C A P Í T U L O _ 1.0

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Quando finalmente cheguei no apartamento de Baby fiquei surpresa por ela ter me atendido assim que toquei a campainha. Mas não era necessário muito esforço pra descobrir o porquê de toda aquela pressa para me receber.

_ Foi pra guerra mulher?_ Perguntei reprimindo a risada, mas estava difícil olhar pra ela com seriedade.

Já na sala, parei de frente pra Bárbara fazendo uma análise completa em seu estado atual e assim pude constatar que a melhor comparação era dizer que ela havia acabado de voltar de uma guerra. Bombardeada diversas vezes sem a menor chance de se defender ou contra atacar.

_ Isso são horas de chegar querida? Acho que você não percebeu que está criando um mini-monstro o qual eu ainda estou aprendendo a lidar. Com toda essa sua demora eu estava começando a achar que você resolveu lavar suas mãos e deixou essa bomba pra mim, e por esses pensamentos eu estava começando a escrever minha carta de despedida, porque não aguentaria toda essa tortura por muito mais tempo._ Ela disse com a voz de choro.

Fiquei em silencio por um tempo tentando processar suas palavras e quando isso finalmente aconteceu eu apenas sorri de leve.

_ Deixou ela com o Guto por tempo demais de novo?_ Perguntei carinhosamente compreendendo seu desespero.

Ela assentiu enquanto fazia biquinho de choro.

_ Eles se aliaram contra mim._ Disse realmente parecendo uma criança carente.

Estiquei meus braços.

_ Venha aqui docinho, vamos resolver isso. Tá bom?_ Falei e ela veio me abraçar, acariciei sua cabeça com tapinhas e logo ela se afastou._ Melhor?_ Perguntei.

El assentiu e após uns minutos nos encarando acabamos rindo de toda aquela maluquice.

_ Sério, você tem que dá um jeito neles porquê sinceramente, eu não tô mais aguentando isso não. Se casa logo com o meu irmão e leva ele pra morar com você. Eu não quero mais._ Disse Bárbara me fazendo revirar os olhos.

_ Em relação a minha filha,_ Falei ignorando provocação sobre Guto._ não exagera tá, ela nem é tão perigosa assim, afinal, ela pode ser facilmente comparada com um anjinho, por isso dizem que se parece comigo._ Falei sorrindo cínicamente.

Como resposta uma careta estranha surgiu em seu rosto.

_ Então acho que estamos falando de crianças completamente diferentes, porque a Liana que eu conheço de anjo só tem aquele rostinho lindo, mas é só isso mesmo. E a mãe dela, consegue ser tão perigosa quanto ela, e é por isso, que dizem que vocês se parecem, porque um anjinho ela seria se fosse minha filha, aí sim._ Ela disse me fazendo cerrar os olhos em sua direção.

Ela encarou as unhas e sorriu pretensiosa.

_ Como ousa caluniar minha filha e a mim assim, na cara dura sua vigarista._ Falei fingindo estar brava.

Ela me analisou de cima abaixo fazendo cara de desdém e eu lhe dei um empurrão de leve, com a cara de indignada ela devolveu o empurrão e acabamos por nos embolar numa pancadaria que no fim apenas nos deixou como duas retardadas descabeladas rindo feito hienas.

_ AI MEU ZEUS!!!_ Surpresas olhamos em direção a porta da cozinha, apesar de não precisar de esforço algum pra saber a quem aquela voz pertencia._ Rafaella meu bem.

E sem demoras um sorriso surgiu em meus lábios ao notar a mulher de olhos brilhantes do outro lado da sala, porém sem enrolações, numa velocidade que até mesmo o Flash sentiria inveja, ela me alcanço e me esmagou em um abraço bem apertado.

_ Que saudade que eu estava de você menina._ Ela disse me afastando para poder analisar meu rosto._ Você está diferente... talvez pareça um pouco cansada, mas está ainda mais bonita._ Ela disse e suavizou o sorriso pouco antes de depositar um beijo em minha testa.

Minha Melhor DecisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora