capítulo décimo nono

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Ela havia se casado com um ogro, Bulma concluiu ao fim do dia, quando as Terras Altas estava começando a anoitecer. Bárbaro e selvagem também teriam sido alternativas apropriadas. Seu marido tinha o demônio dentro de si com suas ordens arrogantes e arbitrárias. O homem também era completamente desprovido de quaisquer modos civilizados.

Ele não sabia que não era de bom tom lutar no dia de seu casamento?
Ah, Vegeta começou sendo bastante agradável! Enquanto lhe apertava a cintura e lhe dava um beijo de tirar o fôlego.

Ela ficou bastante abalada, pois esperava um beijo rápido. A boca de Vegeta era firme e quente. Não que ela não soubesse disso, afinal, já provara daquele beijo, mas naquela situação sentia que havia algo mais naqueles lábios e mãos que tocavam o seu corpo. Como uma promessa de algo que estava por vir, mas ela não sabia ainda que promessa era aquela.

O calor daquele beijo apaixonando a acendeu, fazendo as bochechas de Bulma ficarem rosadas. Ela considerou desvencilhar-se quando sentiu a sua feminilidade umedecer, mas desistiu da ideia quando colocou as mãos no tórax de Vegeta e sentiu os músculos se contraírem em seus dedos. Ele era tão viril e másculo que lhe deixava de pernas bambas. O beijo tornou-se tão envolvente que ela não teve força nem intenção de evita-lo.

As risadas ao fundo enfim chamaram a atenção de Vegeta, que interrompeu abruptamente o beijo, acenou em satisfação ao ver a expressão perplexa no rosto de sua noiva e voltou sua atenção ao padre.

Ela não se recuperou tão rápido, e inclinou-se para o lado do marido.
O padre Champa apressou-se em dar a volta no altar para cumprimenta-los.

Bulma, depois de receber o cumprimento do padre, olhou de lado para Vegeta, que parecia um tanto mais sério do que o habitual.
Será que ele se abalou com o beijo como ela? Será que ele se sentia tão atordoado como ela estava se sentindo?

Não era o que parecia. Na verdade, ele parecia até bastante à vontade com aquela situação toda. Como se fosse normal ele lhe dar um beijo de tirar o fôlego na frente de uma plateia.

Como conseguia? Ela ainda sentia seus joelhos tremerem e seu rosto ardido pelo rubor. Enquanto ele, recebendo o cumprimento dos homens de seu clã, agia como se nada o abalasse sentimentalmente.

Será ele um homem frio?

Bulma balançou a cabeça diante de seus pensamentos tolos. O que importa se ele era frio ou desprovido de sentimentos? O importante era ele ser bom para ela, certo?

Mas isso incomodava Bulma. Ela queria que ele se abalasse com os toques trocados pelos dois, assim como ela se abalava. Queria que ele sentisse o coração acelerado como o dela. Sentir o corpo se arrepiar com seu toque.

Ela estava alucinando, concluiu. Ainda estava atordoada e agora fantasiara demais. Que bobagem.
Mas assim que um dos homens do clã saiyajin veio apertar a mão de seu lorde o parabenizando pelo casamento, fez um comentário, no mínimo, desapropriado. Mas o que mais Bulma podia esperar de bárbaros?

- Uma cerimônia digna de um Saiyajin, Lorde – o rapaz concluiu. – Com direito a segurar a noiva pelo braço e obriga-la a casar.

Uma risada ao fundo fez Bulma querer gritar.

- Isso sem falar do beijo – mais risadas.

- Mais um pouco teríamos que arrasta-los para o quarto.

Bulma estava horrorizada diante da falta de educação daqueles homens.

- Vai deixa-los falar assim na minha presença, marido? – Bulma indagou perplexa para Vegeta.

- Eles estão sendo gentis, mulher – Vegeta respondeu.

Bulma arregalou os olhos se engasgando com aquele absurdo.

Uma Noiva para o LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora