Prólogo

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Atenção: Capítulos contém spoiler de Novel e live Action.

(...)

A vida era o maior aventura que existia, o mundo, era uma constante de mudanças. O humano? Era uma criação que não era capaz de ser explicada. E os sentimentos? Ah, os sentimentos eram sem sombra de dúvidas o maior mistério que existia.

A era da cultivação havia encontrado sua paz depois de tantas guerras, ambições e sofrimento. Muitos haviam perecido sob o sentimento intenso e a vontade de poder, outros haviam sido apenas peças de um tabuleiro para concretizar o desejo alheio.

Para alguns, o mundo havia deixado de existir, quando uma perda mudou tudo. Para os que ficaram, era os sentimentos de culpa, raiva, solidão e acima de tudo, a perda do primeiro e único amor sentido, porém não vívido.

Preso por tantas regras, por tanta disciplina e retidão, ele não sabia o que era ter amigos além do irmão, não sabia o que era a vida, não sabia nem mesmo o que era sorrir. A grande verdade era que ele apenas existia, preso em todos os princípios de sua seita, ajudando os outros, livrando o mundo do caos. Era o que seu título significava. Estar onde quer que o caos estivesse.

A treze anos atrás ele havia perdido uma das pessoas mais importantes de sua vida, se não a mais importante. Ele sofreu, chorou, se desesperou e procurou. Por treze anos ele tocava inquérito incessantemente, procurando pela alma ao qual acreditava e sabia; era destinada a si.

Foram necessários anos para ele entender que o outro tinha transformado seu mundo, sua vida. Foram tantos momentos, longe e ao mesmo tempo juntos que deram aquele homem tão indiferente uma perspectiva diferente da vida.

Do ódio ao amor, seu coração descobriu que nunca poderia amar alguém se não fosse ele.

Quando seu amor havia sido incompreendido e caçado, ele não teve a chance de se despedir, de dizer tudo o que sentia e viver todos aqueles sentimentos ao lado da pessoa ao qual entregou seu coração, seu amor, sua alma. Vazio e perdido, ele vagou por tantos anos em busca de qualquer sinal. A noite, eram as lágrimas e a solidão sua única companhia. A dor que carregava lhe dando a certeza de que nada daquilo era um sonho ou uma ilusão, confusão de sua mente. Era real. Seu amor era tão real que talvez fosse capaz de tocá-lo, porque ele já sentia da forma mais extrema e intensa possível.

Treze anos depois, na Montanha Dafan ele sentiu seu coração explodir e bater desenfreado quando ouviu aquela melodia. A canção que ele havia criado e somente ele e a pessoa ao qual amava conhecia, ecoando pelos quatro ventos. O coração virou manteiga derretida, para voltar ao seu normal e bater tão descontrolado que qualquer pessoa seria capaz de ouvir. Seu corpo inteiro tremia, seus pensamentos eram uma bagunça. Ele não estava sendo capaz de ser ele mesmo.

Era ele. Estava ali. Havia retornado e lutava para salvar a vida dos juniores de algo que ele mesmo havia criado.

O general fantasma.

O som que saía da flauta não era dos melhores, certamente ele tinha improvisado o instrumento no momento de desespero e na tentativa de controlar Wen Ning, usou a sua canção.

Wei Wuxian enfim havia retornado. Embora estivesse diferente, com aparência e corpo diferentes, ele sabia que a alma que habitava aquele corpo desconhecido era de Wei Wuxian, ninguém mais ninguém menos do que o homem que amava.Ele não queria saber dos costumes. Ele amava o mestre do cultivo demoníaco, amava com tudo o que tinha e ao ouvir aquela melodia, tudo que sentia apenas aumentou. Era a música deles e que apenas eles dois conheciam. Enfim o seu tão sonhado e esperado momento feliz ao lado de Wei Wuxian estava bem a sua frente.

"Wei Ying."

Enquanto o homem tocava a música na flauta, querendo atrair a atenção do general fantasma, Lan Wangji se aproximou e parou atrás deste, logo sentindo o corpo do outro colidir com o seu. Rapidamente, ele segurou o pulso deste quando seus olhares se encontraram e ele sabia, era capaz de sentir dentro de si, era ele.

"Wei Ying, você voltou."

O brilho nos olhos de Wangji — Por felicidade e também lágrimas —  só poderia ser reconhecido por ele, afinal era o único que causava aquele brilho na íris clara da segunda Jade de Gusulan. As notas voltaram a ressoar da flauta, embora o som não fosse o mesmo, Wangji não se importou, estava concentrado demais na pessoa que a tocava. Quando o general fantasma foi embora, não tardou para outros seniores aparecerem, junto ao líder de seita Jiang. Aquilo significava problemas, o Lan sabia; mas nada mais importava, ele estava ali para proteger o Patriarca e se preciso fosse, lutaria para que ele ficasse a salvo.

Ao descobrir que Wen Ning esteve naquele lugar e que fora invocado pelo menor que portava a flauta de bambu, Jiang Cheng foi tomado pela raiva e atacou o homem mascarado com Zidian. Colocando-se a sua frente e bloqueando o ataque com sua guqin, Lan Wangji o protegeu.

Não existia nada no mundo que fosse capaz de impedir que Lan Wangji protegesse Wei Wuxian. Se fosse preciso, daria sua vida em troca da dele. Depois de tantos problemas, de tanta distância e de perda, ele enfim encontraria a paz ao lado do Patriarca Yiling. Todas as suas respostas ao inquérito estavam bem ali, mostrando para ele, mesmo sem perceber que quando duas almas estão destinadas a ficarem juntas, não haverá nada e nem ninguém capaz de separá-las, nem mesmo a morte.

"Wei Ying... Obrigado por ter voltado. Prometo que estarei do seu lado. Sempre. "


(...)

Olá meus amores!

Sejam todos bem vindos! Aos antigos, obrigada por estarem aqui comigo.

Reportando o comunicado anterior. Essa é a minha primeira fanfic de Mo Dao Zu Shi, darei o meu melhor para contar uma boa história e proporcionar a todos bons momentos de amor, felicidade, raiva, tristeza, prazer... Enfim. Espero que vocês gostem e aproveitem cada momento.

Não deixem de me dizer o que estão achando. Eu gosto de conversar!

Beijos e obrigada por me acompanharem. ❤

Não pode ser ninguém além de você.Onde histórias criam vida. Descubra agora