A aula de DCAT

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Anastasia voltou para a sala de Transfiguração com a professora McGonagall, ambas sem trocarem uma única palavra no percurso. A tensão entre as duas era paupável.

Pararam a frente da porta da sala de aula uma de frente para outra.

— A senhora primeiro.

E a aluna seguiu atrás da professora. Todas as crianças voltaram-se para elas, fazendo Anastasia lançar um olhar que seria capaz de partir uma pedra e eles rapidamente desviavam sua atenção dela.

A aula transcorreu normalmente, apesar de Anastasia sentir os olhares queimando suas costas e ver os olhares de esguelha que Hermione Granger, sentada ao seu lado, lhe dava.

Minerva passou um exercício em que os alunos tinham que transformar um besouro em um botão. Uma tarefa complicada para os outros alunos, mas não para Anastasia.

— E então vocês já conseguiram? — Perguntou Minerva, minutos depois de ter passado a tarefa. De sua mesa ela podia ver metade dos alunos perseguindo os besouros que não paravam quietos. Seu olhar caiu sobre as duas meninas na primeira mesa da fileira do meio, Hermione e Anastasia. A primeira estava boquiaberta, olhando para as mãos da segunda. Curiosa, a professora se levantou de sua mesa e foi até elas. — Meninas, o que vocês... Oh!

Em cima da mesa havia uma pequena caixa azul, detalhada em ouro e com três rosas douradas no centro.

— Senhorita Petrov... — Minerva murmurou. Alguns alunos pararam o que estavam fazendo e se aglomeraram em volta da mesa.

Anastasia empurrou a caixinha na direção da professora como se dissesse " Abra ".

Com os dedos trêmulos, Minerva, sob o olhar atento de todos, abriu o trinco e colocou a tampa para trás. Exclamações de admiração partiram de todos os presentes.

A caixa por dentro era forrada em veludo vermelho. Haviam seis belos botões, distribuídos em duas linhas, cada uma com três.

— Merlim. — Minerva sussurrou tirando cuidadosamente um dos botões da caixa, ela o ergueu e ele brilhou na luz como um diamante. — Como fez isso, senhorita Petrov?

— Para os botões, os besouros. Para a caixa, minha caneta.

— Vinte pontos para a Gryffindor.

A sineta tocou e os alunos se dissiparam apressados. Minerva colocou o botão de volta na caixa, a fechou e tentou entregá-la de volta a sua aluna.

— É sua.

Muito contrariada, Anastasia compareceu ao almoço após o término da aula de Transfiguração. Os alunos da Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff, intercalavam seus olhares entre a segundanista Gryffindor e as quatro grande ampulhetas de pontos, ao lado direito da mesa dos professores, que marcavam sessenta pontos para a casa dos Leões e nenhum para as outras três casas.

A Gryffindor colocou uma quantidade aceitável, porém não absurda de comida em seu prato. Ela sabia que tinha que agir com paciência e cautela. Tinha que comparecer as refeições e as observações na enfermaria. No fundo ela sabia também que tinha que " suavizar " e " amenizar ", em questão de seus conhecimentos em sala de aula — apesar de que parecer inteligente fosse uma coisa que inflasse o seu ego e a enchesse de orgulho — Eles poderiam desconfiar, e, definitivamente, isso não seria nada bom.

Ela iria deixar eles pensarem que eles estavam no controle, mas não, eles nunca estariam.

— Como pode?

— Como pode o que?

— Eu estar certa e errada ao mesmo tempo. — Respondeu ao questionamento da cobra, enquanto olhava enojada para seu novo professor de Defesa Contra A Arte das Trevas, Gilderoy Lockhart. — Estava errada sobre essa criatura ser um gênio, que estupidez a minha. — Deu um aceno negativo com a cabeça. — E certa sobre ele ser um bom mentiroso. Ele é um palerma. Nunca que teria feito tudo que conta em seus livros.

O Mistério de Anastasia Onde histórias criam vida. Descubra agora