A primeira tarefa

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— Está sentindo isso, Anastasia? Está sentindo esse cheiro? — Iris perguntou empolgada de uma maneira como Anastasia pensava que nunca tinha visto antes na cobra.

— Que cheiro?

— O cheiro da desgraça no ar. — e gargalhou. — É instigante! É excitante! Ah, eu estou adorando toda essa situação.

A situação a qual Iris se referia que estava adorando era o estado de pânico e alarde que Hogwarts se encontrava agora já há alguns dias.

Todos os alunos que usaram o broche estavam amontoados na enfermaria ou então estavam caídos pelos cantos dos corredores principais da escola, enquanto seus amigos tentavam confortá-los da dor que sentiam pela queimadura

Hogwarts estava em um momento de calamidade tão extrema que até mesmo o professor Dumbledore teve que ajudar os professores com os alunos feridos, pois ele foi o único capaz de obter uma melhora no quadro dos alunos que estavam sofrendo de febre, dor e coceira na queimadura que deixara de ser uma queimadura escura para se tornar uma grande ferida avermelhada em carne viva e com pus.

— Hihihi, eu espero que eles morram e vão para o inferno.

— Iris! Por favor, supere isso. São apenas crianças.

Apesar de ter causado, mesmo que meio insconsciente, aquela situação, Anastasia — ao contrário de Iris — não estava nenhum pouco satisfeita ou feliz.

Havia sido em um estopim de raiva, causado pela audácia das crianças em se dirigir diretamente a ela para zombarem de sua cara. Quando ela viu, o estrago já havia sido feito e não havia nada que ela pudesse fazer, apenas os professores.

Bom, talvez se ela tentasse poderia conseguir curá-los. Mas ela não queria.

Ela não estava satisfeita, não estava feliz, realmente ela não estava. Mas que aquelas feridas permanecessem eternamente na pele deles para que aprendessem que com Anastasia Romanov não se brinca.

Dando uma última olhada ao redor onde havia todas aquelas crianças choronas, Anastasia girou nos calcanhares para ir embora e nesse ato quase bateu contra o professor Moody que estava atrás dela, parado firme e ereto como um poste.

— Desagradável essa situação, você não acha? — referiu-se aos alunos feridos, e ele interrompeu antes que ela pudesse responder. — Dragões são a primeira tarefa. — e pousou ambos os seus olhos na garota a sua frente que entre-abriu os lábios em um sinal de espanto. — Eu preciso falar com você-

— Não! Eu me sinto indisposta e-e é melhor o senhor ir ajudar os outros professores com os alunos feridos.

— É sobre o torneio, você precisa dos meus conselhos. — insistiu.

— Não se preocupe, professor. Eu vou vencer esse dragão da melhor maneira possível.

Anastasia passou as duas semanas seguintes refletindo sobre a primeira tarefa do torneio que a cada por e nascer do sol se aproximava cada vez mais. Iris não parou nem por um instante de tagarelar sobre o assunto, o que apenas deixou a Gryffindor mais ansiosa, fazendo-a ignorar até mesmo o fato de que os alunos que foram machucados pelo broche já haviam saído da enfermaria, principalmente graças aos cuidados de Madame Pomfrey e do professor Dumbledore.

A queimadura que se tornara uma ferida, agora havia se transformado em uma grande cicatriz, do mesmo tamanho do broche e os alunos diziam que ainda conseguiam sentir dores no peito.

Culpados? Sim, houveram culpados. O próprio professor Dumbledore não ignorou esse fato e os alunos que haviam produzido os broches perderam cada um 100 pontos para suas casas, foram privados do dia de visita a Hogsmeade, e iam ter que cumprir detenções até o fim do ano letivo.

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