Uma Noiva para o Lorde

capítulo décimo primeiro

Bulma olhava o tal de Raditz com uma cara de pura incredulidade. Estava meio em choque pelas palavras que a pouco ele disse. Nunca nenhum homem se mostrou tão vulgar como ele acabara de ser com ela. E mesmo com sua estrutura, foi difícil não corar. Sentia-se terrivelmente envergonhada e se não fosse seu orgulho, teria saído correndo, como uma garotinha assustada, mas ela não passaria por tal humilhação, por mais envergonhada e tímida que se sentisse naquele momento, não deixaria transparecer, e responderia a altura a vulgaridade daquele homem, que diga-se de passagem, era um belo exemplar masculino. Aliás, pensando bem, a maioria dos escoceses do clã saiyajin eram atraentes. Todos musculosos e com a masculinidade exalando de seus poros. Qualquer mulher em sã consciência ficaria um pouco mexida perto deles, e mexida era pouco se fosse analisar criticamente.

Raditz pegou a mão de Bulma e beijou, e ela, por mais que lutasse com a vergonha que sentia, não conseguiu evitar corar mais ainda. Ela puxou a mão, e a guardou atrás das costas, tentando não ficar muito próxima daquele homem que ela mal conhecia.

Raditz, por sua vez, deu um passo para trás, dando mais espaço para a inglesa, que parecia tímida naquele momento.

- Você não está mais parecendo a mulher que enfrenta meu Lorde – ele da uma piscada, e sorri com malícia. – Eu a deixo desconfortável?

- Não! – Bulma tenta se recompor. Não diria que ele a deixava desconfortável mesmo que sua vida dependesse disso. – Só estou digerindo suas palavras grosseiras.

- Grosseiras? – Raditz vira a cabeça para o lado, visivelmente bem humorado. – O que você considerou grosseiro?

- Você sabe – Bulma debocha. – Não me fará repetir tais palavras.

- É sobre você me deixar duro? – ele quase gargalha quando vê Bulma ficar vermelha como um pimentão.

- Da pra você parar de falar isso? – Bulma sussurra.

- Tudo bem, apesar de apreciar o rubor de suas bochechas – seu sorriso cafajeste surge.

- Agora você pode me dar licença – Bulma vai até a porta de seu quarto e coloca a mão na fechadura. – Estou com os nervos a flor da pele, e tudo que eu quero é ficar longe de bárbaros.

- Bom, eu iria oferecer minha ajuda – Raditz ergueu os ombros levemente e se vira de costas para Bulma. – Mas acho que não precisa, não é mesmo?

- Ajuda? – Bulma solta a fechadura e se vira para o cabeludo que estava de costas, insinuando que tomaria o caminho do corredor. – E por que precisaria de sua ajuda?

- Para seu ciúmes – ele responde simplesmente.

- Que ciúmes? – Bulma arregala os olhos.

Raditz sorri e se vira para ela. Ela chegou a colocar a mão na madeira da porta, com o olhar que recebeu do escocês. Engoliu em seco quando escutou sua voz.

- Você pode mentir para meu Lorde, mentir para suas amigas, mentir para você mesma, mas não pode me enganar. Vejo em seus olhos que está apaixonada pelo Vegeta, qualquer um vê. E a cena da salada de batatas me fez comprovar o que eu soube desde o primeiro dia que entrou nessa propriedade, só não tem coragem o suficiente para admitir.

- Está louco? – Bulma se agita quando sente o coração acelerar. – Eu não amo aquele....aquele..

- Aquele? – Raditz cruza os braços com arrogância.

- Olha – Bulma coloca o dedo na cara do guerreiro –, não tenho tempo para essas conversas idiotas, me diga de uma vez o que quer.

- Ajuda-la.