O Estranho professor e o Trasgo montanhês

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Setembro e Outubro passaram voando.

No pouco tempo que esteve em Hogwarts ela já havia conquistado o respeito e admiração de alunos e professores. Não tinha nenhum amigo, ela certamente não queria aquilo. Continuava reservada, respondia apenas quando os professores lhe faziam perguntas e ignorava os seus colegas.

Quer dizer, ela tentava ignorar.

As pessoas tentavam se aproximar dela mas rapidamente desistiam devido a sua indiferença. O único que não desistia era Malfoy. Sempre estava em cada escada que ela subia ou em cada corredor que ela andava.

Era sufocante. Ele parecia ser sua sombra.

Desviava dele o máximo que podia com: " Estou ocupada " ou " Estou atrasada " isso quando ela apenas passava por ele o ignorando completamente.

Mas Deus, ele não parava de perseguí-la!

" Homem esse é o problema. Homem. Raça nojenta que não parece perceber quando estão sendo invasivos e inconvenientes, ou fingem, porquê não é possível "

Para tentar espairecer de seu estresse ela foi para o Lago Negro.

Ela deu um impulso para cima e se agarrou no tronco, com mais um impulso ela conseguiu se sentar entre os galhos.

Aquilo era quase como um dom divino que nascerá junto com ela. Ela possuía uma habilidade formidável de subir em árvores, era natural dela. Havia sido um hábito dela quando ainda era jovem, sempre subia em árvores e apenas descia de lá quando a ordem partia de seu pai.

Ela retirou o maço de dentro de suas vestes e veio junto o seu isqueiro de prata. Ah, como ela amava aquilo.

Colocou o cigarro entre seus lábios macios e rosados e o acendeu com o auxílio do isqueiro. Deu a primeira tragada e se jogou preguiçosamente para trás.

Maravilhoso.

A nicotina era tão importante para ela quanto respirar.

Acabou com o primeiro cigarro em menos de dois minutos, já estava partindo para o próximo quando.

— Anastasia?

Era Malfoy.

Ela levou um susto pelo aparecimento repentino do garoto e deixou tanto o maço de cigarros quanto o isqueiro de prata caírem de suas mãos direto para o chão a frente das pontas dos sapatos do Slytherin.

— O que é isso? — O loiro perguntou franzindo o cenho enquanto se levantava após pegar tanto o maço quanto o isqueiro. Anastasia deu um salto da árvore caindo em pé a frente dele, dessa vez ela o assustando e o fazendo gritar.

— Não te interessa! — Exclamou ríspida arrancando o maço e o isqueiro da mão dele e os guardando nas vestes.

— Bom dia, raio de sol. — Oh, céus. Aquilo não. O garoto havia começado a chamá-la e se referir a ela daquela maneira. Era bastante irônico, aquele era um de seus mais famosos apelidos de quando ela era criança, dado a ela por conta de seu antigo espírito ensolarado. Era algo especial e bastante íntimo para ela. Algo que não deveria se manchar pelas palavras de Draco Malfoy.

— Não me chame assim, menino. Nós não somos amigos e muito menos temos intimidade. Para você é senhorita Petrov ou apenas Petrov.

— Você pode me chamar de Draco. Nós podemos ser amigos.

— Isso está fora de cogitação. — Ela recuou um passo para ir embora. — Lembre-se que para você é Petrov.

Ele agarrou o seu pulso a obrigando a ficar.

O Mistério de Anastasia Onde histórias criam vida. Descubra agora