pareceu boa pessoa – falou e saiu do elevador assim que ele abriu.
Sai também e fiquei parada absorvendo o que ela havia dito. Guardei em minha mente que devia perguntar a ela sobre isso depois.
[...]
- Annie – chamei colocando a cabeça pra dentro da sala. Ouvi um barulho estranho e entrei para averiguar – Annie – chamei novamente, sem resposta.
Entrei no banco e ela estava ela em frente ao vaso pondo tudo pra fora. Corri pra ajuda-la. Quando ela melhor a levantei e a mesma lavou o rosto e escovou os dentes.
- Estou ficando preocupada com você – falei e ela me olhou sentando no sofá e se inclinou fechando os olhos – Talvez seja melhor chamar o Poncho – sugeri e ela abriu os olhos rapidamente.
- Não – falou rápido – não quero preocupá-lo atoa.
- Então vamos ao hospital e eu não conto – ameacei pra ver se assim ela me escutava, ela arregalou os olhos.
- Não faria isso – desdenhou
- Quer pagar pra ver? – ela revirou os olhos.
- Está bem, mas quero ir ao lugar onde Mai trabalha – concordei com sua condição.
[...]
- Liguei pra Mai e ela disse que está de plantão no hospital – avisei enquanto dirigia pelas ruas de Nova York. A loira apenas balançou a cabeça e voltou a se encostar-se ao banco.
Logo que chegamos fomos atendidas por Maitê, explicamos o que aconteceu e ela tirou sangue de Annie e mandou ao laboratório, pediu pra que esperássemos os resultados.
- Não acredito que deixei você me trazer aqui – resmungou deitada na cama de hospital. Mai havia nos deixado em um dos quartos confortáveis para que Annie descansasse – Já me sinto completamente bem.
- Vamos ver se é isso que os exames vão dizer – ela me mandou língua e eu ri – Criança – zombei.
Poucos minutos depois minha cunhada volta ao quarto com os exames na mão.
- Eu dei uma olhada e...- hesitou me deixando ainda mais preocupada – Não sei qual vai ser sua reação, mas preciso que fique calma.
- Fala logo – Annie pediu exasperada.
- Você está grávida – soltou de uma vez, paralisei na poltrona que eu estava.
- É o que? – arregalou os olhos espantada. Mai apenas balançou a cabeça confirmando, vi a loira com lágrimas nos olhos enquanto tocava a barriga – O que eu vou fazer agora? – chorou, Mai e eu nos entreolhamos sem entender.
- Como assim Annie? Agora você tem que contar para o Poncho – apontei.
- E se ele não gostar – disse temerosa.
- Claro que não amiga – me levantei para abraçá-la – O Poncho te ama, é louco por você, vai adorar a noticia do bebê.
- Dulce tem razão Annie – Mai concordou e se juntou a nós no abraço – Vamos ser titias – disse pra mim comemorando e rimos.
Annie voltou a tocar no ventre emocionada.
- Meu bebê – sorriu...
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Mi Nuevo Vicio - Vondy
Storie d'amoreQuando Dulce Maria aceitou se casar com Christopher Uckermann não pensou em como se envolveria profundamente com ele. Um homem que vira seu mundo de cabeça pra baixo e a transforma no melhor que ela pode ser.