Anastasia acordou muitas horas depois. Ainda tonta pelo sono mas sentia-se muito bem revigorada graças às poções que havia tomado.Perguntou-de que horas eram e tirou sua varinha de debaixo do travesseiro, com um maneio suave um pequeno feixe de luz azul saiu da ponta e tomou a forma de um relógio.
O relógio marcava exatamente três horas da tarde e tanto o corpo de Anastasia deu um pulo da cama quanto seu coração também deu um pulo no peito.
Ela estava definitivamente atrasada.
Vinte minutos depois ela já estava na porta da sala de Transfiguração, puxou com força o ar para dentro de suas narinas, assumiu sua máscara de frieza e entrou na sala da maneira mais calma possível, porém isso não foi impedimento para que todos parassem o que estavam fazendo para olhar para ela.
— Senhorita Petrov, venha até aqui. — Mandou a professora.
— Professora eu lamento muito-. — Antes que pudesse tentar se explicar a outra a interrompeu.
— Não é necessário que se justifique. Hoje de manhã o professor Snape deixou-me a par de sua situação.
Anastasia engoliu em seco
" Snape " Pensou com desgosto, raiva começando a tomar conta de seu ser. Como ele havia se atrevido?
— Eu-
— A senhorita está liberada de todas às aulas de hoje, deve descansar. Pode voltar ao seu dormitório e sem preocupações por perder essa aula. Vou pedir a senhorita Granger que lhe passe a matéria dada hoje, a senhorita não ficará atrás dos outros tendo em vista de que aprende muito rápido.
— Claro. Obrigada, professora. Com licença.
Anastasia voltou para seu dormitório como a professora McGonagall tinha sugerido mas apenas para deixar suas coisas lá, ela aproveitando que todo o castelo estava ocupado com suas atividades diárias foi a procura de informações.
— Anastasia? O que faz aqui? — Perguntou o meio-gigante surpreso por vê-la. A única vez em que havia interagido com a garota foi quando a acompanhou até o Beco Diagonal, depois daquele dia nunca mais, ele apenas ficava sabendo das pequenas conquistas de Anastasia dentro da escola.
— Como vai, senhor Hagrid? A professora McGonagall me dispensou das aulas de hoje e eu aproveitei para vir lhe fazer uma visita. — Ela foi bastante direta não queria prolongar o assunto. Anastasia não gostava de estar na presença dele.
— Ah, sim. Bem, pode entrar, eu estou prestes a tirar uns bolinhos do forno e-
— O assunto que eu venho tratar é breve.
— Assunto? Não é uma visita casual?
— Não. — Suspirou. — O que você sabe sobre o cão de três cabeças no corredor do terceiro andar?
— Como você sabe sobre o Fofo? — Hagrid perguntou em um misto de espanto e dúvida.
— Como é que é? Fofo? — Anastasia pensou que aquela criatura era tudo mas em hipótese alguma poderia ser sequer cogitado que fosse considerado fofo.
— Eu não deveria ter dito isso. — Hagrid murmurou.
— E o que ele guarda debaixo daquele alçapão?
— Esse assunto só diz respeito ao Professor Dumbledore e ao Nicolau Flamel.
Anastasia não se lembrava de alguma vez ter escutado aquele nome, sem paciência ela usou sua Legilimência e viu a resposta de suas dúvidas na mente do meio-gigante.
Aparentemente o cão escondia uma tal de pedra filosofal.
— Tudo bem, adeus. — Disse se despedindo do guarda-caças e indo para o Lago Negro onde havia marcado de se encontrar com Iris.
— Voltei. — Anunciou a cobra a uma Anastasia que estava sentada sobre uma pedra.
— Agora volte mesmo a sua outra forma, se alguém nos vir estaremos seriamente encrencadas. — Iris transformou-se em anel e Anastasia a colocou novamente em sua mão direita.
— Anastasia... Durante a caçada eu vi uma coisa estranha... Era um unicórnio morto, que infelizmente não fui eu que matei... Algo estava tomando o sangue dele, algo não, alguém, tenho certeza de que era um humano.
— O sangue de unicórnio pode ser bebido com o propósito de deixar uma pessoa viva. — Respondeu calmamente, lembrando-se dessa informação que havia aprendido há muito tempo. — Viu quem era a pessoa?
— Estava encapuzada.
— Vamos para a biblioteca, preciso coletar informações sobre uma tal de pedra filosofal. — Disse se levantando e começando a caminhar em direção ao castelo.
— O que é isso?
— Eu não tenho idéia. Mas eu sei que é algo muito precioso.
O professor Quirrell havia deixado sua sala de aula para ir buscar um livro na biblioteca, ele já estava retornando quando ao longe ele viu Anastasia vindo em sua direção, o professor se escondeu atrás de uma pilastra e a menina passou por ele, ele então começou a seguí-la.
Ele então estava bem atrás dela, observando-a de perto quando de repente ele piscou e ela já não estava mais ali.
— Por que você está me seguindo? — Quirrell deu um salto, seu coração quase saiu pela garganta quando ele se virou e viu que ela estava atrás dele.
— Se-se-senho-nho-rita Pe-Petrov...
— Poupe-me desse seu gaguejo infernal e responda-me. — Ela começou a avançar e ele a recuar. — Por que... você... estava... seguindo-me? — Perguntou pausada e ameaçadoramente.
— Nã-não estava te se-seguindo.
— Você me toma por uma idiota, Quirrell? Acha que eu não percebo seus olhares incessantes para comigo não importa onde eu esteja? Acha que eu não percebo que você está sempre a me espiar?
— E-eu...
Anastasia suavizou em sua próxima fala.
— Não vai me dizer que eu te atraio?
— QUÊ? — Quirrell berrou e logo em seguida tapou sua boca com às duas mãos arrependido pelo que havia feito e em choque pelo que ela havia dito. Merlin, ele podia ser o que fosse, mas se sentir atraído por uma criança? Não, isso estava muito abaixo dele. — Não! Claro que não.
— Hum, então?
— E-eu só estava passando.
— Não tente mentir para mim, não tente, Quirrell, porque você vai se arrepender.
Ele acenou trêmulo.
— Agora, você vai me fazer um favor. Assine para mim uma autorização para que eu possa acessar a seção restrita da biblioteca.
— A-
— Do contrário, conto para o professor Dumbledore que você está me assediando moralmente. — Quirrell engoliu em seco, aquela garota era mais terrível do que ele pensava. — E então? O que vai ser?
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O Mistério de Anastasia
Fanfic- A nossa visita se deve ao fato de que você possuí uma vaga em Hogwarts. - O corpo dela enrijeceu como pedra com as palavras de Dumbledore. Ela era uma bruxa, não nasceu daquele jeito, mas ela era. Mas ela não era uma criança, era adulta. Não poder...