33. Especial

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Feliz 7/27

...

Camila pov

— Já deu de tiros por hoje, né? – Lauren perguntou limpando sua arma.
— Sim, meus braços doem. – Respondi balançando meus braços doloridos.
— Quer gravar um vídeo para sua família? Trouxe seu celular. – Lauren disse, tirando o celular do bolso. Me animei com a ideia e corri para arrumar meu cabelo no retrovisor da caminhonete.

— Lauren, que horas são?
— Caramba, quase cinco da tarde. O tempo voou e nem percebi – Ela respondeu olhando para o relógio.
— Então com o fuso, lá eles devem estar almoçando. – Deduzi fazendo umas contas, ela deu de ombros. – Lauren.
— O quê? – Ela perguntou me olhando, esperando que eu continuasse e guardou sua arma na cintura cobrindo com a camiseta.
— Será que... ah deixa pra lá. – Enrolei um pouco.
— Fale de uma vez, Camila. – Lauren disse impaciente.
— Será que posso fazer uma chamada de vídeo com eles? – Perguntei receosa, ela arqueou as sobrancelhas.

— Camila, daí você me quebra né? Não dá, o vídeo já está de bom tamanho. – Ela disse negando com a cabeça, e guardou a maleta no carro.

Me aproximei dela, encostando seu corpo na porta e segurei na barra de sua jaqueta jeans.

— Por favor, Lauren, pode confiar em mim. Eu só quero ver como eles estão, e dizer que está tudo bem, vai ser até bom eles conversarem comigo. – Pedi manhosa, brincando com o zíper de sua jaqueta.
— Camila, odeio ter que ficar bancando a bandida malvada com você, mas você sabe que se eles perceberem algo de estranho, isso vai acabar mal. – Ela disse, passando a mão em meu braço.
— Não precisa se preocupar, vou estar bem aqui na sua frente. – Mordi os lábios em minha melhor atuação para convencê-la.

— Inferno! – Ela resmungou, revirando os olhos. Eu sabia que estava no caminho.
— Faz isso por mim?

— Não gosto de recusar pedido de mulher bonita, é uma fraqueza. – Ela respondeu, e segurou em meu queixo. — Sem gracinhas, ok?
— Pode deixar! – Deixei um beijo em seus lábios e não consegui conter meu sorriso.
— Aqui seu celular. – Ela me entregou o aparelho.

— Alguém online nessa família? – Mandei no grupo e esperei poucos segundos até meu pai responder, ele sempre estava com o celular, até mesmo na mesa.

Me sentei encostada na árvore.

— Sim, estamos esperando o almoço.

Fiz a chamada de vídeo com meu pai, e assim que ele atendeu, minha mãe, meus avós e minha irmã estavam se ajeitando atrás dele.

Todos estavam sorrindo e pareciam ótimos, inclusive Sofia, bronzeada com marca de óculos de natação.

— Olá filha! Que saudade em te ver!
— Oi pai, pois é, liguei pra dar um oizinho para vocês. – Respondi sentindo meus olhos arderem, estava com muita saudade deles.

— E como estão as coisas na empresa?
— Estou trabalhando mais em casa por enquanto pai. – Menti, tentando amenizar a situação.
— Karla Camila, posso saber o que está acontecendo com você? Parece que já esqueceu o porquê de estar ai, ou não está dando conta? – Ele perguntou com tom firme.
— Não esqueci, pode acreditar. Vou te trazer resultados só espere um pouco.

— Eu sei que você vai conseguir minha querida, seu pai está sendo duro demais. – Meu avô disse, apertando o ombro do meu pai. — Que lugar bonito é esse que você está? – Meu avô pegou o celular da mão do meu pai, e puxou conversa.

— Aqui é bem bonito mesmo. – Virei um pouco a câmera filmando em volta. — Eu saí pra caminhar um pouco, vovô.
— Já disse para você parar com essa mania.
— Pai, deixe a Camila, ela sabe que precisa se cuidar, se não vira uma bolinha. – Minha mãe disse, aparecendo na câmera.
— Oi filha. – Ela deu um tchauzinho. Estava com luzes no cabelo.
— Oi mãe.
— Nossa, Camila, o que houve com você? Sem maquiagem, pálida, e esse cabelo desgrenhado, filha do céu, você não está se cuidando?

Libélula. A herdeira Rockefeller - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora