capítulo oitavo

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Bulma gemeu quando sentiu a conexão dos lábios do lorde aos dela. Ele a beijava como se estivesse sedento, sedento pela sua boca. O beijo era macio, quente, molhado. As bocas se moviam com tanto fervor,  com tanta paixão, que mais parecia uma perversão, do que um simples beijo.

Bulma nunca  havia acreditado em beijos apaixonados, beijos no qual a mulher sentisse suas pernas amolecerem, beijos no qual ela pudesse se perder por completo, e tudo o que queria era continuar com aquele contado, mas agora, diante de tal conexão, ela não podia mais negar que existiam beijos inesquecíveis. Apesar que já deveria ter constado isso no primeiro beijo que deu no lorde, aquele dia ele a beijou na Inglaterra até sentir vertigem, mas agora, tinha algo a mais, algo mais palpável no ar, estava longe de ser apenas um beijo no qual ele estava apenas se vingando pela sua língua afiada. Era um beijo com promessas, como se algo à mais fosse acontecer. Quando ela sentiu a língua dele tocando a sua, ela gemeu pela segunda vez, aquilo deveria ser cortado antes que algo irreparável acontecesse, ela estava pronta para se afastar e deixa-lo frustrado, afinal esse era seu plano inicial, quando as mãos ásperas dele entraram em baixo de sua camisola.

Bulma estava perdida.

Vegeta por sua vez, não sabia o que estava sentindo. Ela o provocou, ela o estava seduzindo, ele sabia disso, era um homem experiente afinal, e ele, ao invés de se virar e deixa-la lá sozinha naquela maldita cozinha, cedeu aos encantos dela, como se ele fosse um marinheiro ouvindo o canto da sereia e não pudesse resistir a tentação. Quando tocou aqueles lábios rosados e doces, mais doces aliás, e ouviu ela gemer pelo contado, ele quase perdeu a razão, estava sendo uma tortura, uma doce tortura, mas ele não conseguia parar, queria continuar com aquele contado pecaminoso, beijando aquela boca e mostrando à ela como ele a queria, porque essa era a verdade nua e crua, ele a quis desde o dia que colocou o olhos nela, e algo dentro dele dizia que ela o queria também, ao contrário, por que estaria tentando seduzi-lo?

Movendo a boca nos lábios quentes de Bulma, ele toca a sua língua com a dela, e quando ouviu o doce gemido da mulher, pela segunda vez, ele perdeu por completo seu controle, não poderia mais resistir, queria sentir a pele dela na dele. Sentia sua ereção latejando e tudo o que precisava era do alívio, sentir se ela estava molhada por ele, assim como ele estava duro por ela. Tudo o que precisava era se perder na macies entre as pernas daquela mulher e ouvi-la gemer enquanto a estocava fundo. Precisava desesperadamente sentir seu corpo. Com isso, ele colocou suas mãos dentro daquela camisola.
Sentia a pele macia e quente de Bulma entre seus dedos, passou as mãos nos seios dela, provocando os mamilos rígidos, desceu o toque para o ventre e largou os lábios dela, desceu a boca no pescoço e inspirou o cheiro floral de sua pele, sentiu o arrepio percorrer o corpo dela.

- Você precisa parar, Vegeta – Bulma sussurra tentando ignorar a todo custo seus hormônios, que queria tudo, menos que ele parasse.

O hálito quente do lorde no seu pescoço a estava enlouquecendo.

- Parar? – Vegeta sussurra no ouvido de Bulma com a voz rouca.  – Será que é isso mesmo que você quer?

Bulma não respondeu, apenas jogou a cabeça para trás quando sentiu os lábios dele chupando seu pescoço. Sentiu descer o toque das mãos dele mais para baixo, entrando dentro de sua roupa íntima, e colocando os dedos em sua fenda rosada, não a penetrou, apenas passou o dedo entre os lábios baixos, que umedeceu mais com aquele toque. Bulma gemeu, Vegeta rosnou.

O lorde estava pronto para tirar aquela camisola e a possuir ali mesmo, quando alguém entra na cozinha. Os dois se afastam bruscamente e olham para o homem com os olhos arregalados.

- Uau! – ele coça a cabeça visivelmente constrangido.

- O que você está fazendo aqui, Kakarotto? – Vegeta pergunta visivelmente irritado.  – Não era para você estar lá fora de plantão junto de seu irmão?

- Eu só vim comer alguma coisa, Lorde – o primeiro comandante faz uma careta.

Aquilo era mais do que constrangedor, pensou ele.
Bulma se recompôs e pulou da mesa, colocando os pés no chão, saiu praticamente correndo daquela cozinha, que de repente se tornou sufocante. Seu rosto estava pegando fogo por conta do rubor que atingiu a sua face, tinha outra coisa pegando fogo também, mas ela achou melhor ignorar aquilo.

O lorde se encontrava sozinho naquela cozinha com Kakarotto, que agora olhava estranho para ele. Vegeta cruzou os braços e esperou para ver o que seu primeiro comandante tinha a dizer.

- Pelo jeito você já escolheu a inglesa, não é mesmo? – Kakarotto deu um sorriso meio sem graça.

- Isso é irrelevante, Kakarotto – Vegeta descrusa os braços e caminha para fora dali.

Antes de atravessar a porta ele olha para trás, por cima dos ombros.
- A cozinha está fazia agora, aproveite para comer o suficiente para um ano, porque amanhã, durante os treinos, lutará comigo.

Kakarotto arregalou os olhos e viu o lorde sair da cozinha com o andar pesado e firme. A tempos ninguém lutava com Vegeta, mas se aquilo era pra ser um castigo por ele ter estragado a festinha do seu lorde, Vegeta calculou mal a punição, pois lutar com ele era tudo o que Kakarotto queria, afinal ele era mais forte de todos do clã saiyajin, e não tinha graça ganhar sempre, tudo o que o primeiro comandante queria era um guerreiro no qual ele realmente se sentisse desafiado. Um sorriso de alegria surgiu nos lábios do guerreiro. Não foi intencional, mas passar por tal constrangimento, tinha gerado uma coisa boa no final das contas.

*****

Bulma se trancou no quarto, colocou as costas na porta de madeira devidamente fechada e se encostou nela. Seu coração estava acelerado, suas pernas tremendo, suas mãos suando, e seu estômago estava dando voltas e mais voltas.

O que foi aquilo? Sua mente não parava de atormenta-la com aquela pergunta.

Fechando os olhos ela leva os dedos aos lábios, que estavam pulsando e inchados por conta dos beijos, lembrando de como foi o beijo avassalador. Desceu os dedos até os seios e depois abaixou mais o toque, lembrando de como o lorde a tocou, de como seu corpo reagiu ao toque dele, ela estava simplesmente em chamas, um vulcão preste a entrar em erupção.

Abriu os olhos, desencostou da porta e foi até a penteadeira, sentando na cadeira ela olhou  para o espelho. Bulma não reconheceu a imagem que refletiu, seus cabelos estavam bagunçados, suas pupilas dilatadas, suas bochechas num tom rosado, sua boca inchada e completamente vermelha. Ela parecia estar diante de uma mulher lascívia, uma mulher com um desejo inabalado, e só poderia voltar ao normal quando sentisse por completo o homem que a levou a beira do abismo.

O que teria acontecido se Kakaroto não tivesse entrado na cozinha? Ela teria se rendido aquele desejo? Teria se entregado ao um homem que não era seu marido?

Bulma balançou a cabeça, pegou a escova de cabelos começando a pentear as madeixas azuis, tentando a todo custo se distrair e ignorar o fogo que a estava consumindo. Aquilo foi uma péssima ideia, concluiu ela, esse negócio de seduzir saiu pela culatra, e foi como uma rasteira. Era para ela o enlouquecer, mas quem estava a ponto da loucura era ela, pois a sua vontade era sair do quarto e ir atrás do lorde para terminarem o que começaram. Mas não deixaria seus hormônios comandar a situação, ela tinha um objetivo: mostrar a ele que era a melhor e deixa-lo para trás, e da próxima vez que o atormentasse com a sedução, não se renderia aos desejos ardentes que a impeliam naqueles olhos profundos. Não, ela não se entregaria à ele, apenas o deixaria com um desejo ardente por ela.

Uma Noiva para o LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora