C A P I T U L O _ 1.9

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Me espreguicei pela manhã acordando sem precisar da ajuda do despertador, nem de Lili, que por sinal, continuava a dormir completamente a vontade toda esticada na cama.

Fiz uma careta com aquela posição tão estranha que pra ela parecia super confortável e sorri com meus pensamentos antes de puxar o lençol lhe cobrindo.

O dia realmente estava mais frio.

Em silencio com a intenção de deixa-la dormir mais um pouco, coloquei minhas pantufas e sai do quarto cuidando para não fazer nenhum barulho e segui até o banheiro.

Após fazer toda minha higiene, fui até a cozinha dando uma rápida olhada pela janela apenas para conferir o tempo lá fora que por sinal estava completamente fechado.

As nuvens brancas demais cobriam todo o céu em uma camada densa que deixava o sol totalmente escondido, incluindo a ventania que me fazia acreditar que em breve uma forte chuva cairia.

Ignorei o clima baseada em meus planos de não sair de casa, não com aquele tempo e continuei meu trajeto até a cozinha enquanto pensava em alguma coisa diferente pra fazer para o café.

Até porquê diferente de Dona Sandra, minha culinária era restritamente limitada ao básico dos básicos.

Tirei alguns ovos da geladeira junto a uma caixa de leite e caminhei pela cozinha em busca dos outros ingredientes necessário para fazer um café acompanhado de bolinhos de chuva, se eu conseguisse não queima-los dessa vez.

Enquanto a frigideira aquecia tratei de preparar toda a massa em uma travessa e pus a água na cafeteira, antes de ir despejando pequenas quantidades de massa na frigideira.

Quando estava preste a por a segunda remata de massa na frigideira pude ouvir o som abafado do meu celular vindo do quarto, indicando que alguém estava ligando.

Respirei fundo recuperando a concentração para não queimar os bolinhos enquanto ainda estava na duvida entre arriscar ir atrás do celular no estilo flash, ou se eu terminava os bolinhos primeiro.

Podia ser engano, ou a Baby com alguma nova idéia, isso eu poderia ver depois, mas também poderia ser da oficina onde meu carro já estava a quase uma semana e ninguém havia entrado em contato ainda pra dizer quando posso ir busca-lo.

Aproveitando que a nova remata havia acabado de entrar no fogo, abaixei o fogo e resolvi ir ver quem era, mas acabei estranhando ao parar de ouvir o toque na metade do caminho, ainda sim queria verificar de quem era a chamada.

Abri a porta do quarto que estava reencostada com cautela na esperança de Lili ainda estar dormindo e acabei me surpreendendo com o que acabei flagrado.

_ É vovó ela tá aqui, mas você acledita que ela me deixou sozinha na cama e nem me acodou pra ver meus desenhos... Ela fez._ Dizia Lili pro celular enquanto estava deitada com os pés esticados na parede.

Com a expressão indignada me encostei contra o batente da porta com os braços cruzados apressiando aquele pequeno monstrinho folgado tomar pose do meu celular pra falar mal da minha pessoa.

_ Num sei, mas e se ela não deixar Tia? Chorar? Eu sei faze isso._ Disse antes de rir sacudindo os pezinhos._ Eu vou tentar, também amo vocês. Eu sei.

Após tais palavras ela afastou o celular do ouvido e com o indicador desligou a ligação antes de virar a cabeça em minha direção.

Pude ver seus olhos surpresos em mim típico de um criminoso ao ser pego no flagra, mas no fim ela apenas se sentou deixando o celular ao seu lado e sorriu.

Minha Melhor DecisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora