Videl caminhava nos campos verdes das Terras Altas, se sentia melancólica desde que Bulma havia morrido, era realmente uma tragédia. Mas naquele dia em especial, sua tristeza não era por conta de Bulma somente. Seus pensamentos eram voltados para Gohan.
O maldito inglês não era visto desde o dia que a trouxera junto do exército Saiyajin de volta para as Terras Altas.
Durante a viagem de volta, eles passaram muito tempo juntos, mas o momento era de luto, por conta da triste morte da lady. Graças à Deus, Vegeta ficou desmaiado a viagem toda, assim como Tights. Mas assim que chegaram e se acomodaram, precisou de três homens para segurar a fúria do lorde. Ele realmente tivera um ataque de raiva tão grande que alguns saíram bastante feridos.
Os dias foram passando, e quando aparentemente Vegeta havia aceitado a morte da esposa, Gohan teve que voltar a Inglaterra, mas havia prometido para ela que quando tudo melhorasse, voltaria para conversar com ela algo importante. O coração de Videl se encheu de alegria e esperança, santo Deus, será que ele a pediria em casamento? Ela ficara eufórica, radiante.
Mais alguns dias se passaram e chegou a primeira carta.
Aqui está bastante complicado, muitos contra e muitos a favor do que aconteceu e das consequências que isso tomou. Estamos tentando resolver tudo da melhor forma possível, e analisar se o próximo a linha de sucessão ao trono não derrabar de vez o país.
Videl ficara decepcionada com a carta, parecia tão frio e distante, nada daquilo que ela imaginou, nada do que ele demonstrou diante sua pouca convivência com ele.
As semanas passaram voando, e as cartas foram diminuindo e diminuindo até chegar ao ponto de não vir mais nenhuma delas.
Sentou-se na grama e olhou a colina, pássaros voavam na imensidão. E como Videl gostava de imensidões. Mas nem a plenitude daquela visão aquietava seu coração. Deus, será que ele havia de esquecido dela?
- Ah, você está aí? – a voz de Satan a tirou de seus devaneios.
- Papai? – ela se levantou assustada.
Seu pai, a mais ou menos um mês, voltou a ir vê-la. O lorde se manteve afastado por um tempo depois de descobrir sua mentira, certamente resolveu aplacar sua ira antes de voltar a lhe dirigir a palavra, e agora, ia visitá-la com frequência. No começo, veio em sinal de amizade para com o lorde Saiyajin, por conta de sua perda e luto. Mas de uns tempo pra cá, ia diretamente em Videl para insistir naquele mesmo assunto.
- Acredito que mais de três meses é o suficiente para ter escolhido um noivo adequado para você – Satan fora direto naquele momento, isso mostrava a Videl o quão irritado ele estava com aquela história.
Videl abaixou a cabeça, não queria voltar a sofrer aquela pressão. Antes, se mantinha neutra, enrolando seu pai, dizendo-lhe que não havia se decidido ainda, mas estava farta de mentir, isso sem falar que estava irada, por conta da distância de Gohan, por isso, estourou.
- Nenhum deles me serve – rosnou ela em um tom alto.
Satan arregalou os olhos, Videl nunca havia gritado com ele.
- Como assim, nenhum lhe serve? – Satan estava horrorizado. – Não vê que está ficando velha para de casar? Além de ninguém a querer diante das fofocas entre outros clãs. O único lugar que conseguirá um marido é aqui, no clã Saiyajin, por Vegeta ser um homem de palavra.
- Velha? Eu? – Videl gritou. – Eu tenho apenas dezoito primaveras, papai.
O pai de Videl não mudou sua expressão, era como se através do olhar, confirmasse que dezoito anos era velha.
- Por Deus, o senhor não aprendeu nada, não é? – Videl passou a mão nos cabelos, que agora, mais compridos, chegavam aos ombros. – Apenas se importa com as fofocas e com a droga de um casamento para mim. Meus sentimentos não contam? Minhas escolhas não contam?
- Claro que conta. Estou apenas preocupado, filha. Vegeta não está nas melhores das situações, por isso, não o incomodo com esse assunto, mas você precisa de um marido, nenhuma mulher é bem vista se ela se mantém solteira. Deve escolher, ou um marido ou o convento.
Videl queria abrir a cabeça de seu pai e mudar os pensamentos arcaicos dele. Que raiva que ela estava sentindo.
- Pois saiba, que não escolho nenhum dos dois – ela urrou. – Não me casarei com qualquer um apenas para agradar você e a sociedade, na verdade, quero que a sociedade se exploda. Antes uma solteirona mal vista, do que uma esposa infeliz.
- Mas, filha ...
- Mas nada, papai. Não vou viver infeliz para agrada-lo, não vou, já tentei fazer isso uma vez e isso quase custou minha vida – ela suspirou. – Se um dia eu me casar, será com um homem bom, que me faz bem. Desculpe não ser a filha que você desejou, entenderei se me deserda ou me renegar.
Videl sentiu as lágrimas arderem nos olhos, e saiu dali antes que elas molhassem sua face, correu para o castelo, deixando Satan parado no mesmo lugar, com uma expressão de pura incredulidade.
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Gohan olhava aquela confusão na sala do trono e se perguntava até quando continuaria aquele inferno.
Por Deus, eles não conseguiam entrar em um acordo.
- A Inglaterra está um caos por não ter alguém no comando – um gritou.
- Não, está um caos por temos colocado um tirano no poder – outro gritou de volta.
- Não vê que uma terra sem rei é alvo fácil para os inimigos.
- Sim, certamente em algum lugar estão planejando tomar a Inglaterra.
- Estão querendo tomar porque o Rei Frost cortou aliados e fez mais inimigos.
- Antes um rei tirano do que rei nenhum.
- Isso tudo é culpa daqueles bárbaros, se não fosse eles, estaria tudo como deveria ser.
- E o que deveria ser? O povo passando fome e nós vivendo com medo?
- Até o Bispo morreu, por Deus, era um homem santo.
- Um homem santo? Um homem que arquitetou a morte de alguém não pode ser classificado como santo.
- CHEGA! – gritou Gohan perdendo a paciência com os nobres que não se decidiam, suas mãos bateram na mesa raivosamente.
Todos olharam para o barão, alguns com expressão de assustados, outros com a expressão de mal humorados.
- Não veem que já tivemos essa discussão? Que já perdemos dias com essa conversa e não caminhamos para lugar nenhum.
Os nobres se olharam, como culpados de um julgamento, realmente não fazia sentido discutir algo que já fora discutido antes, mas o sangue de alguns fervia para achar um culpado para aquele caos e pendura-lo na forca.
Gohan abriu o pergaminho na mesa, fazendo todos se levantarem de suas cadeiras e olhar aquele papel.
- Todos já sabem do que esse papel se trata, não?
- É o documento encontrado na casa do falecido Marquês – um deles disse.
- Sim – Gohan falou balançando a cabeça.
Ele havia mentido a parte de que quem guardara aquele documento importante foi Tights, pois sabia que poderiam querer culpa-la por algo que seu marido fizera. Ela era viúva dele afinal e conhecendo a ignorância de alguns daqueles homens, sabia que facilmente eles a culparia por tudo e a queimaria como uma bruxa, saciando assim, a necessidade deles em descontar sua ira em um único “culpado”.
- Esse documento contém o selo de Frost, e sua assinatura em punho, é a prova de que ele mandou matar o Rei Beeros para usurpar seu trono.
- Isso não culpa o pobre Bispo – um deles ainda não estava convencido.
Mal as palavras saíram da boca do homem o murmúrio voltou a sala do trono.
Gohan sentou cansando enquanto a discussão se iniciava novamente. Seu indicador e polegar foram para sua testa. A dor de cabeça vindo com tudo.
Será que eles não vinham que estavam perdendo tempo com aquelas discussões? De que nada adiantava achar o inocente naquela história. Por Deus, tanto Frost quanto Freeza estavam mortos. O que eles precisavam resolver era quem assumiria o trono, e não quem era a vitima ali.
Enquanto as vozes se alteravam, Gohan voltou a olhar o papel, as palavras escritas de maneira arrogante pela tinta foram lidas novamente, ele tentava distrair sua cabeça daquela muvuca.
O veneno está a sua disposição, é incolor e sem sabor, será fácil parar o coração do Rei. Sua recompensa será gratificante, meu bom amigo. E sua fortuna se multiplicará.
Ainda precisava saber que fim levou o verdadeiro herdeiro ao trono, o príncipe Kuririn, mas nada dizia nas palavras escritas ali. Talvez estivesse vivo? Deus, isso facilitaria tanto a sua vida. Poderia pensar nele, nos novos sonhos que ansiava, na mulher que roubava seus pensamentos. Videl com certeza não esperaria muito por ele, e droga, nem ao menos uma carta carinhosa conseguia escrever, nem o sabor de seus lábios ainda pôde sentir. Maldição, sua vida pessoal estava um caos, mas ele simplesmente não conseguia ignorar os problemas de seu país e correr para ela. Isso não era atitude de um homem honrado.
Primeiro vinha seu dever, depois seus prazeres.
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O almoço havia sido servido nas Terras Altas, diferente de antes, os homens se mostravam educados na mesa, comiam sem fazer barulhos grotescos, e não arrotavam ou gritavam durante o jantar.
Talvez tenham aprendido a manter a classe na mesa por ter sido a última ordem da falecida lady.
Tights entrou junto a Videl no ambiente, e os homens automaticamente levantaram mostrando cavalheirismo.
- Podem se sentar, senhores – Tights pediu agradecida pela gentileza.
Videl, que parecia emburrada, não foi tão gentil com os Saiyajins. Apenar se serviu do almoço, e sentou comendo em silêncio.
Tights pegou uma porção pequena do alimento e se sentou ao lado de Videl, já sabia o motivo de sua ira, e por isso não trocava palavras com ela. Não queria aborrece-la mais do que já estava.
Mastigado em silêncio, seus olhos cruzaram com o de Raditz do outro lado do salão, ele tinha um copo de cerveja na mão e a olhava intensamente. Não demostrava disfarce para olha-la, na verdade, parecia despi-la com os olhos.
Tights ficava desconfortável com aquela atenção direcionada a ela. Bondoso Deus, por que permitia tamanha tortura?
A comida ficou engolível, sua garganta não permitia passar mais nada. Seus olhos não conseguiam desprender do guerreiro. Seu coração pulsou mais rápido, mandando sangue para suas veias que ferviam em sua pele, suas pernas apertavam uma na outra, tentando controlar o líquido que escorria por entre elas.
- Deveria ceder antes de enlouquecer – a voz feminina ao seu lado a tira de seus devaneios pecaminosos.
- Lunch? – arfou Tights pelo susto. – Não a vi chegando.
- Percebi – sorriu a loira levando um pedaço de cenoura na boca.
- Quase não a vejo – Tights tenta disfarçar a falta de ar e distrair-se de sua luxúria.
- Raramente Tenchin vem para o castelo – Lunch ergue os ombros delicadamente. – Moro um pouco abaixo das terras Saiyajins.
- Sim, você já me explicou isso, quando cheguei às Terras Altas, quando acordei nela, digo.
Lunch sorriu e olhou para Videl, que parecia querer matar o boi novamente em seu prato, pela forma que o cortava pelo menos, demostrava isso.
- Então ... – Lunch brincou com o garfo na comida – acha que vai resistir até quando?
- Como? – Tights a olha com os olhos arregalados.
- Não se faça de boba – se aproximou sussurrando no ouvido dela. – Estou falando de Raditz, quanto tempo acha que vai conseguir mantê-lo longe da sua cama?
- Não vou me deitar com ele – Tights abaixa as sobrancelhas. – Nosso tempo já foi, não era pra ser.
- Está falando como uma velha – Lunch fez uma careta. – Você é tão jovem, conheceu tão pouco da felicidade, e agora está ai, presa na sua tristeza por medo de arriscar.
- Não é nada disso – resmungou ela. – Eu apenas estou cansada de me machucar. Raditz me fez sofrer com seu abandono, e quando finalmente voltou para me buscar, eu já me encontrava quebrada por dentro. Isso sem falar da minha irmã, que perdeu a vida para me salvar.
Lunch abaixou a cabeça, realmente sentia por sua amiga, Bulma não merecia uma morte trágica como aquela, mas também não achava certo Tights sofrer uma vida inteira por rancor e ressentimento, ou até mesmo por uma culpa que ela não precisava carregar.
- Você sabe mais do que qualquer um como eu amava Bulma – Tights assentiu. – Sabe o quanto éramos próximas, e eu sei, que Bulma nunca quis o seu mal, muito pelo contrário, ela se preocupava com você com tanto amor que doía. Ela pegou ódio pelo casamento por conta do que você vivia nas mãos daquele monstro. E ela se aliar ao Raditz para salva-la mostra que aquele homem a ama.
Tights olhou de relance para Raditz, que ainda a olhava da mesma forma.
- Não minta para você mesma, minha amiga – Lunch pegou no ombro de Tights fazendo a mesma voltar a olha-la. – Você não está nos braços dele por causa do que ouve com Bulma, mas por medo, medo de ter o coração partido novamente. Mas o que é a vida sem risco? E se tudo der errado, junto os cacos e guarde as lembranças felizes que restar.
Tights se levantou abruptamente, com medo do que sentia com aquelas palavras lançadas na sua cara como um tapa.
- Eu ... eu não posso – ela sussurrou antes de correr para fora do salão deixando Videl confusa e Lunch balançado a cabeça negativamente.
Somente quando Tights tirasse o rancor em seu coração poderia enfim ser feliz, mas seria um caminho longo e dolorido para ela.
Lunch viu Raditz largando sua cerveja e indo em direção da qual Tights corria, talvez fosse bom alertá-lo que não era o melhor momento para ir falar com ela, mas talvez as emoções florescidas dentro dela a fizesse ser sincera e agir mais com o coração do que com a razão.
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Os olhos azuis abriam lentamente, a luz do quarto vinham direto em seu rosto e sua boca estava seca.
Num primeiro momento, seus olhos não suportaram a claridade, por isso, voltaram a se fechar, e logo voltou a abrirem, mais devagar dessa vez.
Quando a visão ficou nítida, ela viu uma mulher a olhando com doçura. Os olhos arroxeados, a pele clara, os cabelos platinados amarrados em um rabo de cavalo alto. Era uma mulher de excelente aparência, muito bonita.
- Que bom que você acordou, querida – sussurrou a mulher. – Já estávamos perdendo a esperança com você.
Bulma a olhou estranho, sua mente estava confusa e sua boca tinha um gosto de ferro, seu estômago estava terrivelmente vazio, e seu corpo inteiro formigava.
- Aonde estou? – Indagou ela com dificuldade. – Quem é você?
Vados olhou para trás e pediu:
- Kuririn querido, vá chamar Whis, por favor.
Bulma virou a cabeça lentamente e viu a imagem do príncipe, seus olhos se arregalaram quando as lembranças, que antes confusas, tomaram conta de sua memória tão rápido que sua cabeça chegou a doer. Seu casamento, sua lua de mel, sua aliança com Raditz, Vegeta a desprezando, Maron indo atrás dele, e por fim, ela caindo do precipício junto daquele maldito bispo.
- Kuririn? – ela gritou.– Você está vivo?
Kuririn não respondeu, apenas desviou o olhar, e saiu do quarto indo atrás do Whis.
Bulma gritou mais uma vez o seu nome e tentou se sentar, mas a mão de Vados a segurou no tórax impedindo que ela se movesse.
- Não se mexa, Bulma, isso pode matar seu bebê.
Bulma arregalou mais os olhos, instintivamente levou as mãos trêmulas em seu ventre.
- Bebê? – ela sussurrou. – Que bebê?
- Você está grávida, Bulma, e foi um milagre você não perde-lo quando caiu daquele precipício, três meses atrás.
- Três meses? – ela tentava não se desesperar, mas estava quase impossível.
- Nós a encontramos na beira do rio, muito machucada e quase morta. Kuririn a reconheceu, dizendo que cresceram juntos no castelo.
- Como ... como eu não morri? – Bulma tentava processar as informações que a mulher lançava com as lembranças que tomavam conta de sua cabeça como um pesadelo terrível.
- Algo amorteceu sua queda – Vados fez uma careta –, só isso explica você não ter perdido o bebê, mas acredito que o que realmente não permitiu você morrer, foi a cachoeira que tem no meio da queda, ela serve como um tipo de escorregador. É o que Whis diz pelo menos.
- Quem é Whis?
- Meu irmão, a sim, e eu sou a Vados, desculpe meus modos e ficar falando sem parar, é difícil termos gente diferente por aqui.
- Tudo bem – Bulma tentou sorrir, mas um lado do seu rosto estava um pouco amortecido. – Me diga, por que dormi por tanto tempo?
- Você bateu a cabeça em uma das pedras ao fim da cachoeira, é realmente uma grande sorte ainda estar viva.
Bulma ficou um pouco em silêncio, tentando processar as coisas aos poucos, ela acariciava sua barriga, e lágrimas vieram aos seus olhos. Oh, Deus, tinha um bebê ali mesmo? Um bebê dela e do Vegeta.
Só de pensar em Vegeta seu coração doeu, ele a tinha tratado tão mal, tinha falado coisas tão horríveis, isso sem falar que ela não sabia o que ele tinha feito com Maron quando ela foi atrás dele. Sim, ele foi atrás dela um pouco antes de ser jogada do precipício, mas isso não mudava suas palavras e as prováveis atitudes que tomou durante sua raiva.
Por Deus, três meses havia se passado e ela já devia estar dada como morta. O que aconteceu durante esse tempo? Como sua mãe e pai estavam achando que perdeu uma filha? Será que Tights estava bem? E Videl? Como ficou a Inglaterra depois da guerra, se é que ouve uma guerra. E Vegeta, será que se casou de novo? Será que foi com Maron?
Bulma balançou a cabeça tentando acalmar seus pensamentos, estava pensando coisas demais e isso estava a deixando ansiosa. Mas tinha algo que ela precisava saber imediatamente.
- Além de mim, vocês encontraram mais alguém no rio?
Vados inclinou a cabeça para o lado, um pouco confusa, ela abriu a boca para responder, mas nesse exato momento Whis entrou no quarto com Kuririn atrás dele.
- Não é que a Bulminha acordou mesmo – ele sorriu jogando os cabelos para trás.
*********
A pele clara se mesclava na sua, que perto da dela, ficava mais morena.
As mãos delicadas acariciavam os gomos da sua barriga. Os cabelos azuis caiam no seu tórax.Vegeta abriu os olhos e o quarto brilhava, era como de o sol estivesse dentro dele.
Ele olhou para baixo e viu a cabeça com cabelos azuis deitada em cima dele. Erguendo braço, ele acariciou os cabelos, tentando ver se era real. Quando os dedos tocaram o coro cabeludo, a mulher ergueu a cabeça e ele sorriu ao ver que era Bulma.
- Estava com saudades, marido – Vegeta ouviu a voz doce de sua esposa entrando em seus tímpanos como uma melodia harmônica.
- Eu também – ele sussurrou a puxando para baixo do seu corpo.
A risada dela enchia seu coração de alegria. O corpo dele cobriu o dela sentindo a macies dele em toda a sua extensão. A boca dele invadiu a dela, sentido a doçura daqueles lábios desesperadamente.
Quando se afastou, ele a olhou com ternura, sua mãos acariciando a face dela enquanto os olhos se encontravam.
- Eu te amo – ele disse fazendo o sorriso dela sumir.
- Por que não me disse isso quando eu estava viva, milorde?
- O quê? – ele se afastou assustado.
- Que foi? – Vegeta viu ela sorrindo com maldade, seus dentes cheios de sangue. – Esqueceu que eu estou morta? Que estou morta porque não quis me ouvir.
Vegeta se levantou da cama, com o rosto repleto de dor, não querendo ouvir aquilo.
- Me desculpa – implorou ele.
Vegeta a ouviu gargalhar, virou-se para olha-la novamente. Agora ela tinha um furo no peito, do qual escorria sangue, sua boca também estava repleto dele.
Ela se levantou o abraçando, ele sentia o sangue quente dela escorrendo no seu corpo.
Sem forças, a abraçou de volta. Sentiu ela beijar seu pescoço.
- Assassino – ouviu o sussurro dela no seu ouvido.
O Lorde senta na cama assustado, seu coração palpitando ligeiramente, seu corpo inteiro suado.
Trêmulo, talvez pela ressaca, talvez pelo pesadelo, pegou a jarra e o copo ao lado da cama e o encheu de água, tomou aquilo cedendo.
Voltou a deitar na cama, acariciando o lado do qual Bulma dormia quando estava viva. O sonho parecia tão real. Sua vida se tornara um inferno desde que a perdeu.
- Assassino – repetiu as palavras ditas por ela no seu pesadelo.
Nunca sentiu tão infeliz em toda a sua vida, mas ele sabia que merecia esse tormento, sabia que merecia toda a dor que sentia.
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Uma Noiva para o Lorde
FanficO Rei da Inglaterra precisa de um acordo para tornar seu exército mais poderoso. Saindo totalmente do padrão, ele usa um documento para barganhar com o lorde das Terras Altas, com isso, Vegeta se vê obrigado a se casar, e isso não é de seu agrado at...