Não! Não Pule!

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Anastasia estava deitada em um dos campos floridos de um de seus mais antigos lugares preferidos no mundo.

Crimeia.

Era um lindo dia de sol, onde a relva era muito verde e o céu tão azul quanto os olhos dos Romanov. Borboletas voavam ao redor de Anastasia que apreciava a bela visão ao seu redor.

Tudo ali era como ela se lembrava.

Tudo ali transmitia paz e conforto.

Tudo que estava ali era uma parte de sua vida passada.

De repente surgiu um garotinho vestido de marinheiro que acenou para Anastasia e ela acenou de volta.

Aquele garotinho vestido de marinheiro era Alexei, seu irmãozinho mais novo.

— Vem. — Alexei pediu acenando para ela que se levantou e começou a seguí-lo. O jovem menino pulava tentando alcançar algumas borboletas, Anastasia queria dizer para ele ir mais devagar e tomar cuidado, pois se ele se machucasse e tivesse uma crise de Hemofilia, a mãe deles ficaria muito preocupada.

Quanto mais Anastasia tentava alcançar o irmão mais ele se afastava, era como a vida real onde eles estavam muito afastados e não conseguiam se encontrar.

Eles passaram por um grande tronco de árvore que servia como ponte e se depararam com as três irmãs mais velhas de Anastasia.

Olga, Tatiana e Maria.

— Olá!

" Meninas " — Anastasia pensou.

As três jovens em trajes de banho acenaram para os dois irmãos mais novos e em seguida pularam da ribanceira onde estavam em direção a água que havia lá embaixo.

Anastasia e Alexei se aproximaram de onde anteriormente suas irmãs mais velhas estavam e a primeira olhou para baixo. Junto de suas irmãs havia um homem de cabelos e barba morenos que também estava em trajes de banho.

Aquele homem era ninguém menos que o pai de Anastasia.

— Olá, Raio de Sol. — Cumprimentou carinhosamente a filha mais nova que sorriu emocionada ao ouvir a voz do pai, principalmente por ele estar chamando-a por seu apelido.

— Olá, papai. — Anastasia cumprimentou de volta, sorrindo para o pai.

— Venha! Mergulhe! Pule!

Seu pai disse acenando junto de suas irmãs para que ela pulasse.

E então, Alexei pula na água com um grito de alegria e molhando seu pai e irmãs que se protegeram da água com seus braços.

Anastasia riu daquela cena.

Ah, aqueles dias de felicidade.

Ela então se aproximou ainda mais da ponta e estendeu seu pé, quase pulando.

Estava prestes a pular quando ouviu gritos atrás dela.

NÃO! NÃO PULE!

— Isso pule! — E então todo o bonito campo florido da Crimeia sumiu dando lugar a um céu escuro e a um oceano de fogo cheio de esqueletos. Os irmãos de Anastasia sumiram e o pai dela transformou-se em um grande demônio verde. Havia apenas um pequeno espaço de terra embaixo dos pés dela, significando que não havia para onde ela correr, pois se tentasse cairia no oceano de fogo. — A maldição dos Romanov.

E então vários pequenos demônios verdes começaram a rodeá-la e o maior deles que anteriormente era seu pai agarrou seu braço tentando a todo custo puxá-la para baixo em direção ao fogo.

E nisso outro demônio veio por trás dela e agarrou-a pela cintura a puxando para trás e a levantando em seu colo enquanto ela gritava desesperada e se debatia.

Oh, Deus, o que estava acontecendo? — Anastasia se perguntava — Seria aquele o seu fim?

O Mistério de Anastasia Onde histórias criam vida. Descubra agora