Uma Noiva para o Lorde

capítulo sexagésimo terceiro

Os cabelos azuis cresceram tão rápido, nem parecia que haviam sido cortados meses atrás tão curtos. Eles já batiam abaixo de sua cintura, e enquanto Bulma passava a escova pelos fios sedosos, se indagava interiormente se não deveria corta-los novamente. Para não atrapalhar na amamentação.

- Videl, corte meus cabelos como da última vez, eles me atrapalham tanto para amamentar – pediu Bulma sem olhar para trás.

- Nem venha com essa história, Bulma – Videl resmungou do outro lado do quarto, enquanto embalava o pequeno Trunks. – Não vou cortar seus cabelos de novo.

- A Bulma é doida, ela é sim – resmungou Chichi deitada na cama com a barriga a ponto de explodir de tão grande. – Imagine só, querer cortar os cabelos por causa da amamentação.

Bulma riu, se levantando da cadeira que estava sentada, depois de terminar de finalizar a trança embutida, que fora jogada para o lado.

- Tudo bem – disse ela pegando seu filho no colo. – Deixarei eles compridos, mesmo que estejam me atrapalhando para amamentar esse guloso.

- Ele é tão fofo, Bulma – Videl olhou com admiração o pequeno bebê de olhos azuis. – Nem parece que logo fará três meses.

- Ele é muito lindo mesmo – Bulma disse enquanto olhava para seu filho. – Só não gostei dessas sobrancelhas baixas. Está com a carranca do Vegeta.

- Isso é castigo – riu Chichi se sentando na cama com dificuldade. – Ficou com tanto ódio do pai do bebê durante a gestação que nasceu parecido com ele.

- Se eu fosse você não ria muito não, Chichi – Bulma olhou com cara feia para a morena sentada na cama. – Afinal você também tem ódio pelo pai do seu filho. Cuidado, ele pode nascer a cara do pai.

- Meu bebê nascerá parecido comigo – Chichi fez um bico olhando para o lado. – Não com a cara daquele traste.

Videl e Bulma riram, fazendo o bebê resmungar a procura do peito de Bulma. Ele esfregava o rostinho no colo dela, abrindo a boquinha em busca do leite, que graças aos céus, Bulma tinha de sobra.

Sentada na cadeira de balanço, Bulma ninava seu pequeno pacotinho de felicidade, enquanto ele lhe sugava o seio com voracidade.

Videl estava sentada ao lado de Chichi na cama, acariciando a barriga dela, enquanto Bulma amamentava o filho.

- Como está a vida de casada, Videl? – perguntou Bulma com a voz baixa, pois Trunks estava quase dormindo.

- Tá ótima – Videl disse vibrante. – Gohan a cada dia se mostra mais carinhoso e romântico. Às vezes acho que estou dentro de um sonho ao qual não quero acordar.

Chichi e Bulma olharam um pouco tristes para ela.

- Me perdoem ... – gaguejou Videl. – Eu não queria ...

- Não precisa de desculpar, Videl – disse Chichi pegando em sua mão. – Você merece ser feliz em seu casamento, não é porque o da Bulma e o meu deram errado, que você tenha que se sentir mal por isso.

- Sim – Bulma completou. – Você merece ser feliz, ainda mais depois de tudo que você passou. Isso sem falar da fuga do convento.

As três riram.

- Deus nos livre mais um casamento acabando em divórcio – Chichi limpou a garganta depois de parar de rir.

- Falando nisso, ainda estão com a mesma ideia na cabeça? – Indagou Videl inspirando profundamente. – Nenhuma chance de vocês mudarem seus planos?

- A única coisa que me segura é minha gravidez – rosnou Chichi. – Papai diz que tenho que manter a calma e resolver tudo apenas depois que eu ganhar meu neném.