C A P I T U L O _ 1.5

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Por ser final de semana e prática de madrugada, porque pra mim 7:00 da manhã ainda é madrugada, enfim, a rua não tinha muito movimento então não foi difícil chegar no trabalho.

Me sentei em minha mesa sem precisar me preocupar com as duas encrenqueiras Kátia e Marina, já que elas pegariam apenas no horário da tarde e isso me deixava ainda mais feliz.

Pude reparar uma pequena movimentação suspeita entre os poucos funcionários que ali estavam, incluindo a presença de Solange que nem se quer era para estar ali, já que normalmente ela folga durante os sábados e domingos.

Ignorando o resto do pessoal, me foquei em minha tarefa e ao terminar tudo pude constatar pelo visor do celular que eu havia conseguido terminar tudo aquilo com 20 minutos de antecedência.

Aliviada por não precisar mais meter o pé naquela empresa antes que segunda feira chegasse, eu me permiti encostar contra a cadeira e respirar um pouco.

Quando meu expediente enfim chegou ao fim, arrumei minhas coisas dentro da bolsa e me levantei, queria dar uma passada na mesa de Solange antes de ir, só pra tentar entender toda aquela pressa do pessoal que corria de um lado para o outro nos corredores.

Assim que cheguei ao corredor tomei um susto quando um cara desconhecido passou por mim como um touro selvagem me fazendo ter que encostar na parede pra não ser atropelada.

_ Ei cuidado._ Quase gritei assim que ele passou por mim sem ao menos se importar.

Mas ele não ligou, apenas olhou na minha direção com a expressão de quem estava prestes a matar um e saiu cagando totalmente pra minha indignação.

_ Ei onde você vai..._ Solange vinha correndo pelo corredor, mas já era tarde, só deu tempo dela terminar a frase e o elevador se fechou sumindo com ele dentro.

Ela suspirou irritada enquanto eu apenas observava tudo com um grande ponto de interrogação na testa.

_ Então... Namorado novo?_ Perguntei tentando fingir que estava imparcial em relação aquele desespero todo dela por causa de um homem.

Não era uma cena tão incomum se tratando de Solange.

Ela me olhou com a expressão de puro tédio antes de revirar os olhos e pegar no meu braço.

_ Vem, era você mesma que faltava._ Falou me arrastando junto com ela.

_ Falta pra quê exatamente? E você ainda não explicou quem é o estressadinho._ Falei assim que paramos em frente a sua mesa.

_ Prometo te explicar tudo depois, agora preciso que vá a esse endereço e quando chegar lá é só entregar esse papel. Obrigada._ Disse destacando a folha de sua agenda e colocando em minhas mãos.

_ Mas eu ainda estou sem carro._ Alertei enquanto ela me empurrava de volta ao corredor.

Após fazer uma careta nada agradável, ela tirou a chave de seu carro do bolso e me deu. Um sorriso quase inevitável surgiu em meu rosto, afinal, o carro daquela mulher era mais importante que qualquer coisa e ela odiava emprestar ele.

Pelo visto era algo realmente importante.

_ Fica a um quarteirão, eu mesma iria mas estou meio ocupada... Prometo te pagar o favor assim que puder, mas pelo amor dos céus, cuida bem do meu bebê. Agora vai._ Disse as pressas antes de sair correndo pelo corredor e sumir de minha vista.

Suspirei por não obter nenhum resposta lógico mas por fim encarei o papel em minha mão, bom, ao menos eu sabia onde ficava aquele lugar e realmente não era longe. Eu só não havia entendido exatamente o que devia fazer lá.

Minha Melhor DecisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora