C A P I T U L O _ 5.2

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O dia chegou de forma lenta.

Não tão diferente da noite passada, parte dela precisei devotar meu sono aos cuidados de Lili.

Mesmo já acostumada com suas sessões alérgicas, eu ainda tinha medo dela acabar sufocando ou qualquer coisa do tipo. Então qualquer movimento suspeito eu acordava apenas para ficar a observando, até pegar no sono novamente.

_ Mamãe..._ Mais uma vez, sentia seu carinho sendo depositado em meu rosto.

_ Se eu pedir 5 minutos..._ Tentei questionar ouvindo sua risada, antes dela se afastar.

Curiosa, abri os olhos justo na hora em que ela puxou a cordinha abrindo a persiana sem um pingo de consideração.

Fiz cara de brava, mesmo quando meu interior estava todo derretido com aquele sorriso de quem esbanjava saúde.

Ela estava bem.

_ Eu nunca vi alguém gostar tanto de acordar cedo, como você._ Ditei impressionada enquanto calçava minhas pantufas.

Ela apertou um pouco mais os lábios me permitindo ver com clareza as covinhas que raramente aparecia.

_ Eu sou um exemplo. Você devia tentar tamem mamãe._ Implicou me fazendo soltar uma careta.

Me levantei indo em sua direção.

_ Eu prefiro deixar que meu despertador pessoal continue fazendo esse trabalho por mim._ Ditei me agachando a sua frente.

_ Esse sou eu?_ Perguntou parecendo curiosa.

Sorri enquanto concordava com a cabeça em afirmação.

_ Está melhor?_ Perguntei juntando seus cabelos para trás de seu pescoço, antes de virar ela de costas na expectativa de improvisar uma trança.

_ Eu tenho uma enfermeira pessoal._ Comentou me fazendo sorrir antes de virar ela de frente para mim novamente.

_ E ela é boa?_ Questionei curiosa.

_ A melhor._ Disse esticando os bracinho antes de grudar em meu pescoço.

Me aproveitando de seu grude, me pus de pé segurando ela em meu colo.

_ Que tal agora uma cozinheira pessoal?_ Questionei enquanto atravessava a porta do quarto.

_ Muito bom, é a vovó Sandra?_ Quis saber se afastando o suficiente para me encarar.

_ Não, sou eu mesma._ Comentei deixando ela sentada na mesa, a tempo de ver uma careta se formar em seu rosto.

Como se reprovasse minhas qualidades culinárias.

_ Liana?!_ A repreendi vendo sua careta ser substituída por um sorriso sapeca.

O dia estava apenas começando.

Novamente.

_ Como está a Lili?_ Babi perguntou ao telefone enquanto eu caminhava pelos corredores da Faculdade junto com Hanna.

_ Pela forma que acordou parece que nada aconteceu._ Comentei vendo Hanna me avaliar com curiosidade.

_ O que foi?!_ Hanna sibilou baixinho.

_ Isso é bom. Mas e sobre sua casa?_ Perguntou Babi do outro lado.

_ Você sabe onde tem a chave reserva. Vou deixar avisado na portaria._ Ditei ainda com os olhos de Hanna sobre mim.

_ Então tá certo. Vou deixar avisado com...

_ Lili... Alergia..._ Murmurei pra Hanna vendo seus olhos abrirem em surpresa.

Minha Melhor DecisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora