...CAPÍTULO 29...

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(Lucie Brown na mídia)

16 de Fevereiro de 2018

Acordo mais cedo que o normal e me arrumo correndo. Não quero que nenhum dos irmão me veja saindo.

Dessa vez eu consigo pegar o ônibus e paro na rua da biblioteca local.

Faço a minha carteirinha, para poder levar os livros para casa e parto em direção às prateleiras de notícias e informações.

Depois de rodar a biblioteca inteira, eu consigo encontrar alguns manuscritos antigos.
Sento em um banco no fundo da sala de leitura e começo a ler algumas coisas.

Os manuscritos contam acidentes, assassinatos, empresas faturando além da conta e várias outras coisas, que não são notificadas nem nos jornais e nem nos sites.

"Depoimentos", é o título de um rascunho escrito em 2017.

"A família é muito tranquila. Todos eles são bem receptivos e cuidadosos. Mas eu não sabia qual era o estilo da criança. A menina era extremamente mal educada e não respeitava a privacidade das pessoas. Não obedecia e não tinha senso."

Diz o depoimento de algum entrevistado. Não diz quem é e nem sobre quem.

Lendo assim, eu julgo ser a família Johnson. A Lucie foi a última babá, antes de mim. Como o depoimento é do ano passado, supostamente pode ser ela.

"Eles não me deixaram sair da casa, então depois de alguns dias eu resolvir mudar o meu comportamento, para eles me demitirem. Eu não suportava mais. Hoje eu vivo uma vida tranquila e sem turbulências."

Tem um endereço no final do depoimento. Eu anoto no meu caderno e guardo os rascunhos.

Pego este manuscrito e o levo para a recepção. Mostro o manuscrito para a balconista e ela me olha com suspeita.

__ Sinto muito garota, mas você não pode levar este. __ Diz ela guardando o manuscritos em baixo da mesa.

__ Por que?

__ Esses rascunhos não são da biblioteca, são de jornalistas amadores que deixam aqui, para serem lidos. Escolha outros livros, chegou muito livro bom semana passada! __ Diz ela sorrindo.

__ Não obrigada, era só este mesmo! __ Falo assinando a minha carteirinha e indo embora.

~~~ ♡ ~~~

Consigo chegar no campus sem me atrasar um minuto. Eu estou ficando boa nisso!

Antes de entrar eu paro e penso... eu não terei outra oportunidade para ir até esse endereço.

Checo meus horários e vejo que não tem nenhuma aula importante. Eu nunca matei aula na minha vida, mas hoje é por uma boa causa.
Saio do campus e vou em direção ao ponto de ônibus. Olho para o lado e vejo se tem alguém me observando.

O campus está literalmente vazio. Todos os alunos entraram para a primeira aula.

No caminho para o ponto de ônibus eu vejo o Thomas encostado numa árvore não muito longe.

Dou meia volta e resolvo passar por trás, talvez ele não perceba a minha presença.

__ Jade? __ Diz ele me pegando em um pulo.

__ O que você está fazendo aqui? __ Pergunto tentando esconder o meu desconforto.

__ Eu estou te esperando. Eu acho que nós temos a mesma aula. __ Diz ele com um sorriso enigmático nos lábios.

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