Uma Noiva para o Lorde

capítulo vigésimo quarto

Bulma estava do lado de Videl, e a carranca de seu marido ao entrar no quarto mostrava seu desagrado por ela está ali, mas pelo menos Vegeta teve o bom senso de não dar uma bronca nela na frente dos outros. Não que ela achasse que maridos podiam dar broncas em suas esposas, mas é que ela já tinha visto acontecer na Inglaterra, mas pelo jeito os homens das Terras Altas eram diferentes, e ela agradeceu aos céus por isso, não queria ter um marido que pensasse que ela fosse uma criança mal educada que precisava de disciplina, aliás, a três dias atrás nem queria um marido, mas agora, apesar de tudo, e do pequeno desentendimento no primeiro dia de casados, Bulma estava feliz pelo seu casamento com Vegeta.

- Oh, minha filha – Satan entra no quarto e solta as palavras em entusiasmo ao se deparar com Videl de olhos abertos. – Não sabe o quanto rezei para você não...não partir dessa vida.

Videl abaixou o olhar e suspirou. Estava feliz com a preocupação do pai, por algum tempo, durante sua estadia com o clã do Cell, ela pensara que seu pai não se importava com ela, não à amava, que só queria juntar os clãs e aumentar seu poder, mas agora, ela via que mesmo ele sendo, em partes, culpado pelo que ela passou, ainda era o pai que a amava.

- Estou feliz em estar viva – ela tentou forçar um sorriso.

Satan sentiu o coração se comprimir. Céus, o que ele fizera com sua garotinha? Sua ganância custou caro para sua filha.

Ele se aproxima e senta na beirada da cama, pega uma das mãos dela e a aperta, não tinha sido o pai que ela merecia.

Videl sempre foi seu maior tesouro, ela perdera a mãe assim que nasceu, e ele, como seu único tutor, fizera de tudo para dar o conforto que sua filha necessitava, por conta disso, fez o que devia ser feito para tentar juntar os dois clãs das Terras Baixas, achava que Videl precisada de um homem, estava na idade de casar, mas escolhera mal o marido para ela.

Olhando o rosto com vários cortes, um dos olhos com uma mancha roxa enorme, e os braços e ombros com vários hematomas, seu sangue ferveu. Maldito seja Cell e seu filho, que fizera uma covardia daquela com sua filha. Uma pena eles não estarem vivos, vira os corpos dos dois em estado de composição no muro da entrada das terras do clã saiyajin, caso contrário, adoraria dar uma boa lição nos infelizes.

- Não se preocupe, filha – Satan olha diretamente nos olhos dela. – Irei vinga-la. Matarei um por um daqueles malditos.

- Não! – Videl deu um salto na cama, largando a mão de seu pai.

- Como não? – Satan se levanta abruptamente. – Olha o que eles fizeram com você. Declararei guerra aqueles malditos hoje mesmo.

Videl olhou suplicante para Bulma, as duas já haviam conversado mais cedo, e os únicos culpados de Videl estar assim já estavam mortos, ela não queria que inocentes pagassem por aquilo, e outra, ainda tinha a mentira.

- Acredito que os culpados já estejam mortos – Bulma, que estava do outro lado da cama, fala.

- Não acredito que seja verdade, o clã inteiro tem de pagar pelo erro de seu Lorde – Satan abaixa as sobrancelhas.

Vegeta balança a cabeça positivamente e caminha até a sua mulher, colocando a mão no seu ombro.

- Ele tem razão, esposa. O clã inteiro deverá pagar.

- Mas não há crianças lá? Mulheres? Famílias? Homens bons? – Bulma se vira para Vegeta um tanto perplexa.
Não podia acreditar naquela crueldade. Aonde estava a compaixão daqueles homens?

- Esse assunto não lhe cabe discutir – Vegeta se mantém firme.

- Mas cabe à Videl – ela aponta para a mesma. – Acham que ela ficará melhor sabendo que por conta dela, crianças e inocentes morreram?
Vegeta ergue as duas sobrancelhas e suspira. Sua esposa era teimosa demais.