capítulo vigésimo sexto

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- Você? – Bulma não podia acreditar na petulância daquela mulher.

- Não vai me chamar pra entrar? – Maron estufou o peito como um pombo, de certo tentando impressionar Bulma com o tamanho do seu decote.

- Não! – Bulma responde ironicamente, espalmando a mão no batente da porta.

- Que mal educada – o sorriso de Maron era tão falso quanto o anel que ela usava. – Realmente você não nasceu para ser uma Lady.

- Engraçado – a mandíbula de Bulma fica tão tensa que parecia que quebraria a qualquer momento –, pois, nascendo ou não para ser uma, já me tornei uma Lady.

Maron tentou manter a pose de indiferença, mas a forma como apertou os lábios um no outro, mostrou o quanto aquelas palavras a atingiram. Bulma sentiu um pequeno triunfo pessoal ao perceber isso. Depois de ter, aparentemente, apaziguado sua ira interior, Maron voltou ao mesmo sorriso falso.

- Vim aqui me despedir.

As sobrancelhas de Bulma se ergue, não de surpresa, pois seu marido já havia falado à ela que seu primo Gohan veio as Terras Altas justamente para levar as outras candidatas a noiva embora para a Inglaterra, mas de perplexidade, pois sabia que a real intenção de Maron não era se despedir, afinal, nunca foram amigas para ela ter aquele gesto. Aquela mulher estava aprontando, e Bulma sabia que não era boa coisa.

- Se despedir? – Bulma debocha. – Não me faça rir, Maron, diga de uma vez o que quer comigo.

- Já disse, vim me despedir. Queria ver essa sua carinha feliz antes de voltar – ela respira profundamente antes de continuar – Porque quando nos encontrarmos de novo, acredito que essa sua felicidade não existirá mais.

A voz de Maron era extremamente cruel, e apesar de estar acostumada com o veneno dela, Bulma sentiu um arrepio atingi-lhe a espinha.

- O que quer dizer com isso sua...

- Bulma? – a voz masculina veio do corredor.

Bulma colocou a cabeça um pouco mais para fora da porta para ver quem a chamava.

- Padre Champa? – ela indagou ao ver o padre, que estava um pouco acima do peso, andar um pouco mais rápido do que o normal, vestido com sua batina.

Assim que ele alcança a porta, sua respiração fica mais ofegante e suas mãos pousam em seus joelhos. Bulma quase riu com a cena, já fora engraçado o suficiente ele ter andado um pouco mais rápido, mas ele ter falta ar por conta disso era praticamente impossível segurar a gargalhada. Felizmente ela consegui mesmo assim.

Naquele momento, Bulma teve certeza que sua alma estava condenada.

Champa, depois de recuperar o ar, se voltou para as inglesas.

- Desculpe interromper.

- Não está interrompendo nada, Padre – Maron pisca os olhos descaradamente. – Eu só estava me despedindo da minha amiga.

Bulma queria gritar.

- Não está interrompendo mesmo, Padre. A propósito, Maron já estava de saída.

Ela não iria sair por baixo, Bulma concluiu muito irritada.

- Oh, sim – o padre não entendeu muito bem a tensão que estava no ar, mas precisava falar, algo importante acontecera. – De qualquer forma, preciso falar com vocês duas.

- O que aconteceu? – as inglesas perguntaram juntas.

- Uma das inglesas sumiu.

Maron e Bulma se entreolharam, depois, voltaram a olhar para o padre.

Uma Noiva para o LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora