Best Part Of Me (CONCLUÍDA)

Capitulo 55

CAN

Com 3,4kg medindo 50 cm nasceu a coisa mais preciosa que eu já havia feito em 28 anos de vida.
Após 15 horas de trabalho de parto e de muito "força, meu amor, você consegue" "falta só mais um pouco" ouvi o choro alto e estridente do meu filho, o sinal de sua vida e força. E logo ele foi para os braços da mamãe, a mulher mais forte e corajosa que eu já havia conhecido na minha vida. Depois de alguns minutos cortei o cordão umbilical dele.

Eu esperei muito para fazer isso, queria muito. Me senti especial, senti que fiz parte do momento. O parto é uma coisa física só da mulher, e estar ao lado dela, cortar o cordão fez eu sentir que consigo mais do que fazer só o bebê. E foi também o momento que eu realmente estive com ele, já que antes era só ele, a mamãe e o útero. Antes eu só estava envolvido psicologicamente com a gravidez, agora era tudo mais real e físico, e também comecei a entender o sentido de tudo.

De ser pai.

Sanem nunca pediu que eu fosse mais ativo durante a gestação, mas eu quis estar preparado. Comprei mil livros, precisava entender esse mundo que eu sempre rejeitei antes de conhecer a mulher da minha vida, e acho que ela se sentia mais aliviada de saber que eu queria estar envolvido. E também que é o mínimo que qualquer pai deveria fazer.

E quando chegou a hora dela amamentar, foi difícil, ela chorou de dor. Mas não queria desistir, falei que poderíamos dar a mamadeira, mas ela não queria. Não queria vê-la com dor, ela falou que achou que o parto seria difícil, mas amamentar estava sendo mais. Mas quando bebe pegou direito, e começou a sugar, pra ela não importava mais nada.

Agora eu estava com ele, Sanem havia tomado banho e amamentado ele, fiz ele arrotar e fiquei com ele para que ela descansasse. Fiquei pensando em quem iria vir visitar ela e conhecer Akay, ela estava cansada e eu não queria ter que dar meu bebe para ninguém segurar agora, queria aproveitar.

— A mamãe pegou no sono — Falei sentado no sofá segurando-o deitado de frente em meus dois braços — Não sei bem com quem você mais se parece ainda... Daqui alguns dias vamos saber melhor. Filho, você vai ser bonzinho com a gente? — Eu estava muito bobo com ele, como podia ser tão lindo e perfeito?

Estava com vontade de apertar ele, era muito fofo, aquele narizinho, as bochechinhas e... a cara de choro. Me levantei e comecei a tentar acalma-lo, Sanem havia acabado de pegar no sono, mas não adiantou. Ele chorou com toda força que havia em seus pequenos pulmões.

— Quer que eu pegue ele? — Sanem perguntou
— Deixa eu tentar acalma-lo... — Falei, mas falhei na tentativa. Entreguei ele para Sanem, assim que ela aconchegou ele de bruços sobre seu peito ele foi acalmando.

— Pronto, você está com a mamãe agora... — Ela disse massageando as costas dele.
— Caramba, como você fez isso?
— Ele ficou nove meses dentro da barriga dela, sabe reconhecer o cheiro, e o calor dela — Um médico disse entrando, acho que era o pediatra — Vim ver como está esse bebê...
— Está dormindo — Sanem falou

— Vou precisar ver a temperatura dele — Ele disse.
— Can... — Sanem me chamou e me entregou ele — Tira a roupa dele — Ela pediu e eu coloquei ele naqueles carrinhos de maternidade. Ele começou a chorar e a se debater enquanto eu tirava sua roupinha.

O Dr examinou ele, depois perguntou se ele já havia tomado a vacina, e feito o exame do pezinho.

Coloquei de volta a roupa nele e Sanem me olhava rindo.

— O que? — Perguntei confuso
— É engraçado você tentando arrumar ele com cuidado — Ela disse e eu peguei ele nos braços e comecei a balançar — Você com ele no colo com seus braços enormes
— Malhei muito pra segurar você— Falei e ele começou a dormir
— Minha mãe vai vir ficar comigo, pode ir pra casa descansar — Ela disse
— E ficar longe dessa coisinha aqui? Não quero não.
— Você está muito babão — Ela disse rindo. Akay começou a chorar de novo, meu deus eu nunca sabia o que fazer quando ele chorava.