C A P I T U L O _ 2.7

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_ A roda do ônibus roda, roda. Roda, roda. Roda, roda. A roda do ônibus roda, roda, pela cidade!_ Pra quê carro quando você pode ter um show da dupla Lili e Guto ao vivo?

Sorri comigo mesma observando a interação daqueles dois juntos arrasando meus tímpanos, enquanto Lili parecia se divertir agarrada na carcunda de Guto, quando ele se ocupava em dividir o peso das compras comigo.

Aquela cena, do meu monstrinho com seu largo sorriso inocente no rosto era um grande conforto pro meu coração, quando na verdade, minha mente vagava distante mais precisamente nas palavras venenosas de Evelyn durante nosso encontro no mercado.

_ Mamãe?_ Lili chamou atraindo minha atenção para si novamente.

_ Oi?!_ Perguntei confusa notando a careta em seu rosto.

O que eu tinha feito de errado?_ Me questionei mentalmente.

_ Você palou de cantar di repente. O que foi?_ Perguntou parecendo preocupada, o que me fez sorrir a fim de disfarçar meus verdadeiros motivos.

_ Se eu te disser que esqueci o resto da música você acredita?_ Questionei fingindo estar indignada comigo mesma, o que a fez sorrir pra mim._ Pode cantar ela por mim?_ Pedi fazendo com que ela assentisse e logo voltasse a cantoria.

Diferente Lili, Guto pareceu não comprar muito bem a minha desculpa, pois levou um tempo a maia me observando como se tentasse ler minha mente.

Sem uma pergunta declarada, ele apenas ergueu uma sobrancelha afim de que eu entendesse, mas como não queria tocar naquele assunto, ainda mais na frente de Lili eu preferi ignorar sua careta.

_ Bom, chegamos._ Anunciei ao ver o grande portão de nosso prédio, me sentindo feliz por enfim ter chegado em casa.

_ Bom, acho que eu já vou indo então._ Disse Guto colocando Lili no chão e me entregando a bolsa em sua mão, antes de deixar um beijo na testa da baixinha.

_ Já vai titio?_ Perguntou Lili em sua melhor forma derretedora de corações.

Respirei fundo, entendo seu recado.

Eu deveria deixar ele ir embora, afinal, eu ainda não tinha o perdoado completamente por suas idiotices, apesar de ter consciência de sua leve razão, até porque ele não tinha obrigações comigo, apenas de não precisar agir como um idiota por isso.

Acho que no fundo, eu deveria sentir raiva apenas de mim, por acreditar que um dia ele possa não ser apenas um grande idiota, quando claramente esses não parecem ser os planos dele.

_ Se quiser ficar para o café,_ Hesitei um pouco com minhas palavras enquanto ele se mantinha em silêncio me observando com expectativa._ Acho que a Lili gostaria disso._ Completei olhando Lili agarrada em minha perna.

_ Não sei não. O que você acha disso?_ Perguntou se referindo a Lili, me fazendo revirar os olhos com o seu papel de garoto difícil.

_ Fica tio. Aí a gente pode tamem colocar um filme muito bom que eu... Sabe qual?_ Disse empolgada se fazendo de misteriosa enquanto puxava Guto pela mão para dentro do prédio.

Mais uma respiração bem fundo eu precisei dar, pedindo aos céus para que conservasse minha sanidade após passar o dia com aqueles dois.

Já no apartamento, passei direto para a cozinha deixando as compras sobre o balcão, enquanto Lili correu para o quarto com a intensão de trocar de roupa sozinha.

Já que segundo ela, ela já é uma mocinha.

_ Precisa de ajuda?_ Perguntou Gustavo aparecendo na porta da cozinha enquanto eu procurava as coisas pra fazer o nosso café da tarde e guardava o que era desnecessário.

Minha Melhor DecisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora