Era uma quente tarde de Agosto. Os habitantes de Little Whinging não se lembravam de um verão que tivesse sido tão fadigoso quanto aquele de 1995. A única pessoa que não estava tão preocupada com o calor era certo menino de cabelos indomáveis e brilhantes olhos verdes que morava na rua dos Alfeneiros nº4. Ele não se importava justamente porque tinha problemas muito maiores do que um clima abafado.
Esse menino era Harry Potter. Que havia "fugido" da casa dos tios depois de mais um desentendimento com mesmos mais cedo, e que se refugiara no parque de gramado seco para poder tentar manter seus pensamentos em ordem e controlar suas emoções, mesmo ele estando saturado de saber que aquilo era impossível para ele, dado aos acontecimentos desastrosos do fim de seu quarto ano letivo.
Harry sentou em um balanço e fechou os olhos, tentando pela milésima vez afastar os pensamentos da frente de sua mente. E conseguiu. As lembranças ruins foram empurradas para o fundo e vieram a frente as lembranças de seu último verão. Onde, naquele parque mesmo, ele havia conhecido pessoa tão especial.
Ah, ela era como uma brisa suave para ele. Um porto seguro. Raramente Harry se dava realmente bem com as pessoas, mas com ela parecia que havia sido coisa do próprio destino. E bendito destino, Harry diria. Eles se conheceram e se reencontraram algumas vezes durante o último verão e ela o fez prometer que lhe escreveria e as cartas foram o único contato que tiveram durante o ano letivo dele em Hogwarts. Ele quis muito retornar no feriado de Natal para poder vê-la, mas sua vontade foi frustrada pelo Baile de Inverno. Ele se arrependia. A coisa que mais desejava naquele momento, mesmo diante de tudo, era que pudesse tê-la ali e agora.
— O meu Harry sentiu saudades? — a voz doce encheu os ouvidos de Harry no mesmo instante que ele sentiu um peso em suas pernas.
— Você não tem ideia. — Harry respondeu, sorrindo feliz, como a muito tempo não fazia, para a mulher loira que estava sentada em seu colo. — Meu desejo foi realizado. Eu estou tão feliz de ter você aqui. — confessou, abraçando-a
— Eu nunca deixo você, bebê.
Não, ela nunca deixava. Ela estava sempre em seus pensamentos e em seu coração.
— Desabafe. — mandou, passando os braços pelo pescoço dele e fazendo um carinho em seu cabelo. — Apesar da carta de duas páginas frente e verso que me mandou depois do incidente sei que ainda há muita angústia dentro de você.
— É tudo muito frustrante. Estou preso aqui há quatro semanas e não tenho notícias. Hermione, Ron, Sirius, sinto que todos eles me abandonaram. Eles não me contam nada e nunca há notícias na porcaria do Profeta Diário. Como estão as coisas no mundo mágico? — perguntou esperançoso de que ela pudesse lhe dar notícias.
— Sei tanto quanto você para a sua decepção. O Profeta não trás as notícias da verdade. Eu acho que estão tentando varrer tudo para debaixo do tapete. Você sabe... é isso que os governos fazem quando estão diante de uma calamidade.
— O pior para mim é saber que não posso me manter informado por culpa de Dumbledore. Ron e Hermione escreveram que receberam ordens de não escreverem nada importante, sabe, no caso das cartas serem desviadas. Tenho quase certeza que essa ordem é dele. De quem mais seria?! — perguntou indignado.
— Eu disse a você que ele é um velho de merda.
Harry riu, reforçando o aperto de seu braço ao redor da cintura dela ainda em seu colo.
— Um velho de merda e manipulador. — disse sorrindo e ela sorriu para ele.
— Você passou por cada coisa, Harry... Talvez um beijinho te anime. — sussurrou e Harry corou. — Ou — disse dando um beijo na bochecha esquerda dele. — então — deu o segundo na direita. — muitos — beijou embaixo de onde havia dado o primeiro. — beijinhos. — beijou embaixo do segundo beijo na bochecha direita.
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O Mistério de Anastasia
Fanfictie- A nossa visita se deve ao fato de que você possuí uma vaga em Hogwarts. - O corpo dela enrijeceu como pedra com as palavras de Dumbledore. Ela era uma bruxa, não nasceu daquele jeito, mas ela era. Mas ela não era uma criança, era adulta. Não poder...