Descobertas e Pesadelos

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Severo ainda estava muito irritado pelo dia de ontem. O mestre de poções estava caminhando pela beira do lago quando avistara Anastasia e aquele mini projeto de bruxo que era Malfoy, ele iria beijá-la, o coração de Severo errou uma batida com aquela cena. Mas para o seu alívio o beijo não acontecera pois Anastasia empurrou o rosto do menino para longe.

O Slytherin então se aproximou de seus dois alunos. Perguntou-lhes friamente se ele atrapalhava algo, Anastasia negou e rapidamente se despediu dele.

— Menos dez pontos para a Slytherin, Draco.

Ele seguiu atrás da Gryffindor, quando chegou ao castelo não a encontrou mas ela apareceu para o almoço. Foi no almoço que sua raiva dobrara de tamanho, se já não bastasse a ousadia de seu afilhado, agora era Potter que tivera a ousadia de tocar em Anastasia.

Potter falara com ela, todo sorridente, querendo nem que fosse migalhas de atenção da companheira de casa.

Severo não conseguiu não sorrir quando Anastasia disse a Potter que para ela não era um prazer conhecê-lo e o deixara plantado no meio do salão como um bobo com um semblante de decepção e sua mão ainda estendida no ar, esperando um aperto de mão que nunca viria.

" Ela é incrível " Severo pensou, mas rapidamente se repreendeu e arrependeu de seus pensamentos. Ele não deveria ter aquele tipo de pensamento, mesmo por mais verdadeiro que ele fosse.

Antes do almoço acabar uma coruja entra no salão trazendo uma carta. Uma carta para... Anastasia?

" Mas ela não é órfã? " Severo pensou confuso. O pocionista desviou seu olhar da garota para o professor Quirrell, sentado ao seu lado, o homem tinha o olhar fixo e um sorrisinho diabólico em direção a Anastasia.

Severo não teve tempo de perguntar o que havia de errado, porquê de repente a menina se levantou abruptamente e saiu a passos largos do salão principal, sobre os olhares curiosos de todos.

No decorrer do dia ele tentou não pensar muito no ocorrido do almoço. Quando se deu conta já era a hora do jantar. O banquete do dia de Halloween. Um jantar que estaria cheio de crianças barulhentas e o cheiro enjoativo de doce impregnado por toda a extensão do salão.

Definitivamente, Severo não tinha paciência para aquilo.

O banquete se iniciou e se passaram quase uma hora e nenhum sinal de Anastasia. Severo torcia os dedos de preocupação e mal tocara na comida. Mas onde diabos estava aquela garota? Ele se perguntava.

Dado ao seu passado, Severo era um homem observador. Não foram necessários os dois meses em que ela estivera na escola, ele notou logo na primeira semana como ela se alimentava mal. Em dois meses, em nenhuma vez ela compareceu às três refeições diárias. Ela costumava vir no almoço, às vezes ao café, quase nunca ao jantar. Faltava nas refeições e quando comparecia muito pouco comia.

Ele pensou que deveria dar uma indireta para a professora Mcgonagall, para que mandasse, nem que fosse amarrada, Anastasia para a enfermaria.

Severo suspirou frustrado quando o professor Quirrell adentrou correndo o salão principal gritando;

— TRASGO NAS MASMORRAS, TRASGOOO NAS MASMORRAS. Achei que deveriam saber. — E desmaiou.

Ele se aproveitou do pânico que se instalou e escapou do salão por uma pequena porta que havia atrás da mesa dos professores. Ele tinha uma pendência a resolver.

Severo se encontrou com McGonagall e Quirrell no caminho e eles partiram rumo ao banheiro feminino. O primeiro com certa dificuldade por conta da dor e ardência em sua perna.

O Mistério de Anastasia Onde histórias criam vida. Descubra agora