Capitulo 71

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Domingo...

SANEM

Eu e Akay estávamos na casa do meu pai, mas já estávamos indo embora. Eu tinha que ir no mercado e Can iria jantar com a gente, como fizemos todos os dias como combinamos com Akay. Eu e Can estávamos nos dando bem, não tocamos mais em assunto sobre nós dois.

— Você tem certeza que não quer jantar aqui? — Meu pai perguntou enquanto caminhávamos para a porta, ele carregava a bicicleta que Raví havia dado de presente para Akay.

— Sim, Can vai jantar com a gente... E eu tenho que ir no mercado — Falei e meu pai suspirou
— Só tome cuidado... Eu sei que você já é adulta, mas continua sendo minha filha, não quero você sofrendo de novo...

— Eu sei, pai... Mas não vai acontecer nada, só estamos fazendo isso por Akay. — Falei, mas meu pai não havia ficado aliviado com minha resposta. Eu entendia ele, e eu também não queria sofrer de novo. Can era imprevisível, ele queria voltar e faria de tudo para acontecer. Mas quando algo não for do seu jeito ou as coisas complicarem ele irá embora. E eu não quero ter que passar novamente por isso, e pior ainda, submeter Akay a esse sofrimento.

Meu pai colocou a bicicleta de Akay no porta-malas e depois me despedi dele, coloquei Akay na cadeirinha e seguimos para o supermercado. Eu precisava fazer a compra da semana, depois que Can começou a comer em casa a quantidade de comida aumentou e ia embora mais rápido também.

Peguei o que estava faltando, pão, leite, carne e alguns legumes e frutas.

— Mamãe, eu quero — Akay apareceu segurando uma caixa de cereal
— Esse ainda tem em casa — Falei voltando a olhar a prateleira de ovos.
— Não tem — Akay disse
— Eu já disse que tem — Falei o olhando
— Não tem! — Ele começou a falar alto

— Akay! Eu sei que tem — Falei firme e ele dei um grito — Para de gritar! — Me aproximei dele
— Eu quero esse! — Ele disse birrento
— Eu já disse que não!
— Mas eu quero!! — Ele bateu o pé no chão
— Não! — Falei e ele soltou um grito e se jogou no chão.

Só podia ser brincadeira!

— Levanta desse chão agora! — Falei firme, eu sentia os olhares das pessoas na cena que estava acontecendo. Era um show completo Akay de esperneando no chão querendo um cereal que já tinha em casa.

Ele nunca havia feito isso. Eu estava morta de vergonha e não sabia o que fazer, minha vontade era puxar ele pela orelha até o estacionamento.

— Akay, levanta agora desse chão— falei o puxando pelo braço, e quando vi estava o arrastando pelo chão até o carrinho. Eu sempre achei ridículo essas crianças se esperneando no super mercado e julguei os pais pelo péssimo comportamento. E agora entendo eles.

Eu nunca me senti tão envergonhada em toda a minha vida. Akay não parava de chorar e se jogar no chão. Eu empurrava o carrinho de compras com uma mão e com a outra arrastava Akay até o caixa. Ele começou a chorar, mas chorava alto, parecia até que ele era maltratado. Quando na verdade era só mimado de mais!

Eu estava entrando em desespero com Akay chorando, não tinha sentido ele chorar assim. Era birra. Pura manha e birra dele.

Quando finalmente sai do mercado, parecia um alívio enorme, sem aquelas pessoas me olhando e julgando. Mas Akay ainda não havia parado de chorar.

— Você vai ficar de castigo tanto tempo... Vai sair do castigo no dia que for pra faculdade! — Falei brava enquanto colocava meu sinto
— Eu quero meu pai — Ele disse chorando
— Ok. Quando chegar em casa a gente conversa, Akay Aydin Divit.

Best Part Of Me (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora