Capitulo 43

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Hoje era a primeira consulta com a obstetra, eu estava muito nervosa e Can muito ansioso.

Já estávamos na clínica, tinha várias mulheres, algumas com barrigões, outras nem tanto. Eu estava começando a ficar assustada, era uma coisa tão nova. Can estava do meu lado, um pouco acanhado com tanta barriga de grávida em um lugar só.

— Está de quanto tempo? — Uma moça me perguntou. Ela não tinha uma barriga muito grande. — Acho que não muito, você não está com barriga ainda
— Eu não sei... É a minha primeira consulta — Falei e ela sorriu
— Seu marido?
— Sim — Can disse
— Ouvir o coração pela primeira vez é uma emoção única — Ela disse. Meu coração disparava só de pensar, minha ficha não havia caído 100% que eu estava grávida.

Tive que preencher uma ficha enorme com todos os meus dados, e deixar o meu exame de sangue com a enfermeira.

Logo fomos chamados, caminhamos pelos corredores que tinham várias salas, uma dra de cabelos pretos e médio, pele esbranquiçada e um batom violeta nos lábios estava sorrindo para nós.

— Você deve ser a jovem Sanem — Ela disse, segurava uma prancheta azul bebê na mão e tirou uma caneta do bolso do jaleco branco.
Ela ter mencionado o "jovem"me deu um certo nervosismo e comecei a pensar se estava mesmo na hora de eu ter um bebê. Eu era jovem de mais, não sabia nada de bebês. Nem se quer já fiquei com um mais que 10 minutos e entregava correndo para mãe. Mas eu não teria como entregar pra mãe dessa vez, por que EU seria a mãe.

Eu queria chorar, mas acho que essa não seria uma boa ideia. Mas acho que não iria me segurar.
Nos sentamos na cadeira de frente para Dra Liz e ela do outro lado da mesa na frente de seu notebook.

— Pelo seu exame de beta hcg você deve estar com 8 semanas. Vamos olhar no ultrassom como está esse bebê
— Já da pra ver? — Can perguntou surpreso e eu só tremia
— Sim, dá até pra ouvir o coração — Ela disse e eu sentia meu coração acelerar. Eu estava grávida. Havia acabado de se tornar oficial. Vir ao médico e ouvir da boca dela que da pra ouvir o coração do bebê que está DENTRO de mim tornava oficial de mais. Para Can já era mais que oficial eu estar grávida, então pra ele tudo era esperado, apesar das expressões surpresa.

Eu não havia criado um vínculo com o bebê, mas Can já ficava conversando com a minha barriga quando íamos dormir. Eu não estava vendo sentido dele já estar conversando com o bebê. Eu seria uma péssima mãe, eu nem me sentia grávida ou conectada com ele ou ela. E eu deveria me sentir, eu vou carregar por nove meses.
— Pode tirar a roupa ali atrás, por favor e colocar a camisola — A Dra disse apontando para o biombo. Eu estava com um vestido branco com botões no meio e uma jaqueta jeans e all star branco. Tirei a jaqueta e entreguei para Can, fui atrás do biombo e tirei toda a roupa e coloquei a camisola. Can me via pelada sempre, mas seria estranho ele me ver pelada ali.

A Dra me pesou, viu minha pressão, minha altura e depois me pediu para deitar naquelas maca ginecológicas que fica com as pernas abertas.
— Você pode abaixar a parte de cima da camisola, deixando as mamas de fora, por favor — Ela pediu vestindo luvas. Eu fiz o que ela pediu, ela começou a olhar meus seios — Você sente eles mais doloridos? — Ela perguntou e começou a aperta-los

— Sinto eles doloridos e inchados. O bico está inchado também...
— Ok... — Ela disse — Essas dores são normais devido aos hormônios da gravidez... — Ela falou e se sentou no banquinho de frente para as minhas pernas — Esse é o primeiro ultrassom, é por via transvaginal. Irei ver seu colo do útero, o útero e os ovários — Falou enquanto passava um gel no ultrassom que iria enfiar na minha vagina. Can olhava tudo com a maior atenção e concentração que havia dentro dele. Ela introduziu em mim e eu senti um gelado. Can estava atento na tela e eu também olhei. Eu não via nada, a médica estava olhando bem concentrada pra tela.

Best Part Of Me (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora