Notas:
Gente, resolvi colocar uma imagem das Terras Altas aqui para vocês suspirarem, olha que lugar de tirar o fôlego. Não tem como a imaginação da gente não viajar em um tempo aonde nem sonhávamos nascer. É incrível. Boa leitura.
______________________________________Tights corria pela colina com as saias do vestido em suas mãos, erguendo a barra e pouco se importando que suas canelas estavam aparecendo. Ignorou o olhar do clã sobre ela enquanto passava por eles. Os assobios a deixou desconfortável, mas não parou para repreendê-los, afinal não estava agindo como uma dama, então seria hipocrisia pedir para eles não agirem como bárbaros – e eles são bárbaros, por Deus –, isso sem falar que estava com pressa e teria que agir rápido.
Abaixo da colina havia um tipo de acampamento, e mais a frente, as casas ao qual o clã morava. Ela parou e olhou confusa, pois não sabia aonde podia encontrar Raditz.
Com a respiração ofegante, soltou as saias e começou a andar mais devagar, passou pelo acampamento olhado para as tendas vazias, provavelmente Raditz não estava ali, mas não tinha certeza, pois não achava ninguém para pedir informação. Até que uma voz a fez virar bruscamente.
- Senhora?
Tights viu o homem enorme, sem cabelos e com um bigode, se aproximando, logo lembrou dele e seu nome.
- Nappa?
- O que faz aqui? – Indagou ele preocupado. – Não é lugar para uma dama, apenas homens ficam nas tendas.
- Estou procurando Raditz – ela sussurrou envergonhada.
- Raditz? – ele franziu o cenho. – Ainda não se acertaram?
- Vocês são bastante invasivos – concluiu mais para ela do que para Nappa um tanto zangada.
- Perdão, senhora, não quis ofende-la, apenas estranhei o fato, pois achei ter visto Raditz com ...
Nappa parou de falar ao perceber que podia estragar a chance dele se entender com a mulher que ama.
- Com ... ? – Tights gaguejou.
- Nada – Nappa se apressou a tentar concertar a coisas. – Não de importância para mim, milady, devia estar sonolento demais e visto coisas. Raditz mora ao lado da minha casa, eu a levo lá se quiser.
- Não antes de me falar o que viu – insistiu Tights.
Nappa passou a mão no rosto, ele e sua grande boca, pensou.
- Tights – ele inspirou. – Não lhe direi o que vi, porque as coisas sem explicação e apenas vista por olhos de terceiros nem sempre são verdade, ou pelo menos toda a verdade.
- Está me enrolando, senhor – ela colocou as mãos na cintura e Nappa sorriu vendo um pouco da sua falecida lady naquele gesto.
Ele ergueu a mão e depositou sobre o ombro de Tights, apertou levemente em sinal de segurança.
- Por que você não vai a casa dele de uma vez? Veja com seus próprios olhos as coisas, mas antes de tirar conclusões precipitadas, peça uma explicação.
- Está me assustado – Tights fez uma careta.
- Não é essa minha intenção – ele tirou a mão do ombro dela e se pós a caminhar a chamando para ir junto, Tights o seguiu um pouco receosa. – Apenas quero que compreenda que tirar conclusões precipitadas ou agir na hora raiva nos faz se arrepender depois, veja como o Lorde está por conta disso.
Tights abaixou a cabeça, era mesmo um sábio concelho, concluiu, mas o medo do que ia ver a fazia sentir zonza, temerosa. Ela não era tola, as poucas palavras de Nappa mostrou que Raditz provavelmente estava com outra.
Engolindo em seco caminhou em silêncio. Não importava se ele já tinha outra, não é? Afinal, depois da revelação da última conversa era compressível, não seria isso que a impediria de dizer as coisas que precisava dizer à ele.
Nappa parou de caminhar, depois de chegar de frente a uma casa, uma casa não tão simples como as outras, mas não tão luxuosa quanto um castelo.
- É aqui, moça – Nappa apontou com o queixo.
- Obrigado, senhor – ela agradeceu e caminhou lentamente até a porta daquela casa.
Nappa ficou olhando Tights se afastar, e suspirou pesadamente, esperava sinceramente que a mulher que viu Raditz trazer mais cedo ali não fosse nada demais, santo Deus, até imaginou ser Tights pela semelhança, rezava agora para que ela já tivesse ido embora. De qualquer forma, acreditava ter feito o certo levando a inglesa ali. Sim, era o certo, decidiu.
Quando a viu bater na porta saiu dali, não era certo ficar como um fofoqueiro olhando a vida alheia.
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O jantar era servido no castelo. Os serviçais colocavam as travessas de comida enquanto o clã chegava para o magnífico banquete.
Como sempre, desde a morte da lady, Vegeta não os acompanhava para a refeição. Isso entristecia o clã, pois queriam seu lorde a mesa.
De qualquer forma começaram a se servir.
Maron olhava tudo ao lado da sua irmã e se impressionou com a educação dos Saiyajins à mesa, da última vez que havia comido com eles eram extremamente mal educados.
- O que ouve para eles se tornarem cavalheiros durante a refeição? – Indagou ela à Lunch.
Lunch cortava um pedaço de carne, e ao seu lado, Tenshin levava a caneca de cerveja aos lábios.
- É obra da Bulma – ela ergueu os ombros. – Conseguiu ensinar boas maneiras aos Saiyajins antes de morrer.
- Hum – resmungou Maron com desdém. – Conseguiu fazer uma coisa útil pelo menos.
Tenshin largou o copo na mesa com certa brutalidade, deixando um pouco da sua cerveja cair e se curvou para o lado, olhando Maron ao lado da sua esposa.
- Acho bom parar de falar dessa forma da nossa falecida Lady, cunhada, sua convivência conosco foi pouca, mas muitos de nós nutria afeição e admiração por ela. Respeite os mortos.
Os Saiyajins que estavam sentados junto aquela mesa, e puderam ouvir a conversa, balançaram a cabeça em concordância para o que Tenshin falava.
Maron revirou os olhos analisando as unhas conforme as palavras de seu cunhado entravam em seus tímpanos. Lunch era a que mais se sentia desconfortável com as farpas do marido para com sua irmã.
- Acho que não devem se apegar tanto a alguém com quem conviveu tão pouco tempo e que pode ser facilmente substituída.
- Mas você não passa de uma ...
- Tenshin! – reprendeu Lunch. – Lembre-se que ela é minha irmã.
- Eu sei, esposa, mas ela ...
- Eu sei – resmungou Lunch, e logo se vira para Maron. – Minha irmã, prometa não faltar com respeito na memória de Bulma, ela não está aqui para se defender, e isso não mágoa apenas o clã e meu marido, mas a mim também, que era muito minha amiga.
Maron suspirou impaciente, achava aquilo drama demais, mas assentiu em consideração a irmã.
O silêncio rondou por um tempo, até que Maron voltou a falar.
- E Vegeta? Não vai aparecer?
Lunch inspirou tentando manter a paciência, sua irmã conseguia ser inconveniente em todos os momentos importunos possíveis.
- Maron, Vegeta está de luto, ele mal sai do quarto, poucas vezes o vemos. Já havia lhe explicado como está a situação dele.
- Ah, sim, havia me esquecido – sussurrou ela com deboche levando o talher com comida aos lábios.
*********
Videl ajeitava suas coisas no guarda roupa de madeira. Seu pai já havia se despedido e ela se encontrava sozinha no quarto.
Assim que sua mala estava vazia e o guarda roupa cheio, ela sentou na cama com as mãos no rosto. Não se sentia nem um pouco feliz, na verdade, se sentia deprimida.
O que ela estava fazendo?
Será que se esconder em um convento a faria fugir de seus sentimentos, de suas dores. Muito provavelmente não. Mas que opção tinha? Casar-se com um Saiyajin, que com toda certeza seria um homem bom para ela, mas que não a completaria? Isso parecia pior, tudo parecia pior.
Estava sendo ingrata, concluiu, mulheres não podiam querer demais. Era um casamento ou o convento, e já que não podia ter o homem que desejava, o convento era a melhor opção.
Com o tempo a dor cicatrizaria, e suas ilusões se esvairiam para sempre aceitando seu destino.
Batidas a tiram de seu devaneio, e ela se recompõe, se levantando para abrir a porta.
Do outro lado da porta tinha uma mulher vestida de noviça, seu rosto era muito bonito.
- A madre superiora pediu para ver como está, Videl, e se já se instalou em seu quarto.
- Eu estou bem, minhas coisas já estão devidamente guardadas.
- Que bom – sorriu a noviça que era tão jovem quanto Videl. – Então venha comigo, lhe entregarei as vestes que deve usar a partir de agora, e mostrarei o convento.
Videl sorriu saindo do quarto e seguiu a jovem moça.
- Como é mesmo seu nome? – Indagou Videl enquanto caminhava pelos corredores.
- Cocoa, muito prazer.
********
Bulma estava sentada na cama com todos a olhando.
- Vados, você entendeu, não é? Não é pra falar para ninguém que estou viva.
- Depois ainda tem a audácia de me chamar de covarde – resmungou Kuririn com os braços cruzados.
Whis colocou a mão na boca abafando a gargalhada.
- Entendi sim, Bulma, vou só analisar o terreno.
- Até agora não entendi o porquê de você fazer isso, Bulma, que importância tem seu marido casou de novo? Assim que você aparecer, e com um herdeiro ainda por cima, o casamento dele será anulado e você volta a ser a esposa oficial. É a lei.
- Você não entenderia nem se eu desenhasse para você, Kuririn.
- O nome disso, Kuririn, é ciúmes – sussurrou Whis recebendo um olhar zangado de Bulma.
- Não é nada disso – rosnou Bulma.
- Você tem que entender, Bulma querida, é que para Vegeta você está morta, bom, isso que eu acho pelo menos, e ele tem todo o direito de ter reconstruído sua vida, não pode condena-lo.
- Eu não o condeno, Vados, compreendo se fez isso, mas se o fez, foi tão rápido, não acha? São apenas alguns meses, e ele ter me substituído assim machuca.
- Tão sentimental – resmungou Kuririn com desdém.
- O perdoarei se ele tenha casado com outra, juro que o perdoarei, mas tenho que me preparar, entende?
- Então por quê me enviar para lá? Apenas para estar com a notícia pronta quando vocês se encontrarem?
- Não é só isso – Bulma olhou para as próprias mãos. – É que eu o perdoo se tiver se casado com qualquer uma, exceto uma pessoa.
- Quem? – perguntou em uníssono os três perto da cama.
- Maron.
*******
Gohan terminava um reunião particular com Yamcha em decisão a próxima coleta de impostos.
Realmente o francês era ótimo com negócios, e isso deixou Gohan curioso em como ele ficara tão bom assim.
Yamcha ajeitava os papéis na mesa, enquanto Gohan o encarava pensativo.
- Vamos, Barão, pergunte de uma vez o que quer saber, está esquisito me olhar como se quisesse me comer.
Gohan arregalou os olhos começando a tossir. Se levantou da cadeira muito desconfortável.
- Não me insulte dessa forma, Conde, sou macho, muito macho.
- Ah, desculpe – Yamcha se inclina na mesa sensualizando em deboche. – Pensei que estivesse rolando um clima.
- Deveria mata-lo por dizer isso – rosnou Gohan.
Yamcha gargalhou alto, fazendo Gohan ficar vermelho como um pimentão.
- Estou brincando, Gohan – suspirou tentando não gargalhar de novo. – Não se preocupe, gosto de mulheres, e mesmo que eu gostasse de homens, você não seria meu tipo. Travado demais, sério demais.
- Continuarei não sendo seu tipo então – sussurrou Gohan indignado.
- Só queria cortar o clima estranho que ficou com você me encarando, e até onde sei não é casado ou compromissado com uma mulher, fiquei assustado. Não quero sofrer estupro em uma terra sem rei.
Yamcha voltou a gargalhar e Gohan tentou rir junto, mas sua risada saiu estranha e forçada. Ele olhava para todos os lados, procurando uma rota de fuga enquanto ria de maneira falsa.
- Mas me diga logo ...
- Eu ... eu tenho uma mulher que quero desposar, mas ela ...
- Não – Yamcha colocou as mãos na frente fazendo Gohan parar de falar. – Estou falando do porquê ficou me encarando.
- Ah – Gohan passou a mão na testa sentindo o suor frio escorrer. – Estava pensando em como aprendeu a lhe dar tão bem com investimento e trabalhar o dinheiro.
- Ah, sabia que isso chamaria sua atenção em algum momento – Yamcha se sentou. – Sei que não deveria lhe falar isso, mas acho que já gozo de sua inteira confiança.
Gohan assentiu confirmando o que Yamcha falava, só então o conde falou.
- Eu já fui um ladrão.
- Um ladrão? – Gohan se impressionou com a confissão.
- Sim, roubava pessoas nas estradas, e soube investir meu dinheiro. Quando vi, estava com um título comprado e uma casa enorme.
- E o seu rei sabe disso?
- Sabe sim, ele me ensinou a aprender com meus erros e mudar meu estilo de vida, em troca ganhei um título de verdade e virei seu braço direito. Minha habilidade em economia o tornou mais rico, mais poderoso, assim como eu.
- Não tem medo do poder subir a sua cabeça ou a dele?
- Não tem risco disso acontecer comigo, muito menos com meu rei, é um homem bastante sábio, como já disse, e ele dá bastante valor a vida alheia.
- Como tem certeza que não irá se ludibriar com o poder algum dia?
Yamcha sorriu de maneira triste.
- Tem coisa que transforma um homem, e a lição que eu aprendi carregarei por toda vida. Nem todo o dinheiro, nem todo o poder, pode consertar um erro grave.
Gohan abaixou a cabeça, não insistiu em saber mais pra não parecer intrometido.
Pensou em Videl, se perguntou interiormente porque ela veio a sua mente naquele momento, e em porque parecia estar errando com ela com suas atitudes.
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Chichi passou a tarde toda sozinha, no quarto, só recebera visita uma vez, de Kale e Caulifla, que lhe trouxeram algo para comer. As duas conversaram um pouco com ela, lhe dando conselhos de como deveria ficar na cama para não prejudicar o bebê. Para Chichi, aquilo era um monte de bobagens e superações tolas, mas não quis ferir os sentimentos das duas falando aquilo.
Quando Kakarotto apareceu, estava quase para anoitecer. Ele mal a olhou quando sua silhueta surgiu no cômodo. Abriu o guarda roupa trocando a camisa e pegando alguns lençóis e cobertas. Chichi sentiu seu coração apertar.
- Aonde vai com essas coisas? – sussurrou ela preocupada.
- A partir de hoje dormirei em outro quarto, para o bem do bebê – ele respondeu sem olhar para ela.
- Kakarotto – Chichi sentiu a garganta se fechar pelo choro que queria vir. – Não precisa dormir longe de mim, o curandeiro falou ...
- Que mais um deslize e você perde meu herdeiro – rosnou ele finalmente se virando para ela.
- Kakarotto – insistiu ela mais uma vez, sentindo os olhos arderem –, por favor, não me olhe assim.
- E como quer que eu olhe, Chichi? O que deu em você carregar peso com meu filho em seu ventre?
- Me desculpe – sussurrou ela sentindo a culpa a consumir.
Kakarotto balançou a cabeça negativamente, não conseguindo encarar os olhos expressivos dela naquela tristeza.
- Só não quero mais riscos a vida de meu herdeiro, farei minha parte me mantendo longe de você, espero que faça sua repousando como deve.
Kakarotto saiu rápido do quarto, com os lençóis e cobertas nos braços. Só então Chichi se permitiu chorar, com a mão na boca para abafar seus soluços.
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Tights bateu na porta mais uma vez, vendo que demorava atende-la. Ajeitou pela décima vez os amassados da sua saia. Na verdade, não estavam demorando para atende-la, ela que estava afobada e apressada. Nervosa demais para continuar plantada naquela porta por mais de um minuto e meio.
Suspirando nervosa virou as costas decidida a ir embora. Estava ficando tarde e logo a noite chegaria, não sabia o que tinha dado em sua cabeça ter aparecido ali.
Mas o barulho da porta rangeu e a voz feminina a fez paralisar a dois passos longe da porta.
- Pois não?
Tights fechou os olhos fortemente antes de voltar a virar para a direção da porta. Santo Deus, por que foi ali para se torturar? Inspirou profundamente, agora teria que ser corajosa e aguentar as consequências de ter ido a casa de Raditz.
Se virou lentamente dando de cara com uma mulher jovens de cabelos loiros e olhos claros, fez uma careta ao perceber que se parecia um pouco com ela, exceto pelos olhos azuis, claro.
- É aqui que mora o Raditz? – Tights perguntou, tentado de tudo para parecer indiferente.
A mulher abriu a boca para responder, quando a voz de Raditz surgiu atrás dela.
- Quem é, Erasa? Se for o Nappa diga que estamos ocupados e que ...
A voz de Raditz parou, quando ele surgiu na porta atrás de Erasa e deparou com Tights.
- Tights? – sussurrou ele.
Tights mordeu o lábio nervosa. Sua vontade era de correr dali o mais rápido possível.
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Uma Noiva para o Lorde
FanfictionO Rei da Inglaterra precisa de um acordo para tornar seu exército mais poderoso. Saindo totalmente do padrão, ele usa um documento para barganhar com o lorde das Terras Altas, com isso, Vegeta se vê obrigado a se casar, e isso não é de seu agrado at...