capítulo décimo terceiro

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A tarde daquele mesmo dia, do lado de fora do castelo, o clã Saiyajin se formou em círculo, deixando um grande espaço no meio, no qual se encontravam as candidatas a noiva do lorde. As mulheres se sentiam um tanto intimidada naquele momento, pois aparentemente, o clã inteiro se encontrava naquele círculo.

Os homens se empurravam com brutalidade para ter melhor visão das inglesas. Eles nem ao menos eram cavalheiros o bastante para deixa-las confortáveis e não ficar olhando-as como um pedaço de carne exposto na mesa. Eram uns trogloditas, uns bárbaros. Aonde estava a educação daqueles homens?

Isso sem falar da hora do almoço. Pela primeira vez, desde que se hospedaram no castelo das Terras Altas, as inglesas comeram junto ao clã na mesa. E aquilo foi repugnante para todas elas. Os homens não tinham educação a mesa. Faziam barulhos grotescos, para não dizer nojentos, enquanto mastigavam. Pegavam o frango com as mãos e mordiam a carne como animais. Falavam de boca cheia, além do fato de arrotarem em voz alta. Isso é claro, sem mencionar o fato de que quando brindavam com a caneca cheia de cerveja, derramavam boa parte do líquido no chão. Aquilo era o cúmulo da má educação.

Bulma olhava para aqueles homens e pensava consigo mesma.

Como em sã consciência uma mulher com a mente no lugar se deixa levar por homens daquele tipo?

Abertamente falando, eles eram o pesadelo de qualquer mulher. Eram grossos, rudes, não tinham educação a mesa, falavam sem nenhuma educação com uma dama, não se levantam da cadeira quando uma mulher se recolhia do cômodo, não se curvavam para cumprimentar damas de classe. E o lorde deles, era o pior de todos, um ogro que não tinha delicadeza nenhuma com uma moça fina como ela.

Então por que, em nome de Deus, ela insistia naquela loucura de provar que era a melhor ali?

Quando a figura máscula do lorde aparece por entre o clã, se aproximando delas com toda a sua masculinidade exalando de sua pele, Bulma sabia a resposta. Aquilo sim era um homem de verdade. Não tinha comparação com os homens da Inglaterra.

Os homens da Inglaterra, no geral, eram finos e requintados. Tinham modos a mesa e tratavam uma dama com gentileza. Bom, pelo menos na frente dos outros, Bulma sabia que tinham mulheres que sofriam na mãos de seus maridos covardes. Mesmo se mostrando um cavalheiro na frente dos outros, entre quatro paredes, era diferente, mostrava o peso de seus punhos e o tamanho de sua crueldade na esposa.

Bulma fechou os olhos fortemente quando lembranças doloridas lhe vieram a mente. Aquele pensamento lhe fez lembrar do porque não querer casamento em seu futuro, não queria sofrer na mão de um marido violento como ...

- Hoje vou fazer um novo teste com vocês – Vegeta fala imponente, cortando os pensamentos de Bulma. Sua voz grave ecoa no lugar.

Kakarotto se aproxima com espadas, protegidas pela bainha, nos braços. Antes que as mulheres pudessem racionar, o barulho das espadas caindo no chão são ouvidos. Kakarotto volta a seu lugar, no meio dos homens do clã que formavam o círculo, e cruza os braços

- Quero ver como vocês se dão em uma luta de espadas. – Vegeta assovia e o círculo se abre.

Assim que o círculo se abre completamente, mulheres aparecem e caminham em direção às inglesas. Cada uma com uma espada na bainha, amarrada na cintura.

- Achei que se sentiriam mais à vontade se lutassem com mulheres, além do fato, é claro, que não tenham chance contra meus homens – Vegeta debocha.

- Quem são elas? – Maron pergunta com os olhos arregalados.

Ninguém podia culpar o medo que Maron estava sentindo. Afinal as mulheres paradas a frente delas eram enormes, musculosas e assustadoras. Bem nem todas, mas umas duas ou três eram.

Uma Noiva para o LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora