capítulo quinquagésimo primeiro

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- Você está grávida? – a voz de Kakarotto saiu em uma euforia sem tamanho.

Chichi, que estava encostada sobre a mesa e com um sorriso nos lábios, assentiu. 

O dia fora tão exaustivo para o primeiro comandante, as coisas não estavam fáceis nas Terras Altas, Vegeta se negava a se dedicar internamente aos seus compromissos, acordava tarde, e com um mau humor dos cães, por conta disso, o trabalho de Kakarotto havia se multiplicado.

Mas agora, era como se todo o estresse do dia se esvaísse de seus poros, e no lugar, uma energia repleta de felicidade o consumisse.

Deu os poucos passos que faltava para chegar perto de Chichi e a segurou pela cintura, erguendo-a e girando-a no ar. Rindo de alegria. Chichi deu um gritinho e logo começou a gargalhar junto a ele. A felicidade estava presente naquela casa.

Soltando-a no chão, ele a puxa para um abraço e a beija apaixonadamente. Um beijo quente e ao mesmo tempo suave. Se afastando, com o coração acelerado, sussurra:

- Hoje, minha Chichi, você me fez o homem mais feliz desse mundo.

Os olhos de Chichi arderam pelas lágrimas da emoção, e por Deus, como estava emotiva naqueles últimos dias. Não entendera o porque daqueles sentimentos aflorados, daquela fome absurda, daqueles enjoos horríveis e daqueles sonos em excesso, até perceber que não menstruava a quase dois meses, ela não tinha dado a devida atenção a suas regras por conta da situação triste a qual passava seu lar, a perca de sua amiga, e claro o estresse continuo do dia-a-dia, mas enquanto fazia o jantar e mexia com os cortes de um pedaço de carne, cortara o dedo e quando viu o sangue pingar no chão, lembrou-se daquilo que não dava as caras a algum tempo. Sentou na cadeira um pouco tonta, se lembrando da última vez que estivera menstruada, e assim que percebeu que estavam em atraso, gritou, de susto e de alegria.

Esperou a tarde toda o retorno de seu marido, e estava tão ansiosa para ele voltar que queimara um pouco da comida que fazia, mas isso não importava, assim que o viu atravessar a porta de casa, se encostou na mesa e sem preparar terreno soltou as palavras.

- Amor, estou grávida.

A reação dele não podia ter sido a melhor, e a forma como ele a olhava agora, com tanto carinho, com tanto amor, fazia seu coração derreter, e suas pernas tremerem. Assim que a primeira lágrima caiu, e ele a limpou com delicadeza, ela o abraçou pelo pescoço e o beijou, dessa vez com mais fome, mais paixão.

As mãos dela desamarravam o manto Saiyajin que ele usava, enquanto as dele desabotoava seu vestido, isso tudo sem parar o beijo, mas antes de fazer as peças cair, Kakarotto se afastou com um sorriso maldoso nos lábios.

- Por que sempre me provoca em lugares inusitados, esposa? Acredito que já tenhamos estreado cozinhas demais.

Chichi sorriu, lembrando que já tinha sido possuída por seu marido na sua cozinha e na cozinha do castelo do lorde.

- Em minha defesa quem começa é você, marido.

- Eu? – Kakarotto leva as mãos no coração em falsa ofensa. – Está se saindo muito rebelde, esposa, não sabe que não deve falar assim com seu marido?

Chichi ergueu os ombros como se estivesse lamentando por ser daquele jeito, mas mostrando que não conseguiria mudar nem se quisesse.
Voltando a olha-lo, dessa vez um olhar diferente do outro, um que não houvesse graça. Ela levou as mãos atrás das costas e terminou de desabotoar os botões do vestido, deixou a peça cair no chão e se mostrou nua para ele. O fato de ela não estar com nada por baixo não era exatamente uma coincidência.

Kakarotto engoliu sedento quando viu a pele dela exposta, sentiu o ardor na virilha de imediato e sua ereção ganhar forma. Sua mão, inconscientemente, foi na direção de Chichi, desesperada por toca-la, faminto para agarra-la e entrar dentro dela, mas Chichi se afastou, seria e com o olhar perigoso.

- Se me quiser, marido, terá que me pegar primeiro – ela sorriu, se virando lentamente e logo correndo em disparada para fora da cozinha.
Kakarotto não acreditou na audácia daquela mulher ao fugir dele pelada. Por Deus, ela estava pelada correndo dele? Seu corpo não acreditava, sua cabeça demorou raciocinar que ela estava querendo brincar.

Poucos segundos se passaram até Kakarotto de dar conta de como aquilo o excitou, de como aquilo mexeu com um lado primitivo que havia dentro dele. Rosnando como um animal feroz, um pouco furioso e muito excitado, correu atrás dela.

Chegou na sala a tempo de vê-la subir as escadas, e sua boca salivou ao ver os quadris expostos se torcendo a cada degrau, Chichi riu ao olhar para trás e perceber que ele estava se sentindo desafiado, por isso, lançava aquele olhar furioso sobre ela.

Kakarotto subiu as escadas de dois em dois degraus, arrancou o manto e a camisa no caminho, por conta do calor que sentia, estava suando, e a adrenalina era de como se estivesse caçando, caçando uma presa para o abate.

Sorriu ao ver sua esposa entrar no quarto e se trancar, caminhou em passou largos no corredor e ao chegar a porta de seu quarto a chutou com tanta força que quebrou a porta, Chichi deu um gritinho em meio aos risos, não imaginou que o deixaria tão extremista por ter feito uma brincadeirinha.

Olhando para a figura imponente que entrava no quarto, Chichi segurou o gemido na garganta quando o olhou dos pés a cabeça, ele estava tão selvagem com o peito desnudo, e sua língua umedeceu sua boca ao ver o volume enorme na calça dele. Quando os olhos deles se encontraram, ela engoliu em seco, podia sentir que ele a rasgaria no meio.

Dando um pouco mais de emoção ao momento, ela tentou correr para o outro lado do quarto e fugir dele, mesmo sabendo que era inútil naquele instante. Kakarotto correu atrás dela e facilmente a pegou, abraçando-a por trás e a puxando com força para perto dele.

Sentiu a ereção dele tocar-lhe o traseiro, e o hálito quente em seu pescoço.

- Nunca mais corra de mim sem roupas, está entendendo? – a voz dele era sussurrada em um tom autoritário.

- Não lhe prometo nada, marido – ela sussurrou de volta, sua voz rouca de desejo.

Kakarotto rosnou, tirando as mãos da cintura e descendo a palma no ventre dela, fechou os olhos imaginando o pequeno ser que crescia ali, Chichi encostou a cabeça no peito dele, sentindo ele acariciar o bebê que havia dentro de si.

- Sua sorte é que meu herdeiro está aqui, Chichi – ele abriu os olhos lentamente.

Chichi mordeu os lábios ao sentir as mãos deles subir lentamente e agarrar-lhe os seios com força.

- Mas isso não vai me impedir de lhe dar uma lição, e mostrar que não deve fugir de mim quando a quero.

A boca dele foi direto em seu pescoço, judiando de sua pele enquanto a mordiscava. Chichi jogou a cabeça pra trás e gemeu, dando passagem para ele aprofundar seu toque apaixonado e ao mesmo tempo bruto. Apertava os seios dela com destreza, contornando os mamilos e massageando os bicos.
Chichi gemia descontrolada e arfou ao sentir uma das mãos dele descer e deslizar em sua intimidade encharcada. Os dedos habilidosos se movia com facilidade na fenda úmida, estava tão escorregadia entre aqueles dedos que ele gemia só de imaginar se afundar ali dentro. A provocou, penetrando-a com o dedo e tocado em seu ponto sensível. Ela gemia conforme ele a tocava, suave e delicadamente, sua lentidão a enlouquecia e fazia se esfregar nele, ansiado por mais, ansiando por tudo.

- Kakarotto – ela gemeu se contorcendo e sentindo ele esfregar levemente seu ponto de sensível.

Tirando a outra mão do seio dela, ele levou ao rosto e virou a cabeça dela para trás, capturando os lábios carnudos. Conforme as bocas se entrelaçavam, Kakarotto a puxou para cama, guiando seus passos sem parar os movimentos dos dedos e da boca.

Quando ele largou seus lábios, se inclinou, obrigando-a a cair na cama de bruços. Em cima do corpo nu o guerreiro se ergueu um pouco e segurou os quadris dela, a coloca de quatro. Depositando a mão um pouco acima da bunda dela ele a empurra gentilmente pra baixo, fazendo assim Chichi se empinar para ele.

Gemendo em apreciação, ele acaricia as nádegas perfeitamente brancas, a pele sedosa o deixava louco. Sentindo sua mandíbula ficar tensa e os dentes rangerem, se segurou para não dar uns tapas naquele traseiro.

- Sabe o que eu queria fazer agora, esposa? – ele sussurra apertando a bunda dela, fazendo-a gemer com o toque masculino.

- Posso imaginar, meu senhor – ela gemeu a resposta, inclinado mais as costas, ficando mais empinada que antes.

Lambendo os lábios, ele abaixa as calças mostrado sua magnífica ereção, e por Deus, como ele tinha vantagens pelo tamanho.

Segurando no quadril de sua esposa com uma mão, ele a puxa para perto, depositando a cabeça de sua ereção fenda rosada, e Chichi sentiu o ar faltar com aquele pequeno toque.

Ele a provocou, apenas deslizando a cabeça na entreda molhada, e isso enlouquecia Chichi, ela se empinava e se esfregava, tentando fazer ele se deslizar de uma vez dentro dela.

- Gosto de vê-la desesperada pelo meu toque – ele sussurrou, penetrando mais um pouco, mas muito pouco.

- Kakarotto, por favor – ele gemeu desesperada.

Sorrindo, um sorriso maldoso, ele deslizou, fundo e fortemente. Chichi chegou a gritar, com tamanho prazer que sentiu. Lambendo os lábios, ela sente ele sair, lento e dolorosamente, apenas para entrar dentro dela com tudo novamente.

Era um jogo de dominação, da qual Chichi já havia perdido, não importava o quanto ela se mostrasse durona ou autoritária, naquela situação, com Kakarotto a possuindo, ela era dele, falaria o que ele quisesse e obedeceria ele em todas as ordens, apenas para sentir as vibrações do clímax enquanto ele a estocava fundo.

Segurando com mais força os quadris dela, dessa vez com as duas mãos, ele começou a se movimentar, e a cada investida, mais fundo ele entrava, estava tão fora de controle que não via nada além da áurea do prazer sobre eles.

Chichi gemia com fervor, gritando a cada toque em seu útero, a cada investida em sua vulva. Kakarotto, por sua vez, se controlava para deixa-la exausta, e se manteve firme com as investidas e os gemidos, fora uma doce tortura e os corpos estavam suados ao fim, mas quando sua esposa estava a ponto de gozar e apertou seu membro dentro dela, foi impossível se controlar e não se derramar dentro dela.

Os dois gozaram juntos com um gemido rouco e triunfal, transaram como dois animais e quando caíram na cama, se acolheram um nos braços do outro, apenas com as respirações ofegantes se mantendo no ambiente. Sentindo os arrepios na pele por conta do orgasmo sensacional.

**********

Gohan estava impressionado com o acordo que Yamcha lhe propunha. Era realmente vantajoso, tão bom que chegava a ser duvidoso.

- Não querendo ser ofensivo para com você, Yamcha, mas isso está parecendo bom demais para ser verdade – Gohan falou poucos minutos depois do conde ter terminado de falar.

Yamcha sorriu. Já imaginava que Gohan ficaria desconfiado da generosidade de seu rei.

- É normal essa reação, já a esperava – disse ele erguendo os ombros levemente. – Mas lhe garanto que a intenção do meu Rei é das melhores.

- O que deixa a proposta duvidosa é que as vantagens são todas nossas, do meu país.

- Está errado, Gohan – Yamcha é sincero. – Como um bom vendedor, lhe ofereci o produto e falei das vantagens dele, mas não lhe contei do lucro que terei se você compra-lo de mim.

- Está me dizendo ...

- Sim – Yamcha se encosta no sofá erguendo o calcanhar direto em sua perna esquerda. – Cuidarei, a mando do meu Rei, das terras e problemas da Inglaterra, mas não assumirei a coroa, apenas ficarei como um substituto até o verdadeiro rei ser escolhido. Colocarei a ordem no país, os impostos serão justos, as alianças serão refeitas e os inimigos se tornaram aliados.

- Sim, você já me disse isso, mas o que vocês querem em troca? – a pergunta que martelava na cabeça de Gohan saiu de uma vez por todas.

- Mais um aliado, e claro, muito ouro.

- Aliados e ouro?

- Veja bem, Gohan, um rei tolo tira o dinheiro do pobre e tem muitos inimigos, já um rei sábio, se enche de aliados e ainda tira dinheiro dos que tem de sobra.

Gohan comprimiu os olhos, desconfiando das palavras em duplo sentindo do conde.

Yamcha vendo a desconfiança nos olhos do barão, gargalhou.

- Vejo que agora está mais desconfiado. Não se preocupe, Gohan, meu Rei é um homem bom e benevolente, não se deixa levar pelo luxo e pelo poder.

- Então me explique melhor essa história de tirar dos que tem de sobra?

- Tudo tem um preço, Gohan, e o meu é bastante acessível, você e mais os outros nobres se juntarão para me pagar um salário, e farei a Inglaterra ficar poderosa, voltando aos seus dias de glória. Não tirarei dinheiro algum dos impostos, investirei tudo em seu país, e quando se decidirem em quem será o rei oficial, irei embora com a Inglaterra como aliada da França.

- É uma proposta tentadora – Gohan levou a mão ao queixo. – Acredito que teremos um acordo, se claro, conseguir convencer os outros nobres.

- Conseguirei convence-los – Yamcha era um homem convencido, dava para ver com suas palavras arrogantes.
Gohan assentiu e se levantou, erguendo a mão, oferecendo o aperto do acordo.

Yamcha sorriu e se levantou também, imitando o gesto do barão, as mãos se apertaram selando o acordo.

*******

Videl rosnou ao ouvir seu pai novamente repetindo as mesmas palavras do último encontro. Por Deus, será que ele não entendeu nada do que ela falou da última vez?

- Me deixa em paz, meu pai, não me casarei com ninguém que eu não queira.

- Me envergonhará se tornado uma solteirona, mesmo com Vegeta sendo tão benevolente em deixa-la escolher qualquer um de seus homens.

- Sim, o envergonharei, me tornarei aquilo que o senhor mais despreza, prefiro isso a arriscar a viver infeliz apenas para agrada-lo.

- Será que você não vê que quero apenas seu bem? – Satan passava as mãos no cabelo de maneira frenética. Estava a ponto de ter um ataque de nervos.

- Creio que já ouvi isso uma vez – Videl debocha. – Se lembra? Dias antes de eu ser espancada quase até a morte, quando fui pedir para o senhor não me obrigar a casar com aquele monstro e mesmo assim você não me deu ouvidos.

- Oh, Deus, isso era diferente.

- Diferente por quê? Será que não vê que novamente quer me obrigar a fazer o que não quero. Me empurrando para se casar com um Saiyajin, quando na verdade quero ...

Videl parou de falar quando percebeu que quase falara de Gohan. Estava tão nervosa que não percebera que estava falando demais, mais até do que tinha se dado conta. Não percebeu, até aquele momento, que não queria se casar com nenhum Saiyajin porque esperava por Gohan, porque queria Gohan.

- Por que parou de falar? – Indagou Satan. – O que está escondendo de mim, filha?

Videl deu um passo para trás, sentindo-se intimidada diante da situação.

- Me responda, filha – Satan insistiu. – Não quero mais mentiras entre nós, isso já causou dores demais.

Videl engoliu em seco, não podia falar de Gohan, o mesmo não se mostrava mais interessado por ela, a meses não dava notícias e nunca havia lhe prometido nada de concreto. Tudo, analisando com sabedoria, não passou de ilusão da sua cabeça, os sentimentos não eram recíprocos, pois se fosse, ele teria se importado em ao menos ter mandado cartas carinhosas para ela. Mas tudo que eles tiveram foi dois momentos juntos e apenas um deles pareceu romântico. Era tudo ilusão, sempre fora. Por conta desses pensamentos, Videl fez o que não deveria fazer. Ela mentiu.

- Eu quero ser freira, papai.

********

Bulma olhava as paredes do quarto, enquanto ouvia Vados falar. Ela falava de sua vida, de quando não precisava se esconder, e de como perdera seus pais jovem.

Mas a cabeça da inglesa estava concentrada em seus pensamentos, sua barriga finalmente começava a aparecer, e entreva no quinto mês de gravidez. Ela pensava em Vegeta, e finalmente começava a aceitar que talvez estivesse pegando pesado com ele, que talvez tudo pudesse ser perdoado se eles conversassem, mas ela ainda não podia sair da cama, e mesmo sendo difícil ficar tanto tempo deitada, fazia isso pelo seu bebê, não deixaria o pequeno ser que crescia dentro dela morrer por negligência da sua parte. Era um sacrifício que ela acreditava ser recompensado mais tarde.

- Bulma? – a voz de Vados a tira de seus devaneios. 

Bulma a olhou um tanto desnorteada para a mulher.

- Sim?

- Você não estava me ouvindo, não é?
- Desculpe, Vados, eu estava distraída em meus pensamentos, não queria ser desrespeitosa com você.

- Tudo bem – Vados sorriu repousando a mão na de Bulma. – Me conte, o que estava pensando?

- Em Vegeta – ela sussurrou.

- Ainda está com raiva dele?

- Não – respondeu sincera. – Nas últimas semanas, estou pensando nele com carinho e de como seria sua reação ao descobrir que estou viva.

- Então de um jeito de falar com ele, Bulma, mande uma carta, faça esse encontro acontecer de uma vez por todas.

- Tenho medo – Bulma abaixou os olhos. – E se ele casou-se com outra? E se meu lugar nas Terras Altas estiver ocupado?

Vados fez uma careta, era um medo válido, concluiu.

- Mas você nunca saberá a verdade parada aqui, sem tentar se comunicar com ele.

Bulma ergueu o olhar e olhou para Vados, realmente ficar parada esperando as notícias chegarem não resolveria em nada sua vida, precisava tomar uma atitude antes que pudesse levantar daquela cama, então uma ideia lhe surgiu a cabeça.
- Esses dias atrás me disse que tem vontade de sair daqui e ver pessoas, não foi Vados?

- Sim – sorriu ela. – Mas Whis se nega sair daqui e eu ir sozinha ... sei lá, talvez me falte um incentivo.

- Mas Whis a proibiria se tivesse esse incentivo?

Vados gargalhou.

- Nenhum homem me segura quando quero algo, Bulma, nem mesmo meu irmão.

- Então sairia daqui para fazer um favor para mim?

Vados abaixou as sobrancelhas.

- Que favor?

- Vá as Terras Altas e veja se Vegeta tem outra, volte com essa informação para mim – ela suspira. - Não conseguirei me revelar enquanto não tiver certeza absoluta dos fatos.

Vados ponderou o pedido. Talvez aquele era o empurrão que precisava para ver um pouco do mundo. Por isso respondeu:

- Claro, Bulma, faço isso por você.

*******

Maron arrumava as malas com alegria, finalmente seu pai deixara ela ir às Terras Altas.

Infelizmente Kame não deixara ela ir a primeira vez que pediu, com a desculpa de que o país estava em crise e que enquanto as coisas não melhorassem ninguém podia viajar.

Mas atualmente as coisas melhoraram, desde que o tal de Yamcha, homem que ela não conhecia ainda, assumiu as responsabilidades do trono sem ser coroado, o país começava a andar para frente e todos sentiam a mudança positiva.

Dando um beijo no rosto de seu pai, ela entra na carruagem e sorri ao imaginar que logo estaria mais próxima de Vegeta e que dessa vez ele não resistiria à ela.

********

Novamente a insônia o pegou, e Vegeta descia as escadas de seu castelo lentamente. A garrafa de bebida alcoólica nas mãos lhe davam alivio a sua dor, que a cada dia que passava, parecia piorar e não melhorar.

Chegando a sala principal, ele para olhando para a porta, estava um frio horrível lá fora, por isso não teve vontade de sair.

Levando a garrafa aos lábios ele percebe que ela está vazia. Então caminha até a cozinha, procurando por mais álcool para se embebedar.
Um pouco tonto, e pela falta de luz, acaba derrubando alguns copos de alumínio no chão, fazendo um barulho estrondoso.

Enquanto catava os copos no chão, viu um vulto entrando na cozinha. Se alarmou, erguendo-se, pronto para dar um soco no intruso, mas desarmou a pose defensiva ao perceber de quem se tratava.

- O que faz aqui ainda, Uranai?

- Estava indo embora quando ouvi o barulho, milorde.

- Humf – resmungou ele. – Está tarde, vá pra casa, a noite é perigosa para mulheres.

- Irei com meu marido, senhor, não precisa se preocupar.

- Ótimo, maridos devem cuidar de suas esposas – disse ele com amargura. – Pena nem todos serem bons maridos.

- Milorde – Uranai o chamou com compaixão. – Não deve se martirizar pelo que aconteceu com Lady Bulma, foi uma fatalidade, não é culpa sua.

- Não sabe o que esta dizendo, mulher. Tudo foi culpa minha – rosnou ele. – Agora vá embora e deixe-me beber em paz.

- Está se destruindo na bebida, Lorde. Não se mate desse jeito – Uranai sentia o coração pesar enquanto via Vegeta abrindo a garrafa. – Por que o senhor não se casa novamente? Uma boa mulher preencherá o vazio que está sentido, vai sim.

Virando as costas para Uranai, Vegeta sussurrou antes de sair da cozinha com a garrafa cheia na mão.

- Ninguém além dela poderá preencher esse vazio, velha. Bulma é insubstituível.

Uranai levou a mão no coração ao ver seu lorde desaparecer na escuridão, e antes da sua silhueta sumir o viu levar a garrafa aos lábios. Deus, queria ela poder ajuda-lo naquela situação.




Uma Noiva para o LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora