31. Apenas um Sonho

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Não posso sumir uma semana? Foi meu aniversário por isso vocês estavam sem atualização, não posso ter folga? kkkk mas vamos lá.

...

O celular do papai não para de tocar, toda hora toda hora toda hora... Ele sempre atende muito bravo.

Não importa onde estamos, a filha é minha, eu a levo para onde eu quiser! Isso é para você aprender a não ser uma vagabunda! E se você continuar com essa conversa de separação, vou tirar todos eles de você! Acabo com você, antes de você pensar em abrir sua boca.

Papai, Lauren pode falar com a mamãe?
Não Lauren, sua mãe não merece falar com você, nunca mais.

Não não não não. Minha mamãe, mãe, mãe. Por favor eu só quero a minha mamãe...

...

Camila Pov

— Lauren, acorde, é só um sonho.

Acordei com sua agitação na cama, Lauren só podia estar tendo um pesadelo, e dos piores. Seu rosto estava todo vermelho e sua respiração ofegante. Balancei seu corpo levemente, mas ela continuava com os olhos fechados, repetindo diversas vezes, por favor. Cortou meu coração a forma que ela pronunciava as palavras, era uma súplica banhada de dor.

— Lauren! – A chamei mais alto, dessa vez balançando forte seu corpo.

— Não! – Ela deu um pulo da cama, sacando rapidamente sua arma, apontou para todos os cantos do quarto, buscando por algo.

— O que foi? O que aconteceu? – Ela perguntou vasculhando o quarto com os olhos.
— Calma, você estava tendo um pesadelo e eu não conseguia te acordar.

— Só isso? – Ela perguntou franzindo o cenho.
— Só isso? Ainda bem que eu não joguei água em você, capaz de levar um tiro. – Encarei a pistola em sua mão.

Ela encolheu os ombros, guardando a arma novamente em sua cintura.

— Desculpe, não queria te assustar. – Ela se encostou na parede, passando a mão por seu cabelo, repetidas vezes.
— Seu pesadelo me assustou mais do que sua arma, você estava muito agitada. – Me sentei na cama respirando fundo. — Quer falar sobre?

— Você é terapeuta por acaso? – Respondeu grosseira enquanto calçava seus coturnos.
— Segure suas ferraduras, só queria ajudar. – Rebati.

— Foi apenas um sonho. – Ela respondeu sem me olhar. — Agora vou embora, já fiquei muito tempo por aqui. Até, Srta Rockefeller. – Disse friamente.

Garota estranha.

Saiu pisando firme com passos apressados, sem nem ao menos olhar para trás. O que eu esperava? Um beijo de despedida? Que besteira.

Ela bateu a porta de metal, e a trancou, ouvi o barulho das chaves e os passos de seu coturno pelo corredor, então tudo ficou em silêncio.

Me levantei atordoada pelos últimos acontecimentos, fui até o banheiro para jogar uma água no rosto, notei várias marcas vermelhas em meu pescoço. Estranhamente um formigamento tomou conta do meu ventre, ao lembrar de Lauren me beijando e me apertando...

Se orienta Camila!

A pequena bagunça causada no quarto, era consequência de uma quase transa com Lauren, mas eu não iria arrumar nada, pelo menos não agora. Ficar sozinha, trancada e a falta do que fazer, acaba fazendo com que eu durma muito mais do que meu corpo necessita, e ele estava se acostumando com isso, parecia que eu olhava para cama e minha boca bocejava.

Libélula. A herdeira Rockefeller - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora