CAPÍTULO 2

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(Thomas Johnson na mídia)

Hora de voltar para minha lixeira de hotel e chamar um táxi. Provavelmente quando eu chegar na casa dos Johnson ja terá anoitecido.

Desço do táxi e fico parada por um momento observando o carro ir embora.

Assim que eu passo pelos portões noto a impressionante propriedade. Definitivamente eu não esperava por isso!

Uma imponente mansão em um imenso terreno se ergue diante de mim. Derrepente o vento bate sacudindo as folhas das árvores. Não é muito animador.
Eu sinto um arrepio e olho por cima do ombro. O jardim está submerso na escuridão, eu mal posso ver meus próprios pés. Eu procuro na minha bolsa pelo meu celular.

Caminho em direção a casa, guiada pelas luzes das janelas. Eu seguro no corrimão da magnífica escada de pedra que nos leva a porta de entrada e enquanto eu subo, tenho a estranha sensação de que estou sendo observada.

Ja no topo da escada eu tento me acalmar. De repente ouço um barulho estridente, que me assusta ainda mais. Então eu me viro.

Eu não consigo ver ninguém. Apenas eu e a minha sombra. Eu me aproximo e ergo minha mão para bater na porta, mas sinto um novo calafrio que me faz hesitar.

__ Cadê a campainha? __ Falei baixo olhando a porta à procura de uma campainha.

Não tem campainha, apenas uma aldrava em formato de gárgula de metal com um aro em sua boca.

Parece até que os donos desta casa então em um tenebroso folclore. Acordem, nós estamos em 2018, não na idade média.

Respirando fundo eu pego a aldrava e bato três vezes. O som parece ecoar pelas paredes.
Depois de alguns minutos esperando eu me sinto uma tonta, avanço para bater novamente a porta.

Sem necessidade... A porta se abre me fazendo dar um pulo. De repente eu me encontro diante de um magnífico par de olhos azuis.

Ele não diz uma única palavra, fica apenas ali, de pé, parado me olhando, parecendo aborrecido. Talvez ele esteja esperando que eu me apresente ou algo do tipo...

Eu pigarreio e me sinto nervosa, minhas mãos ficam suadas. Afinal eu não estou acostumada a ficar tão perto de garotos tão bonitos.

Após um longo silêncio, eu percebo que estou parada, boquiaberta e com os olhos arregalados. Esta é a primeira vez que nos vemos e eu não estou causando uma boa impressão.
Eu seguro a alça da minha bolsa com força e dou um sorriso animado.

__ Eh... Olá... Boa noite eu sou a Jade... eu havia informado que viria essa noite... para a entrevista da Babá... eu... __ Falei toda sem jeito sem saber como agir.

__ Você nunca para de falar? __ Soltou ele me encarando de cima a baixo.

Eu coro e fico queita. Ele obviamente não tem pretensão alguma de me ajudar.

O silêncio toma conta do lugar novamente e seus belos olhos azuis não param de me observar. Eu me sinto desajeitada e terrivelmente desconfortável.

__ Eu fui convocada pelo Sr. Johnson... para a entrevista. __ Falei ainda nervosa e suando frio.

Ainda sem qualquer reação da parte dele eu fico com uma vaga impressão de que ele não esteja me ouvindo, como se eu fosse invisível. Isso é tão humilhante.

TODA SUA HISTÓRIA (𝐶𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑑𝑎)Onde histórias criam vida. Descubra agora