Capitulo 13.

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SANEM

Compramos o remédio e Can insistiu para que fossemos ao mercado, ele queria me fazer sopa. Eu ainda me sentia fraca e com o estômago doendo, sem contar a dor de cabeça que havia me atingido durante o caminho para o mercado. Era estranho a forma como Can me tratava, nenhum homem havia cuidado de mim como ele cuidou, nem mesmo o meu pai dava tanta importância. Stela não sabia de como eu estava e eu também não contaria para ela nem para o meu pai, eles já têm muitas coisas para se preocuparem.

E são nesses momentos que eu sentia falta do cuidado e afeto de mãe, que é algo que eu nunca tive e se tive não me lembrava. Odiava lembrar de Hana, automaticamente eu sentia vontade de chorar e ficava deprimida, como se já não bastasse estar doente.

— O que aconteceu? Hm? — Can perguntou enquanto caminhávamos pelos legumes no mercado. Ele inclinava seu corpo para tentar ver meu rosto
— Nada — Respondi engolindo o choro
— O que está passando pela sua cabeça? De repente ficou esquisita — Ele perguntou me olhando
— Só estou com dor de cabeça — Respondi olhando ao redor. Não queria falar disso com Can, ele não precisava saber e eu também não queria que ele sentisse pena de mim.

— Será que você não está com febre? — Ele disse colocando sua mão na minha testa para ver minha temperatura
— Acho que é por eu ter vomitado a noite toda
— Pode ser... — Ele disse pegando o carrinho e o empurrando em direção ao caixa.

— Boa tarde — A moça do caixa disse sorrindo para Can, e ele sorriu de volta.

Can era muito bonito, isso me dava raiva. Ele chamava atenção por onde passava, seu estilo de se vestir diferente de outros homens despertava o interesse das mulheres. Sem contar que ele era alto, grande, musculoso e tinha um maldito sorriso, certamente ele dava esse sorriso toda vez que queria pegar alguma mulher. Digo por experiencia própria que foi ele dar esse sorriso que eu já estava atacando sua boca.

A mulher estava o comendo com os olhos, minha vontade era de dizer que já tinha beijado aquela boca, duas vezes. Can devia amar como as mulheres ficavam derretidas por ele.
Saímos do mercado e seguimos para o carro.

— Can — o chamei e ele se virou para mim — Eu realmente agradeço você, mas não quero mais atrapalhar você
— Lá vem você de novo — Can disse abrindo a porta de trás e colocando as sacolas de compra dentro
— Você não pode deixar a agencia por que uma funcionária passou mal
— Posso sim — ele disse fechando a porta e andando até mim
— Você vai fazer isso com todos os funcionários?
— Não, você é diferente — Ele disse chegando mais perto e abaixando seu rosto para mim

— Diferente? Como assim diferente?
— Você é especial — Ele disse e passou seu dedo indicador pelo meu maxilar e foi descendo pelo meu pescoço. Minhas pernas já estavam tremendo, meu coração acelerado e um calor subindo pelas minhas pernas.
— Especial?
— Sim, muito especial... — Ele disse, o seu perfume já estava em minhas narinas me deixando completamente inebriada, era tão bom e gostoso — Vamos? — Can disse se afastando e eu respirei fundo, como eu queria que ele me beijasse.

***

Chegamos no edifício aonde Can morava, ele colocou seu carro no estacionamento e nós fomos para o elevador segurando as sacolas de compra.

— Você precisa comer... esta muito pálida — Can disse me olhando. O elevador chegou no andar de Can e nos saímos. As paredes do corredor eram com mármore mesclado com branco e preto e o piso era de cerâmica imitando madeira.

Caminhamos até uma porta preta do apartamento de Can, ele colocou as sacolas no chão e começou a procurar pelas chaves. A porta do apartamento da frente foi aberta e uma moça loira alta saiu de lá carregando umas sacolas e me olhou de cima a baixo.

Best Part Of Me (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora