Iris encarava uma adormecida Anastasia da mesma maneira que uma mãe velava um filho doente. A loira tinha bebido tanto em comemoração por ter sido expulsa de Hogwarts que acabou por cair no sono.
A cobra estava muito preocupada. Certo, não tanto mais com os deslizes de Anastasia no álcool e nos cigarros. Mas com o fato de que no andar de baixo haviam inúmeras caixas. No meio de sua comemoração, Anastasia disse a Iris que pretendia ir embora e o mais rápido possível, por isso, enquanto bebia, começou a empacotar as coisas, mas parou porque disse que estava cansada, que continuaria na manhã seguinte e que logo elas duas estariam bem longe da Inglaterra. Em um lugar onde nem os bruxos e nem os trouxas iriam econtrá-las.
Iris sabia o quanto Anastasia queria fugir. Mas aquela foi uma das únicas vezes que a cobra não concordou com a amiga. De uma maneira ou de outra, Anastasia teria que enfrentar seus muitos problemas. E fugir deles não era a solução.
Iris não sabia que horas eram, mas tinha quase certeza de que não era nem a metade da noite quando seus hábeis ouvidos captaram o som de passos e vozes no andar debaixo.
— Anastasia, Anastasia.
— Huuum... — gemeu, se remexendo na cama e começando a acordar com o chamado da cobra.
— Tem alguém no andar debaixo. É mais de um.
Anastasia imediatamente se levantou, tateou no escuro pela varinha e acabou por usar um accio para convocá-la. Ela estava confusa, tinha acabado de despertar. Sua primeira suposição foi de que eram os representantes do Ministério que estavam ali para destruir sua varinha como dito na carta. Aquela ameaça ela não levou tão a sério. Era uma avaradora e poderia comprar outra varinha quando quisesse, por outro lado, ela gostava muito da varinha que tinha. Sua segunda suposição — pela qual ela temeu — foi de que pudesse ser seu...
As suposições dela foram descartadas quando após descer sorrateira e silenciosamente para o andar inferior e usar de um Lumus Máxima para clarear o ambiente ela identificou os intrusos.
— Professor Moody? — todos os presentes se voltaram imediatamente para ela que manteve sua varinha erguida contra Olho-Tonto.
— Novamente, não tenho muita certeza sobre " professor ". — grunhiu de maneira rude da mesma maneira que ela viu o falso-Moody fazer diversas vezes.
— É. Eu também não. — retrucou com um misto de frieza e zombaria na voz e no semblante.
— Esse é o verdadeiro Moody, Anastasia. Pode abaixar a varinha. — Harry Potter lhe disse.
Oh, maldito inferno, Potter em sua casa? Realmente?
Anastasia abaixou sua varinha.
— E eu posso saber o que trás vocês, intrusos, à minha humilde residência? Creio eu que não seja uma visita informal.
— Nós viemos para levá-la daqui. — respondeu Moody.
— Perderam seu tempo. Eu não estou interessada.
— É, eu vejo que não. — e todos, exceto Anastasia, acompanharam o olhar de Olho-Tonto pelas caixas que estavam espalhadas pela sala. — Vai à algum lugar? — alfinetou, acusando-a indiretamente.
Anastasia se recusou a responder.
— Nós dois tivemos problemas com Dementadores e fomos expulsos de Hogwarts. O professor Moody e os outros vão nos levar até um... quartel-general. — explicou Potter.
— A minha vida não pode ficar melhor. — resmungou revirando os olhos. — Esperem aqui. Vou me aprontar.
Anastasia subiu, trocou de roupa, reclamou, apanhou Iris, reclamou mais um pouco e desceu as escadas.
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O Mistério de Anastasia
Fanfiction- A nossa visita se deve ao fato de que você possuí uma vaga em Hogwarts. - O corpo dela enrijeceu como pedra com as palavras de Dumbledore. Ela era uma bruxa, não nasceu daquele jeito, mas ela era. Mas ela não era uma criança, era adulta. Não poder...