Meados de Fevereiro
Aquele dia ensolarado era mais um dia de visita ao povoado de Hogsmeade. Anastasia estava caminhando próxima a Casa dos Gritos em um vestido preto acompanhado de suas jóias usuais, enquanto, em um momento raro, aproveitava para receber um pouco dos raios solares.
— Psiu!
— Como tem passado, Senhor Black? — Perguntou sem sequer dirigir um olhar para ele.
— Inferno! — Praguejou. — Como você sempre sabe que sou eu? — Perguntou frustrado.
— Digamos que eu seja um tanto quanto sensitiva. — Brincou e voltou-se para ele, olhando-o de cima a baixo. O homem não havia mudado em nada desde a última vez que se encontraram em Novembro. Ele ainda mantinha a mesma aparência suja e desgastada, como um trapo velho.
— Obrigado pela cesta que me enviou no Natal. Estava tudo delicioso. — Sirius referiu-se a grande cesta abarrotada de comida e bebida que ele encontrou na noite da véspera de Natal no chão do quarto em que ele dormia na casa dos gritos e que para ele não restou dúvidas de que fora Anastasia quem enviou quando ele leu o pequeno bilhete
Para que pelo menos a sua noite de Natal seja menos amarga e mais saborosa e despreocupada
Feliz Natal, Senhor Black
Anastasia
Ele morreria mas nunca admitiria que deixou escapar pelo menos uma ou duas lágrimas ao finalmente, depois de tantos anos, voltar a comer comidas saborosas e descentes.
A cesta de comida — que claramente era a comida dos elfos de Hogwarts. Ah, como ele sentiu falta daquela comida — que estava cheia de carnes, pães, frutas, doces e até mesmo uma garrafa de Firewhisky durou pelo menos três dias — Teria durado mais senão fosse a fome de cão de Sirius e também por conta do tédio, ele sempre dissera que o tédio lhe dava vontade de comer —
— Eu só queria saber como você consegue Firewhisky. — Ele perguntou com uma risadinha, apesar de querer muito aquela resposta.
— Tirando amor, saúde, lealdade e amizade... entre outros... o dinheiro compra tudo.
— Você é uma sangue-puro? — Essa era outra pergunta que ele também queria uma resposta, por conta do porte dela e também, agora, por saber que ela aparentemente tinha bastante dinheiro.
— Eu não posso ser classificada. — Disse ao caso de que ela não tinha nascido bruxa.
— Você-
— Ah, minha nossa! — Reclamou em um tom de voz alto. — Eu sou uma Gryffindor terceiranista, russa e órfã. — Disse tudo de uma vez. — Está bom para você? — Pois senão ela sabia que ficaria ali o dia inteiro escutando as perguntas dele.
— Está. — Disse embasbacado. Havia ainda uma pequena vontade dentro de si de perguntar se ela era uma Veela. Mas, por fim, conteve a sua vontade.
— Tome. — Estendeu um papel para ele.
— O que é isso? — Perguntou, aceitando o pedaço de pergaminho que lhe era estendido, abriu-o e nele estava uma lista cheia de palavras variadas.
— São as senhas da passagem da Torre. Use-as se quiser tentar entrar lá novamente, o que eu não aconselho.
Sirius correu seus olhos pelas senhas e ergueu seu olhar brilhante para Anastasia. Rindo alto, ele se aproximou dela, abraçando-a firmemente e a erguendo alguns centímetros no ar.
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O Mistério de Anastasia
Fanfic- A nossa visita se deve ao fato de que você possuí uma vaga em Hogwarts. - O corpo dela enrijeceu como pedra com as palavras de Dumbledore. Ela era uma bruxa, não nasceu daquele jeito, mas ela era. Mas ela não era uma criança, era adulta. Não poder...