capítulo vigésimo nono

736 45 17
                                    

A festa de casamento de Lunch e Chichi duraram mais tempo do que o previsto. Por conta disso, Gohan decidiu que seria mais seguro retornar para Inglaterra, junto de Lazuli e Maron, na manhã seguinte.

Os saiyajins sabiam como festejar, concluiu quando viu a alegria deles bebendo, comendo e dançando nos jardins do castelo. Infelizmente sua cabeça não estava para festas. Os problemas da sua terra natal lhe consumia a mente.

Gohan sempre fora um homem justo e que seguia as ordens do rei prontamente, preocupado com os mais pobres, sempre dava concelhos para Beerus não tomar do povo mais do que eles podiam dar, e menos do que lhe era de direito. Falava que era ético manter o povo sempre feliz com quem estava sentado no trono, pois os mesmos eram mais numerosos e se quisessem, se tivessem alguém que os liderassem, podia derrubar a coroa.

Ele sabia que tinha razão ao dizer isso, e o rei Beerus sempre foi sensato e nunca deixou seus olhos se ofuscarem com o poder. Aliados, um povo feliz, riquezas o suficiente para viver e compartilhar com os seus.
Infelizmente, sempre à o mal perto de nós, e a queda de Beerus chegou através da traição, pela ganância de tomar o trono. E diferentemente do rei morto, Frost não era do tipo sensato, se deixava ludibriar com o poder e enchera seu coração de ganância. Gohan tinha a impressão de que Frost mataria a todos pelo ouro, compraria briga com Deus para ter mais terras e mais poder. Precisou de menos de um dia para constatar isso. Tolo, mas ao mesmo tempo, esperto, afinal a  coroa era dele e não seria fácil derruba-lo.

Sua mente divagava com suas preocupações enquanto caminhava pelo castelo. Ele subiu as escadas, em direção aos quartos, para fugir do barulho da festa que acontecia lá fora, não sabia exatamente para onde pretendia ir, mas achou que seria bom caminhar sem rumo, para sua cabeça refrescar das ideias. Não caminhou em direção ao seu quarto, achou melhor conhecer novos lugares, até porque não tinha perigo de esbarrar ninguém ali, vendo que todos se encontravam nos jardins. Festejando os casamentos.

*****

Videl ouvia o barulho lá fora e se perguntava o que diabos estava acontecendo para aquela algazarra toda, tudo bem, Bulma havia a avisado que haveria um casamento, por conta de uns acontecimentos inesperados, mas precisava daquele barulho todo?

Ela nunca se acostumou com a selvageria dos escoceses, mesmo sendo divididos em clãs, todos tinham modos grotescos, e mesmo ter sido criada no meio deles, nunca se acostumou com aquilo. Sempre pensou que nasceu no lugar errado, era como se ela não pertencesse aquela barbaridade e costumes.

Desde menina gostava de andar por entre as flores, sentar na janela e olhar o por do sol, coisas delicadas para alguém que era filha de um lorde. Seu pai sempre quis que ela fosse durona e marrenta, como uma verdadeira lady de um clã. Por um tempo, antes de ser mandada para o clã do Cell, ela tentou ser o que seu pai queria, bancava a durona, falava alto, não se intimidava, mas seu futuro marido lhe tirou isso, e por mais forte interiormente e exteriormente que ela fosse –  ou fingia ser –, os punhos e as palavras do filho de Cell lhe tirou essa “força”.

As lágrimas de seus olhos lhe embaçaram a visão, a dor das lembranças lhe tiravam a paz, nunca mais fingiria ser o que não era para agradar um homem, nem que esse homem fosse seu pai, pagara muito caro por não ser forte nas horas certas. Quase morreu por não enfrentar seu pai e lhe dizer que preferia a morte à casar com aquele homem desprezível. Sua vida não valia para bancar a boa filha e sempre obedecer seu pai.

Escutando mais gritos de euforia do lado de fora, ela se senta na cama com dificuldade, pois percebeu que não conseguiria dormir.

Desde que chegou naquele estado nas Terras Altas, Videl não saiu da cama sem ajuda. Seu corpo machucado não permitia que ela se levantasse sozinha. Bulma, Chichi, Lunch e até mesmo Kale e Caulifla a ajudava na hora do banho e, para seu constrangimento, quando necessitava fazer suas necessidades fisiológica.

Uma Noiva para o LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora